sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Gossip Girl 3x07: How to Succeed in Bassness

Mais um episódio de Gossip Girl que não foi lá essas coisas, mas, apesar do roteiro fraco que ainda persiste, senti uma considerável melhora em relação ao que temos visto até agora. Pelo menos o episódio não foi tão maçante. Alguma coisa está faltando na história e embora eu não saiba exatamente o que é, desconfio que seja o clima de fofoca que desapareceu um pouco e, antes, era o foco principal da série.
Quem não lembra que em um simples toque de celular a vida dos ricos, famosos e esnobes de Manhattan poderia sofrer uma reviravolta? Acho que o problema em Gossip Girl é justamente a falta da Gossip Girl e todo o impacto que ela causava na vida dos personagens.
Uma das coisas positivas desse episódio foi a volta de Jenny. Ela sempre foi uma das minhas favoritas e mesmo com aquela maquiagem de noiva do Frankstein super fuleira e chamativa, ela estava super apagada na série. Verdade seja dita, a culpa não é da atriz, mas dos roteiristas que perderam a mão no quesito criatividade. Mesmo nesse retorno, apelaram para o velho e batidíssimo plot de Jenny ser a rainha da escola e precisar fazer suas maldades para manter o poder. Já tínhamos visto isso antes e já sabíamos que apesar de não gostar do que faz, Jenny abraça a função, seguindo a cartilha Blair Waldorf de como dominar o mundo das escadarias. Aliás, é justamente o lugar mais alto na escadaria que rende o fim da amizade entre Jenny e Eric. Aparentemente a nova rainha não aceita desafios e nem mesmo o melhor amigo a faz desistir do poder em comandar a máfia das garotas no colégio. Por essa audácia de sentar acima da Todo-Poderosa, Eric leva um monte de iogurte na cabeça. Lily interfere e Jenny arma a operação mentira. Suas súditas atacam o namorado de Eric com ovos, na entrada da boate de Chuck e isso sela o fim do relacionamento com a irmã postiça, para Eric. Achei um tanto quanto infundado Jenny, de repente, mudar de personalidade. De doce criatura a megera no mesmo dia, ela até mesmo se livra da máquina de costura. Alguém aí acha que isso é novidade? Vamos lembrar da 2ª temporada e da não tão distante crise existencial de Jenny, que, eu pensava, tinha resolvido seus problemas com as questões do poder. Tirando o fato de agora ela não costura mais e antes, ela só queria ter sua própria grife, o final, nós já conhecemos e termina mal para Jenny.
Outra coisa boa foi Rufus doido para distribuir doces no Halloween. Fantasiado de um dos Ramones, ele fez até abóboras roqueiras, imitando os integrantes do Kiss. Achei muito bem sacado e deu um tom leve ao episódio. Lily, que praticamente subornou o porteiro para trazer as crianças para o tradicional “Travessuras ou Gostosuras”, assistiu à alegria de Rufus ao entregar doces para o pequeno bombeiro, Lady Gaga e até uma imitação de Taylor Swift.
Nate apareceu em duas ou três cenas com uma fala estúpida e inútil cada. Se eu fosse ele pedia demissão. Ou não. Talvez não arrume outro papel tão cedo.
Serena, por sua vez, resolveu trabalhar um pouco. Nem acreditei quando vi. Se bem que entregar cuecas para James Franco não é lá o dream job de ninguém, mas lá estava ela. Uma adolescente que já manda e desmanda no mundo da publicidade. Impossível e improvável, mas, isso é Gossip Girl. A função de Serena era separar o casal mais sem sal dos últimos episódios: Dan e Olivia. Seria até fácil, agora que Dan já conferiu a performance orgástica da namorada em um de seus famosos filmes de vampiro, onde atua com o ex namorado, Patrick.
Olivia topa a jogada de marketing de Serena, que faria parecer que o romance entre os atores ainda está em alta, mas, de última hora, os planos dela mudam. Dan e Olivia são “flagrados” juntos e Serena agora interpreta o papel de nova namorada de Patrick. Uma pataquada imensa.
Chegamos, finalmente, à parte em que falamos de Blair e Chuck. Não sei vocês, mas eu preferia quando eles não conseguiam se acertar. Juntos, eles formam uma dupla muito canastrona, que só faz armar e mentir para conseguir o que quer. Além do mais, toda aquela mágoa por ter sido usado, durou pouco para Chuck, que vá lá, deu seu troco em Blair excluindo-a da inauguração de seu Clube, mas foi só.
Achei estranho que, do nada, Chuck tenha se transformado num cara que gosta de estar dentro da lei. Justo ele que já tirou até a vaga do diabo no inferno, querer ter pudores para conseguir uma licença de bebidas e criticar a ação da namorada? Tudo bem que Blair apelou para Jack Bass, tio e arquiinimigo de Chuck, mas até aí, muito me estranhou que ele tenha tentado levar a inauguração de seu Clube por normas legais e, por isso mesmo, demoradas de se arranjar. Daí surge mais uma briga imbecil com Blair, que acaba com os dois reconhecendo que adoram jogar um com o outro e se reconciliando. Mas antes, eles acabam com a graça de Jack, que conseguiu uma licença falsa para o Clube, chamam a polícia, tomam o controle da situação, conseguem publicidade e lotar o hotel de Chuck de celebridades que não desejavam ser vistas numa situação como essa. Isso deve ser alguma técnica revolucionária de Marketing Reverso, por que sinceramente, no mundo real, não funcionaria. Por causa disso, Serena, que jura de pés juntos querer provar seu valor no trabalho e viu os clientes no meio de um escândalo, briga com Blair, de novo. Já Chuck está decidido a manter um bar secreto e muito exclusivo funcionando nos fundos do Clube original, atraindo gente muito rica e conseguindo lucros exorbitantes. Se não me engano, era esse o plano original, aquele que Serena tentou estragar junto com Carter e, de acordo com a sabedoria de Chuck, vai dar muito certo. Cá entre nós, só na Chucklândia mesmo.

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