Quando não se enxerga a linha divisória.
Estamos apenas no 3º episódio de Sons Of Anarchy, mas acho que já dá para dizer que estamos diante de uma temporada muito mais madura. Não é que as outras não sejam boas, mas aqui o desenvolvimento dos personagens se tornou prioridade, dando vez a muitos coadjuvantes excelentes, sem prejudicar os elementos tradicionais da série.
Sons Of Anarchy tem roteiro feito estrategicamente para chocar, e se uma coisa ficou provada nesse episódio é que não é preciso o uso de violência extrema para que isso aconteça. Para que vocês tenham ideia, a atitude de Clay com Gemma e Piney me assustou mais do que o russo sendo devorado por formigas na reserva indígena. Isso, sem falar na intimidação disfarçada para cima de Tara.
Tudo porque com isso, fica claro que Clay perdeu a noção das coisas. Ele é um homem disposto a tudo para conseguir o que quer e nada vai ficar em seu caminho. Como sabemos muito bem, é aí que as coisas se complicam. Já existe muita insegurança entre os membros do clube e o grupo está dividido ao meio.
Os únicos que notam as consequências disso tudo são os que votaram ‘não’ quanto à associação com o Cartel. Parece que a saída de Jax e as cartas de John Teller são os menores problemas de Gemma e da SAMCRO nesse momento.
Enquanto Clay tenta proteger seu reinado e seu poder de influenciar os SOA, outras situações são colocadas diante de nós. Mais uma vez, Jax está numa posição em que sua vontade vai contra a lealdade ao clube. A cada episódio estou mais certa de que ele não deixará a SAMCRO e que pode sim, se tornar o líder ao lado de Opie, descobrindo na prática que certas coisas não podem ser mudadas.
Fiquei curiosa para saber se Juice seria renegado pelos Sons só por filho de pai negro. Tenho a impressão de que nada demais aconteceria e de que esse é apenas um engenhoso ‘mind game’ articulado pelo xerife e por Linc Potter. Ainda falando em Juice, não dá para negar que ele e Chibs serviram como alívio cômico, fazendo comentários, digamos assim, intestinais, de alta relevância para a mitologia da série.
Também gostei muito de toda a ação que envolveu o roubo das armas, não apenas por aprofundar ainda mais os relacionamentos dentro do clube, mas por nos mostrar Vivica, a primeira e única mulher que poderia destruir Gemma num desafio físico ou mental.
1 Comentários
