O foco em dramas bem
desenvolvidos sempre foi o foco de Grey’s Anatomy e essa oitava temporada tem
sido um exemplo perfeito disso. Mais ainda: esse ano da série tem provado que
pode haver equilíbrio entre cenas hilárias e de grande tensão e que esse é o
segredo para manter uma produção tão antiga com vigor.
Toda essa introdução é para dizer
em palavras simples, que Grey’s fez de novo. Episódio muito bom, com atuação
pontual de Sandra Oh e que levanta algumas questões sobre o futuro da
personagem.
Desde a notícia de que Owen havia
traído Cristina, começou o debate sobre a traição real e a imaginária. Agora
que sabemos que rolou mesmo com a loira avulsa, a coisa ficou mais complicada,
porque mesmo aqueles poucos (como eu) que gostam de Owen, ficam numa posição
impossível.
Ele traiu porque queria machucar
Cristina de volta, em mais um reflexo daquele aborto. Ora, se ambos concordaram
com o aborto na época, eu não posso aceitar qualquer desculpa de Owen.
Inclusive, fica difícil acreditar naquelas declarações de amor eterno, enquanto
Cristina se debulha em lágrimas e desespero, como se fosse uma menininha
adolescente largada pelo namorado pela melhor amiga vadia.
Estou postando forte na
possibilidade dessa avulsa loira reaparecer grávida, dando o filho para Owen
criar. Cristina, então, adotaria a criança como sua, mas por enquanto isso é só
viagem da minha cabeça e talvez nem aconteça. O bom de toda essa crise ter
acontecido é que, no final, Cristina começou a se recuperar e a agir para
ajudar a si mesma.
Foi bem na hora, já que o “Grey
Method” promete revolucionar os testes do Conselho de Medicina. Aliás, esse é
um exemplo perfeito do uso de humor no episódio. Tive pena de Little Grey,
usada como um robô, por Karev, Avery e Kepner, tendo de ser resgatada pela
irmã. Meredith, mais uma vez, mostra sua evolução ao ajudar os colegas e se
posicionar perfeitamente no problema de Cristina, dando à sua melhor amiga o
espaço de que precisava.
Também tive pena de Teddy. A
coitada perdeu completamente a noção depois da morte de Henry e se transformou,
literalmente, numa “empata foda”. As amigas, no entanto, deveriam compreender
que ela está num momento bem sensível e que toda companhia vai ajudá-la a
superar a perda. Só espero que seja logo, porque se demorar demais fica chato.
Impossível não amar os momentos
de Sloan como Chief e confesso, quis muito agendar um “Beef With The Chief”,
mas quando tentei era dia de Jambalaia na cafeteria e achei melhor fugir. Quase
morri de rir com Sloan estimulando Derek para ter novas ideias, tentando levar
crédito por tudo e se autoproclamando um “grande líder”.
Nem tudo, no entanto, foi tão
tranquilo, afinal, tivemos um embate entre Sloan e Richard, com Bailey tomando
um esbrega inesperado, ficando calada, pela primeira vez na vida. Apesar de eu
achar que na prática a coisa é arriscada (lembrem-se das iniciativas solo de
Meredith), gostei de ver Richard provando que sua experiência é um diferencial
forte na profissão. Às vezes, um pouco de risco faz parte das decisões de quem
trabalha salvando vidas.
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