segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Glee 4x09: Swan Song



Rachel – Freaking – Berry.


Glee tem sido pontual em sua missão de fazer funcionar dois núcleos diferentes ao mesmo tempo. Quando um deles está em foco, o outro serve para divertir e fazer certas brincadeiras, e o roteiro segue bem trabalhado, dividindo bem histórias e destaques.

No episódio dessa semana isso se torna bastante evidente. Embora divididas, as atenções não se perdem e, no fim, conseguimos apreciar a influência de uma trama na outra, ainda que de forma leve. O que fica inegável é o poder que Lea Michelle tem de roubar acena quando a mandam simplesmente ficar em pé e cantar e, por isso mesmo, ela merece muitos e variados elogios, porque sim, ela é incrivelmente talentosa, mas isso se evidencia ainda mais quando ela canta uma música natalina tradicional (e daquelas que ninguém aguenta mais) e transforma em algo soberbo.

Lembro de ficar arrepiada com a apresentação de ‘Don’t Rain in My Parade’ e desde então, nunca mais tive uma música de Rachel que me pegasse de jeito. Acho que ‘O Holy Night’ vem para marcar a memória, sem querer desmerecer ‘Being Good Isn’t Good Enough’, que é maravilhosamente executada e tem na letra um significado amplo do que aquele momento significava para a personagem. Tudo ali representava a evolução de Rachel como artista e até como mulher.

O núcleo de NY tem sido muito bacana de aproveitar e até não tenho reclamação alguma, mas vale atentar para o fato de que é preciso fazer algo mais com Cassandra. A personagem é um ótimo contraponto para Rachel (adorei o duelo delas com o número de abertura de Chicago), mas a coisa não sai disso. Chegamos a um ponto em que, depois de nove episódios, ou ‘vai ou racha’.  Kate Hudson continua tendo apenas uma nota para levar Cassandra em frente e mesmo que todo mundo ame uma boa ‘bitch’, uma hora o uníssono cansa. Estamos quase chegando a isso, infelizmente.

Apesar de não ser uma fã das cantorias de Kurt, creio que estava na hora dele ter espaço e uma canção inteira só dele. Não foi nada emocionante como o que Rachel fez, mas foi bonito de ver e confesso certa alegria por vê-lo entrando em NYADA. Esse episódio teve muito disso. De trazer a dúvida, os medos e as inseguranças e depois mostrá-los sendo superados. Um final bonito para cada história, que me deixou com um sorrido leve no rosto quando o episódio chegou ao fim.

Em Ohio, voltamos ao melhor plot de Glee: não ter espaço para ensaiar. Dou risada e relevo, mas minha memória não me engana. April Rhodes (personagem de Kristin Chenoweth) COMPROU um espaço de ensaio para o New Directions. Ela não alugou, ela COMPROU. Cadê essa propriedade que não aparece e obriga os alunos a ensaiar no pátio, diante uma nevasca?

Claro que não estou aqui cobrando muita lógica de Glee, porque o lance é esse mesmo. Destruir o Glee Club sempre vai ser um elemento de roteiro e devemos rir disso. Só por terem perdido as Sectionals eles perdem a sala de ensaios e o direito de existir como clube até o fim do ano. Pergunto a vocês que tipo de prêmios garante a continuidade do clube de Paintball de cristãos, judeus e muçulmanos, porque aquilo só pode ter levado o Nobel da Paz.

Mas se por um lado a situação é levada com esse humor exagerado (e que é cara de Glee e de Ryan Murphy), de outro, temos Finn sendo, por assim dizer, o responsável pelo encerramento do Glee Club. Sue só precisou esperar um pouco e a coisa se afundou sozinha. Se ela planejasse não daria certo.

Não deixo de pensar que a culpa de tudo é de Kitty, a cheerleader velha, que fez Marley passar fome e desmaiar com seus conselhos de amigona. Todo mundo acaba culpando a própria Marley, que quase morreu de inanição apenas por ser burra e o New Directions começa a se dissolver, o que todo mundo sabia que não iria durar.

Blaine e Tina como cheerios? Unique jogando hóquei? Artie na banda? Só rindo muito das cenas de bambolê da cintura, tombos com patins e penachos na cabeça. Aliás, fiquei me perguntando por que ninguém entrou para o ‘Sue Du Soleil’, porque isso sim vai dar super certo. Vale dizer que as cenas do “futuro” também foram muito boas, com Artie doando as pernas para a ciência sendo o auge.

Faz um tempo que ficou a insinuação do blond-power entre Sam e Britanny. Achei o número musical deles fofinho, mas longe de ser bom de verdade. Temo, realmente, pela integridade dos lábios de truta de Sam, quando as lésbicas enfurecidas forem atacá-lo pelo fim de Britanna. Sério. Já estou esperando os protestos nas ruas e coisas do tipo, mas pessoalmente, aprovei o casal, unido pelo humor único das imitações de Sam e pelo fato de ele ser loiro o suficiente para entender como Britanny pensa.

Já que esse é um episódio que marca o recomeço para praticamente todos os personagens, acho que vale terminar indagando qual será o futuro de Brad, o pianista. Depois de ser chamado de “apenas mobília” por Santana e sofrido bullying em variados níveis dos membros do New Directions, ele se libertou, mas será que sobreviverá na natureza selvagem? Confiram sexta-feira, no Globo Repórter.

 P.S* Tinha competidor de The Glee Project 1 assistindo a apresentação de Rachel e Kurt. Conseguiram ver a Ellis? Ela estava na primeira fila e aparece várias vezes.

P.S* Triste por The Walking Dead não ser baseada numa história real. #SAD

P.S*Ainda inconformada por Deloris/Carmem não cantar as músicas de Mudança de Hábito (ou qualquer música, na verdade) em Glee.

P.S* Rachel teve pegada fraca com Brody. Assim fica difícil superar a bunda incrível de Cassandrinha.

P.S* Ainda solidária à Becky por ela ter assistido Prometheus.

P.S* Trilha de ' The Breakfast Club' rolando não passou despercebida. Nice touch!


Músicas no episódio:

"All That Jazz" - Chicago: Rachel (Lea Michele) e Cassandra (Kate Hudson)

“Something Stupid” – Frank Sinatra: Sam (Chord Overstreet) e Britanny (Heather Morris)

"Being Good Isn’t Good Enough" - Hallelujah, Baby!: Rachel (Lea Michele)

"O Holy Night": Rachel (Lea Michele)

"Being Alive" - Company: Kurt (Chris Colfer)

"Don’t Dream It’s Over" - Crowded House: Finn (Cory Monteith) e New Directions


Comentários
11 Comentários

11 comentários:

Tiago disse...

Desculpa, Camis, mas não concordo com vc no casal Sam e Britney.Fiquei esperando muito ser um sonho ou alucinação dessa ultima, pois se fosse verdade, e infelizemnte acabou sendo, seria uma das coisas piores coisas que a série já fez, e olha que ela já fez muita porcaria.

Esse casal é mutissimo forçado e inverossímil, é praticamente um legitimo "jump the shark", que surgiu praticamente do nada. Sam sempre esteve interessado na Britney e por isso Santana pegava no pé dele ???? Aonde isso ,? pois eu nunca vi nada disso.Dessa vez Ryan Murphy viajou demais na LSD e até agora não voltou.

Isso foi a única coisa ruim do episódio , pois o resto foi ótimo.Todo mundo entrando pra um clube foi hilário, é uma pena que esqueçeram que Ryder JÁ fazia parte de um, que é o time de footbal, mas é sempre assim com Glee,por que se fosse diferente não seria Glee.Acho que Finn acha um jeito do clube voltar, e espero muito que quando isso acontecer seja com o todo clube invandindo a sala durante o treino dela e rasgando e quabrando tudo das Cheerios.Eu odeio aquela Sue Silvester, torço pelo dia que alguém de um murro bem dado na cara dela.


Finalmente Kurt deu uma grande apresentação, igual as que ele dava nas duas primeiras temporadas, pois na terceira ele ficou devendo.


A parte do pianista foi a pérola do episodio, podia ser um nome de fime até " A revolta da mobília viva"

Tayara Vimeney disse...

Não dá pra negar... Lea/Rachel ainda é a diva de glee!
Não pq tem a melhor voz, o melhor rosto ou o melhor corpo, mas pq é o melhor conjunto! Ela incorpora as emoções em um nível ESPETACULAR e q só quem chega perto [um pouco], na minha opinião, e quando quer, é Santaninha [vide back to black e someone like you]... Falando das meninas né e do quesito conjunto da obra/apresentação!
Me emocionei d+ com as duas músicas e me revoltei por ficar clara a falta que a liderança da Rachel faz pro grupo. Até as manias loucas dela antes das apresentações poderiam ensinar muita coisa!
N adianta mentores, fin de "coach" e veteranos ajudando... Ainda necessito de um ep com Rachel falando poucas e boas pra esses novatos, principalmente dona Marley bestona!

Tayara Vimeney disse...

E sobre Sam e brit... ACHEI LLL, LINDOS, LOUROS E LOUCOS kkkkkk

Jesimiel disse...

Mesmo não amando a Rachel ela é a melhor personagem da série e esse episódio nos mostrou isso novamente.

Victor disse...

Lea diva <3 Não curti as músicas, mas achei as performances de arrepiar, quanto ao negócio do Ryder, eu prefiro relevar e pensar que ele entrou pro time pelo mesmo motivo que ele foi pro Glee Club: por causa das notas e tal, mesmo sabendo que Titia esqueceu disso, mas bem, isso é Glee né. <3

Leozinha disse...

Ryder saiu do time de football, pq lá eles estão no inverno,então só praticam esportes dentro da escola por conta da neve... Também não tinha me tocado nisso :)

Larissa Tabosa disse...

Sam e Britanny pra mim tá ótimo e lindo, nunca gostei de Britana mesmo...

Cacá SS disse...

Achei fofo Sam com a Brittany, e ela é realmente a única que ri das imitações dele, e ele o único com as mesmas dúvidas essenciais que ela, como se The Waking Death é ou não baseado em fatos reais.

Não lembrava desse lugar que a April comprou, mas é verdade! Sobre a falta de lugar pra ensaiar eu só pensava "cadê menina Sugar e seu superpoder, o dinheiro?"

E não é que eu fiquei nervosa pelo Kurt? Já imaginava o que ia acontecer, mas mesmo assim fiquei nervosa junto com ele e até me emocionei com a apresentação e com ele recebendo a carta da NYADA.

Só queria saber se a Rachel só tem aula de dança e nada mais, porque, né?!

Ellis! Isso! A menina com cara de 12 anos que eu não lembrava o nome e que sofreu bulling da Lindsão em TGP!

E eu ainda estou esperando o dia que a Madame Carmem vai tirar o turbante e cantar loucamente como se estivesse em Las Vegas!

Juliana disse...

Parece que lá nos EUA nessa época não tem futebol nas escolas( ou algo assim) tipo na 1ª temporada nessa mesma época o Finn e o Puck tbm entraram para o time de basquete...

Jéssica Rodriguez disse...

Lea Michele arrasou, me arrepiei toda com as duas músicas, foi SOBERBO! kk

Glee está funcionando muito bem essa temporada, ainda não teve nenhum episódio que eu não gostei beeem diferente da temporada passada em que as performances músicas eram o que me faziam continuar vendo a série, porque a estória era cada episódio mais sem sentido.

P.S* Triste por The Walking Dead não ser baseada numa história real. #SAD²

Carol disse...

Lea Michele é com um "l' só