Um brinde ao New Directions.
Se você é fã de Glee, sabe o que
quero dizer quando afirmo que chorei muito com esse episódio e que havia nele
algum sofrimento. Sofrimento esse que só aparece quando nos despedimos de algo
que vai deixar saudade. É a dor da separação, por assim dizer e ela foi muito
palpável para mim, enquanto assistia a esse episódio. Não, não é final de Glee,
mas senti como se fosse. Esse episódio é uma Series Finale disfarçada, embora
ainda tenhamos um pouco mais de Glee pela frente. É nosso “começo do fim”.
Isso é tão claro, que dá certo
desespero. Glee se tornou uma série muito querida para mim e, sendo assim, não
quero chegar ao dia em que não terei mais um episódio novo, mas é inevitável,
como essa semana nos prova. É tempo de se despedir de uma fase importante, de
se despedir do que foi a série até agora e de partir para as conclusões.
O tempo todo é isso que nos mostrado.
Sempre dei risada quando surgiam os
ataques ao Glee Club e ao New Directions. Era a grande piada da série e Sue era
o algoz desse grupo de adolescentes desajustados e que só se sentiam à vontade
sendo eles mesmos na sala do coral. Dessa vez, não foi com risadas que recebi a
trama, mas com aquela pontinha de saudade. Cada cena me lembrava de que sim,
chegamos ao fim do ND e daqui em diante é tudo novo (ou quase). Acho que, de
certa forma, todos nós fomos um pouco parte do New Directions e é daí que vem
essa sensação de perda. Mas foi justamente por ela que ganhamos um episódio
lindíssimo, que é Glee em essência, sendo louca, engraçada e também emocionante.
A despedida de Will Schuester foi o
ápice para mim. Sei que tem gente que afirma que não aguenta mais “Don’t Stop
Believin’”, mas eu adoro essa música e ainda não cansei dela. Chorei
copiosamente o tempo todo e me permiti dizer esse adeus ao personagem (que não
deve voltar) e a tudo que vivemos nesses cinco anos. Pois é. Parece papo de
final de série mesmo e é bem por aí. Também foi lindo ver Becky se formando,
assim como Britanny. Trouxe memórias de “Shooting Star”, com certeza.
As despedidas continuaram: Para Quinn
e Puck, reafirmando que eles foram feitos um para o outro. Foi uma graça a
execução de “Just Give Me a Reason”, com os olhares meio chorosos de Rachel
intercalando aquele clima de total paixão entre Quinn e Puck. Um casal que deu
certo e teve final feliz, pensei. Ainda não tenho certeza sobre Santana e
Brittany, por algum motivo. A vida em lesbos deve ser bacana, mas não sei se a
história delas terminou aqui.
O que me incomoda, de fato, é pensar
que Tina não migra com os demais para New York. Sempre gostei dela sendo o
“props” do grupo, mas passei a gostar ainda mais quando a deixaram falar e ter
uma história. Tina, em seu grupo com Artie, Blaine e Sam, ajudou a segurar o
núcleo de Lima nesses tempos conturbados que vivemos em Glee. Com humor e com
música. A pancada que ela leva na cabeça e nos transporta ao universo de
Friends (ou CHUMS) é uma dessas ocasiões incríveis dentro da série. Estrelando
Tina Cohen Chang, com Rachel Berry e Santana Lopez de coadjuvantes. Sem
esquecer Mike Chang em sua missão de ensinar dança e reconquistar o amor de
Tina, não necessariamente nessa ordem. Ou de Sam, deixando estrategicamente
suas roupas na lavanderia (repitam esse plot!). Foi graças a esse grupo que,
pela primeira vez, gostei de “Loser Like Me”. Bela versão acústica, muito
melhor que a original, em mais um momento de marejar os olhos.
Também acenamos um tchauzinho para os
mais recentes membros do elenco. Colocaram uma pedra no assunto, de vez. E tudo
bem. Vamos seguir em frente porque não há mais tempo a perder. A partir daqui
quero ver a nova Glee, de preferência com Sam esquecendo suas roupas por aí.
Parece que seguimos com ele, Blaine e Artie para a Big Apple e eu agradeceria
muito se Mercedes ficasse num limbo bem distante, mas alguém do casting gosta
de Amber Riley e vai tentar colocá-la nos episódios a todo custo. Aliás, pior
música foi “I Am Changing”. O dueto de Kurt e Mercedes não poderia ser mais
frio e sem brilho. Prestei mais atenção na plateia do que neles, durante a
performance.
Dar adeus à rixa idiota entre Rachel
e Santana trouxe alívio. E Brittany, obrigada por mostrar ao mundo o que eu já
sabia. Santana só queria ser substituta para atormentar, porque aquilo não tem
significado para ela. Como eu brinco, ela só queria “chover na parede” de
Rachel, por pura maldade. E sim, continuo defendendo Rachel nessa, porque
afinal, ela lutou a vida toda por esse momento e por essa oportunidade para ver
os sonhos sendo esmagados por alguém que é, desculpem, oportunista. “Be Okay”
ficou interessante e as vozes estavam perfeitamente em sintonia.
Algumas despedidas espero que sejam
definitivas. Holly e April não precisam mais voltar. Já ultrapassaram os
limites do aceitável com suas participações. Até que “Party All The Time” foi
aquele momento de celebração bem divertido, mas dispenso mais canções na voz de
Gwyneth Paltrow. E dispenso ainda mais qualquer coisa cantada por Kristin
Chenoweth, repito apenas como um mantra esperando o universo agir em meu favor.
Agora, é New York de novo. Espero que
seja bom e que possamos colecionar outra grande quantidade de momentos
memoráveis, a exemplo do que fizemos até aqui. Não vou conseguir não pensar que
agora a reta final começou. Mas tudo bem. Farei como Will Schuester. Quando
Glee acabar eu vou aproveitar até o último segundo e serei a última a apagar a
luz e fechar as portas da sala do coral.
P.S*Gostei da solução de Will fazer entrevista para o Vocal Adrenaline.
P.S*Queria Becky em NY.
Músicas no
episódio:
"I Am
Changing" – Dreamgirls: Kurt Hummel and Mercedes Jones
"Party
All the Time" - Eddie Murphy: Holly Holliday with current and
former McKinley High students and Will Schuester
"Loser
like Me (Acoustic)" - Original composition: Blaine Anderson, Sam Evans,
Tina Cohen-Chang and Artie Abrams
"Be
Okay" - Oh Honey: Rachel Berry and Santana Lopez
"Just
Give Me a Reason" - Pink feat. Nate Ruess: Quinn Fabray and Noah
Puckerman
"Don't
Stop Believin” – Journey: New Directions and Will Schuester