sábado, 17 de outubro de 2015

Grey's Anatomy 12x04: Old Time Rock and Roll


Para amar e para odiar.

Não tem o que discutir: Grey’s Anatomy está apresentando uma excelente sequência de episódios nessa 12ª temporada e, dessa vez, os internos voltam a ser destaque, numa evidente tentativa de trazer mais esse elemento de volta, com força total. Num ano em que muitos recursos de roteiro estão retornando, o foco nos alunos do hospital não poderia faltar.

Com isso, é claro, as “veteranas” Stephanie e Jo ganham a chance de brilhar, o que é apenas justo. Desde que entraram para a trama, convenhamos, nenhuma delas teve uma boa história ou um desenvolvimento profundo. Stephanie ficou numa sinuca de bico como personagem quando foi colocada entre Kepner e Avery, logo de cara, num momento em que torcíamos por esse casal. Jo é um caso à parte, porque ficou naquela ladainha de “moro no meu carro”, rapidamente esquecida, para se cumprir o papel mais ingrato de toda a série: namorada de Karev. Tirando Izzie, esse cargo nunca vingou, nunca foi bom e nunca levou ninguém a lugar nenhum.

A questão é que, agora, Stephanie desponta com personalidade enquanto Jo se transforma na criatura mais odiada da série. É óbvio que a falta de carisma da atriz conta, mas desconfio que os roteiristas sentem prazer em fazê-la ser desprezível. Depois do episódio passado ela já ganhava mais haters, mas hoje, tenho certeza absoluta de que o número triplicou. Ela se mostra como uma criatura invejosa e com atitudes baixas e assim, amiga Jo, fica difícil te defender. Não que eu fosse capaz de fazê-lo. Não gosto dela desde sempre, mas em vez de ignorar a presença em cena, já reviro os olhos e torço pra que acabe logo.

Stephanie, por outro lado, se humaniza. O caso da terapia proposta por Amelia vem para levantar de vez a personagem e para nos emocionar. Quem já passou um tempo no hospital sabe o que é ser cutucado, incomodado e ferido “para o próprio bem”. Edwards conseguiu trazer esse sentimento bem à tona ao contar sua infância de menina doente.

Fortes emoções vieram também com o pessoal da Melhor Idade (usando o termo certo aqui para não chamarem meu supervisor). A história de Abe e Gabby foi linda e comovente. Mesmo que eu já previsse a morte de um deles, foi duro de ver o momento em que Arizona encontra seu novo amigo já sem vida.

Toda a temática amorosa acaba com o choro histérico de April e reflexões de Meredith. Aliás, a aula sobre como contar para as pessoas uma das piores notícias de suas vidas é de fazer chorar. Principalmente porque Meredith começa a lidar com sua perda, com a viuvez, com suas perspectivas de vida. O timing parece certo.

O assunto teria que aparecer e veio na hora certa, do jeito certo. Quero acreditar que a presença de Penny, a namorada de Callie e médica responsável por esse momento dramático da vida de Meredith seja útil. Não sei isso era muito necessário, mas vejo que é hora de trazer a personagem de volta à vida. Sim, Meredith trabalha, cuida dos filhos e socializa, mas e todas as outras partes? O amor, o sexo, o prazer, sua individualidade? Ela não pode se resumir a mãe e profissional. A vida é mais.


E quem percebe isso também é Maggie, sempre tão contida e tão certinha. É hora dela se permitir viver também. E errar. E ser feliz. O interno de olhos bonitos, poderá ajudá-la nessa tarefa.
Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Fran Gonçalves disse...

Jo cada vez mais insuportável, nunca tinha ligado muito pra Stephanie mas agora acredito que ela vai ter bastante destaque, amei a cena dela com a Amelia. Maggie estava tão linda nesse episódio, estou me apaixonando por ela, mas queria ver uma aproximação com o Richard, pelo menos uma amizade sendo desenvolvida.

João Paulo disse...

Gostei da review, mas discordo da sua opinião sobre a Jo, ela e a Stephanie sempre tiveram uma disputa entre para ganhar atenção dos seus chefes, a inveja é mútua ali disfarçada de amizade, mas amizade normalmente prevalece. A Jo ainda está se encaixando no enredo, na minha opinião o ponto forte dela é o relacionamento dela com Karev, o que torna mais humana, enquanto explorarem os dois tá tudo certo. Sobre o caso da Stephanie fiquei surpreso com a revelação, mas depois achei idiota o roteiro sugerir que era mentira na cena dela com a Wilson no elevador, achei que perdeu impacto depois que o Webber confirmou que o problema era verdade, achei que poderiam tratar isso de uma forma diferente, no final quem saiu como vilã da história foi a Jo (de uma forma não intencional), que pensou que a história era mentira. Eu sou uma pessoa que não gosta de meias verdades, Stephanie queria esconder de todos o passado tudo bem, mas no momento que ela revelou isso para Jo e para Amelia, ela deveria ter agido de forma diferente e não fingir que se tratava de uma jogada para tirar vantagem da situação. Eu gostei da atuação da atriz durante a revelação para Amelia e a Jo, mas não gostei do jeito que a história se desenvolveu depois, tirando a cena final dela ajudando a paciente.


O resto do episódio eu curti bastante, Maggie está cada vez melhor no seriado, gosto da espontaneidade dela.


Outro elogio vai prá Bailey, que na minha opinião tá evoluindo para ser a melhor chefe que o hospital já teve.

Love-med disse...

Episódio maravilhoso. Só não digo perfeito porque não entendo essa insistência em manter a Jo na série :/. Please, já passou da hora da shonda bolar um atentado terrorista ou qualquer coisa do tipo...
Depois desse episódio eu fiquei com a impressão que a meggie é a encarnação da Lexie. Me pareceu que elas têm a mesma personalidades, e que se a nossa querida little grey tivesse sobrevivido a queda do avião esse piloto do interno seria dela, exatamente da mesma forma. RSrs...
Não que eu não tenha gostado, é só algo que percebi mesmo.