Sestra, sestra, brother, sestra.
Não existe personagem mais
sinistra que Helena na TV atual e esse episódio de Orphan Black nos mostra
exatamente o porquê. Uma criatura surpreendente e que é tão onipresente que nos
faz questionar quais são suas habilidades. Além do instinto assassino, que
aparece a qualquer momento em que precisar proteger sua amada sestra Sarah,
Helena fica na linha tênue entre lucidez e insanidade, o que nos deixa
apreensivos e sem saber qual será sua reação.
Numa semana sem Alisson, que
geralmente rouba os holofotes, Helena brilhou mais. Inclusive, porque com a
falta de desenvolvimento que ronda inclusive Cosima, que não sai do plot da
tosse, é ela a responsável por tornar tudo mais interessante. Mais uma vez, sua
dieta chama a atenção por ser particularmente deliciosa: sardinhas em lata com
mostarda, ovo cozido, picles e rosquinhas. Se ela sobrevive a isso sobrevive a
qualquer outra coisa.
Engraçado ver o modo como ela processa a
informação de que Felix é o “brother sestra” e que também deve protegê-lo, não
sem antes dar um baita susto no coitado. Aliás, Felix anda numa maré de azar.
Quando está prestes a se dar bem, depois de muita preparação, o lubrificante
cai em desuso e ele acaba se tornando moeda de troca.
Parece que não podemos confiar em
Paul e com a chegada de Cal, creio que os roteiristas decidiram usá-lo como
vilão da temporada ou algo do tipo. Pelo modo como ele age, fica a ideia de que
sabe mais do que mostra e que tem interesses envolvidos na história das clones.
O súbito envolvimento dele com Rachel é mais uma prova disso. Aliás, ótima cena
descamisada. Não teve lá aquela emoção do momento em que a pegação explode, mas
afinal, Rachel é do tipo que só quer usar o playground sem dividir o balanço
com mais ninguém.
Fiquei frustrada ao ver Sarah e
Art impedindo um bom tiro na testa de Rachel, mas afinal, as clones estão
morrendo e daqui a pouco a pluralidade acaba. Além disso, imagino Paul matando
Rachel só por diversão em algum momento, então fico na expectativa.
Apesar da aparência de boa
vontade com o Clone Club, outro personagem para desconfiar é Dr.Leekie. Acho
que ele quer ajudar Cosima, mas por ter seus próprios interesses em jogo. Para
ele, um mundo sem Rachel é um mundo em que ele domina a situação, portanto,
vale pensar nisso também quando levarmos em consideração o projeto Leda.
Sobre o tal incêndio, a suposta
morte dos pais de Rachel e o desaparecimento do genoma das clones: obviamente
tudo muito bem armado. Se esse genoma guarda algum segredo bizarro, o natural
seria inventar um incêndio no qual todos os portadores das maiores informações
morressem junto com os dados científicos mais importantes. Mesmo assim, ainda
não dá para saber qual o objetivo dessa trama e quais segredos descobriremos
até o fim da temporada.
O momento fofurinha fica com Kira
e seu papai, acampando felizes, comprando meias e toucas de leopardo, comendo
macarrão “defumado”. Uma graça, até que ele descubra que existem clones e
surte. Ou morra. Tenho uma certeza quase de 100% de que Cal não vai viver por
muito tempo.
Algo que realmente chocou foi
notar que, num episódio com bastante espaço para Helena, os Proletheans não
deixam por menos quando o assunto é bizarrice. Além do romance estranho entre
Mark e Gracie, fiquei abismada com a tática de punição. “Tá amarrado” ganha um
novo significado ao vermos a boca de Gracie toda costurada e a ameaça de que se
ela não encontrar Helena terá de carregar o filhote de clone em seu útero. Meus
parabéns para quem pensou nisso. Foi realmente assustador.
P.S* Se cada cabeça de boneca é uma pessoa que Helena matou, tentem fazer as contas.