Amor ilegal.
Depois de muita pegação no
elevador, de muito sexo no quartinho de descanso e de amassos incontáveis em
almoxarifados do hospital, eis que uma nova regra vem para tornar tudo isso “ilegal”.
Pois é. Será o fim da safadeza oculta no Grey-Sloan Memorial Hospital ou apenas
um incentivo a mais para os casais mais taradinhos?
A julgar pelas reações, pouco ou
nada vai mudar. Na verdade, praticamente TODO MUNDO já está casado. E a regra,
segundo consta, aplica-se ao território hospitalar e não se estende (nem
poderia) para fora dele. Será, então, que é muito absurdo cobrar mais
profissionalismo dentro do local de trabalho? Parece que Jo ficou muito furiosa
por não poder mais gastar suas horas de trabalho ocupada com seu namoro,
embora, convenhamos, esse lance todo de manter seus relacionamentos amorosos
fora do local de trabalho pareça ser uma regra pré-estabelecida na sociedade em
geral. A não ser que vocês aí, que também trabalham, tenham uma experiência
diferente e achem comum fazer sexo e surtar o dia inteiro em vez de fazer o que
te pagam para fazer.
Por tudo isso, acho essa trama
fraca. Sim, sabemos que isso é um seriado e que Grey’s Anatomy sempre teve esse
tema e esse ambiente altamente confuso, mas ainda assim, a proposta não condiz
com a qualidade das histórias que estamos acostumados. Mais uma vez, vimos um
amontoado de bobagens acontecendo. E mais uma vez não nos movemos muito no
quesito desenvolvimento da temporada.
Derek ainda está às voltas com o
pedido do presidente. Meredith ainda se ressente. E daí? O que temos de
realmente interessante nisso? Uma piadinha sobre três semanas de punição,
deixando o marido sem sexo? Parabéns aos envolvidos, só que não.
Para melhorar, Cristina e Owen
estrelam “A volta dos que não foram”. Sempre gostei deles como casal, mas desde
o lance do aborto tudo se perdeu. Justo agora que ambos seguiam suas vidas,
esse baita retrocesso. Não entendo. Cristina está de saída, deixe Owen viver a
história sem graça que inventaram para ele e vamos mudar de assunto. Agora fica
essa frustração. Cristina vai embora ao fim da temporada, o que será em mais
uns oito episódios e Owen ficará eternamente frustrado porque a mulher ideal
para ele não quer ter filhos e nunca vai querer. Cansei dessa ladainha sem fim.
E outra: a briga de Meredith e
Cristina desapareceu, não é? Do nada. Sem resolução, sem sentido. Passaram a
borracha e foram beber vinho. Mais uma salva de palmas para quem está (ou
deveria estar) desenvolvendo esse plot. Ficou ó... UMA M&#*@! Não que
alguém ainda suportasse tanto mimimi de ambas as partes, mas fingir que está
tudo ok foi realmente uma saída porca.
Confesso que achei bacana ver os
internos trabalhando juntos, mesmo que a morte da paciente com câncer tenha
lhes ensinado uma lição valiosa no final. Fica provado que eles podem ser bem
sucedidos se mantiverem o foco e trabalharem em grupo. Só não sei se a escolha
de Ross para ser porta-voz da galera é boa. O personagem foi tão destruído que
não tem nenhum valor moral.
Como era de se prever, a denúncia
de assédio sexual não partiu de Stephanie, mesmo que ela tenha ficado com a
maior fama de recalcada antes da confissão de Murphy. Como a denúncia é contra
Arizona, eu apoio. Mesmo que Arizona não tenha usado sua posição superior para
conseguir sexo, vimos que, de fato, a educação da interna foi prejudicada no
processo. Mas tudo azul para Arizona, que ganha anel de compromisso novo e age
sem a menor vida ao mostrar o presente de Callie pelo hospital. Separem já
essas duas, pois a validade de Callzona chegou ao fim faz um tempo já.
Karev e Jo, menos drama para
vocês. Casem logo e se juntem ao festival de casais chatos e sem alma do
hospital. Não é como se alguém ficasse super empolgado com essa cópia mal feita
da Izzie Stevens, de qualquer maneira.
P.S*Caso da professora
universitária foi deprimente. E nojento de se ver.
P.S* Richard virou um avulso
mesmo.
P.S*Bailey e Owen já podem casar.
Os dois só conseguem amar alguém que seja cirurgião para poderem compartilhar
histórias do dia a dia. Verdadeiras almas gêmeas.