sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Glee 1x09: Wheels

Três semanas sem Glee resultaram em desespero, ansiedade e expectativa. Pois agora eu digo, com muito orgulho: Valeu a pena esperar! Foi excelente. Músicas, atuações, roteiro e cada detalhe desse episódio, que foi todo voltado para a inclusão social, acessibilidade e nos faz olhar para as minorias. E ai de quem vier me torrar o saco para usar um termo babaca como 'portador de necessidades educacionais especiais'. Isso é um puta papo chato de pedagogo que acha que um cego se ofende ao ser descrito como cego e que um cadeirante se ofende ao ser descrito, igualmente, como tal. Sei que não tem absolutamente nada a ver com o episódio, mas pra mim, preconceito é ficar criando nominhos complicados para descrever coisas simples, quando as pessoas deveriam gastar seu tempo se preocupando com a parte prática da coisa, que é muito mais importante.
Depois do meu MiMiMi Moment, vou dizer que uma das coisas mais positivas foi o destaque para Artie, que já era tão esperado por todos nós. Achei ainda um privilégio ouvir mais de uma frase de Tina e um verso inteiro dela na canção final. Muito progresso para Glee, que só sabe botar a Rachel para gritar nas canções.
Aliás, como sempre, a diva mor do New Directions se sentiu ofendida quando Kurt exige uma chance de competir com ela pelo solo em Defying Gravity. A canção, normalmente cantada por uma mulher, é a escolhida para levar a equipe ao campeonato regional e gera muita confusão entre a equipe. Até mesmo o pai de Kurt se envolve para defender o direito do filho de tentar. Apesar de ter sido emocionante a interpretação, Kurt não levou o posto de New Diva e vai ter que se contentar em saber que se veste melhor do que Rachel. Também tivemos momentos ternurinha entre ele o pai, mostrando que pode (e deve) haver compreensão sobre a escolha sexual de cada um.
Artie, como sabemos, foi o foco de Wheels que mostra as dificuldades de locomoção e aceitação de um cadeirante num mundo feito para quem anda com pernas e não com rodas. Falta de rampas na escola e de um ônibus especial para acomodá-lo na viagem do concurso de corais são o pano de fundo que serve para um venda de bolinhos e incríveis números musicais sobre rodas. Adorei a versão de Artie para Dancing With Myself de Billy Idol. Um clássico da música que caiu perfeitamente para ilustrar a situação. Aliás, tivemos até mesmo um romance para Artie. Como tudo em Glee, veio e se evaporou num minuto e confesso, estou louca para ver mais de Artie e Tina, que estraga tudo contando que não é gaga coisa nenhuma. Inclusive, Artie manda avisar que seu pingolim funciona e está pronto para o ataque.
Tivemos ainda a velha história de Quinn, Finn e Puck e o pai que não é pai e o pai que é pai e agora quer ser pai. Responsabilidade também foi tema e houve uma inovação no famoso clichê do brownie de maconha. Graças a Puck, temos a versão Cupcake da iguaria, que fez o maior sucesso e alavancou as vendas e arrecadações para o ônibus especial.
No entanto, de tudo - de tudo mesmo - o mais bacana e o mais surpreendente foi Sue Sylvester. A Monstra do Shake de Proteína, tão temida que faz suas celulites fugirem de tanto medo, mostrou um outro lado. Na onda da inclusão iniciada por Will, que obrigou os integrantes do Glee a andarem de cadeiras de rodas para sentir na pele as dificuldades do colega, o diretor Figgins faz a treinadora a abrir testes para as Cheerios e, como era de se esperar, aparece de tudo. Até mesmo uma garota com Síndrome de Down, dando seu pulinhos com a corda. Ela é a única a entrar na equipe e Will acredita que Sue tem algum plano maligno a cumprir. O que ele não imaginava era que Sue não incluiu a garota para humilhar e maltratar, mas porque ela própria tem uma irmã portadora da Síndrome. Uma irmã que ela ama, adora, visita constantemente e para quem conta histórias e contos de fada. E não para por aí. Sue doa de seu próprio bolso dinheiro para a construção de rampas na escola. Mas, não se engane com minhas palavras cafonas. O episódio não foi uma bobeira sentimental, como talvez eu faça parecer. Não teve choramingos e nem apelação, só situações simples e surpreendenetes que eu dúvido que não tenham comovido qualquer um a assistí-lo.
Músicas no episódio:
Song Name: Defying Gravity
Original Performer: "Wicked"
Performed on Glee by: Rachel, Kurt

Song Name: Dancing With Myself
Original Performer: Billy Idol
Performed on Glee by: Artie

Song Name: Proud Mary
Original Performer: Ike & Tina Turner
Performed on Glee by: New Directions
Comentários
3 Comentários

3 comentários:

kiev Andrade disse...

PARABÉNS PELO REVIEWS EXCELENTE.

Anônimo disse...

Os arranjos da versão de 'Dancing wih myself' é de uma banda chamada Nouvelle Vague.

k.f. Andrade disse...

PARABÉNS PELO REVIEWS EXCELENTE.