domingo, 18 de maio de 2014

Orphan Black 2x05: Ipsa Scientia Potestas


Sestra, sestra, brother, sestra.

Não existe personagem mais sinistra que Helena na TV atual e esse episódio de Orphan Black nos mostra exatamente o porquê. Uma criatura surpreendente e que é tão onipresente que nos faz questionar quais são suas habilidades. Além do instinto assassino, que aparece a qualquer momento em que precisar proteger sua amada sestra Sarah, Helena fica na linha tênue entre lucidez e insanidade, o que nos deixa apreensivos e sem saber qual será sua reação.

Numa semana sem Alisson, que geralmente rouba os holofotes, Helena brilhou mais. Inclusive, porque com a falta de desenvolvimento que ronda inclusive Cosima, que não sai do plot da tosse, é ela a responsável por tornar tudo mais interessante. Mais uma vez, sua dieta chama a atenção por ser particularmente deliciosa: sardinhas em lata com mostarda, ovo cozido, picles e rosquinhas. Se ela sobrevive a isso sobrevive a qualquer outra coisa.

 Engraçado ver o modo como ela processa a informação de que Felix é o “brother sestra” e que também deve protegê-lo, não sem antes dar um baita susto no coitado. Aliás, Felix anda numa maré de azar. Quando está prestes a se dar bem, depois de muita preparação, o lubrificante cai em desuso e ele acaba se tornando moeda de troca.

Parece que não podemos confiar em Paul e com a chegada de Cal, creio que os roteiristas decidiram usá-lo como vilão da temporada ou algo do tipo. Pelo modo como ele age, fica a ideia de que sabe mais do que mostra e que tem interesses envolvidos na história das clones. O súbito envolvimento dele com Rachel é mais uma prova disso. Aliás, ótima cena descamisada. Não teve lá aquela emoção do momento em que a pegação explode, mas afinal, Rachel é do tipo que só quer usar o playground sem dividir o balanço com mais ninguém.

Fiquei frustrada ao ver Sarah e Art impedindo um bom tiro na testa de Rachel, mas afinal, as clones estão morrendo e daqui a pouco a pluralidade acaba. Além disso, imagino Paul matando Rachel só por diversão em algum momento, então fico na expectativa.

Apesar da aparência de boa vontade com o Clone Club, outro personagem para desconfiar é Dr.Leekie. Acho que ele quer ajudar Cosima, mas por ter seus próprios interesses em jogo. Para ele, um mundo sem Rachel é um mundo em que ele domina a situação, portanto, vale pensar nisso também quando levarmos em consideração o projeto Leda.

Sobre o tal incêndio, a suposta morte dos pais de Rachel e o desaparecimento do genoma das clones: obviamente tudo muito bem armado. Se esse genoma guarda algum segredo bizarro, o natural seria inventar um incêndio no qual todos os portadores das maiores informações morressem junto com os dados científicos mais importantes. Mesmo assim, ainda não dá para saber qual o objetivo dessa trama e quais segredos descobriremos até o fim da temporada.

O momento fofurinha fica com Kira e seu papai, acampando felizes, comprando meias e toucas de leopardo, comendo macarrão “defumado”. Uma graça, até que ele descubra que existem clones e surte. Ou morra. Tenho uma certeza quase de 100% de que Cal não vai viver por muito tempo.


Algo que realmente chocou foi notar que, num episódio com bastante espaço para Helena, os Proletheans não deixam por menos quando o assunto é bizarrice. Além do romance estranho entre Mark e Gracie, fiquei abismada com a tática de punição. “Tá amarrado” ganha um novo significado ao vermos a boca de Gracie toda costurada e a ameaça de que se ela não encontrar Helena terá de carregar o filhote de clone em seu útero. Meus parabéns para quem pensou nisso. Foi realmente assustador.

P.S* Se cada cabeça de boneca é uma pessoa que Helena matou, tentem fazer as contas.
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