quarta-feira, 5 de março de 2014

Glee 5x10: Trio


Três é par.

Se um é pouco, dois é bom e três é demais, obviamente só poderíamos esperar um episódio TRI-BOM de Glee nessa semana em que descobrimos a veia dramática de velhos membros do elenco que nunca antes tiveram a chance de estrebuchar no chão e mostrar que estão ali pros bons e maus momentos.

Como já deu para notar, “Trio” fez de mim uma Gleek mais feliz. Não que eu tenha achado o melhor episódio ever ou algo fora do ordinário. Foi sim, mais um episódio mediano, mas um episódio mediano bem divertido e que soube explorar bem o tema que propôs, embora ainda existam alguns problemas de montagem e edição que transparecem e deixam um clima meio estranho.

Além disso, o total esquecimento de metade do elenco incomoda (a mim, pelo menos), mas entendo que o objetivo final é apagar cada vez mais personagens como Kitty, Jacob, Unique, Ryder e Marley, que não devem retornar para a série na temporada final. De qualquer forma, existem formas mais sutis de agir, mas sutileza não é um predicado muito presente nos roteiros de Glee, temos de admitir.

Para tirar logo do caminho a história mais bobinha, sinto a necessidade começar gritando: Will e Emma ainda existem! Fiquei um tanto surpresa porque tinha esquecido completamente deles que, do nada, estão fornicando em banheiros escolares com a desculpa de fazer um novo membro para o New Directions do ano de 2030. Coube no tema? Claro que sim. Onde antes existiam dois agora teremos três. E o precedente de Will com a gravidez de Terry foi bem pontuada, enquanto eu sofria ao lembrar do quanto detestava essa personagem. Os comentários maravilhosos de Sue e Beiste temperaram um pouco essa trama açucarada, que teve como ápice a performance de “Danny’s Song”. Bonitinha (inha), mas nada além disso. Fiquei surpresa por, no final, Emma estar mesmo grávida, porque era tanto relaxamento que achei que o casal iria dormir em vez de consumar o ato.

O que continua sendo ótimo é o foco nos seniores. Eu já tinha gostado de ver Tina e Artie, mas Tina, Sam e Blaine? AMO MUITO MAIS. É incrível ver como o elenco mais antigo se mantém sempre na preferência. Não escondo o quanto gosto de Sam e de Tina, um pouco menos (quase nada) de Blaine, mas os três juntos estavam maravilhosos, engraçados, leves. Tina roubou a cena em seus momentos de drama Queen, chorando forçadamente e se atirando no chão para demonstrar sua desolação pelo fim do ano escolar. Brincadeira ótima e ela teve veia cômica para entregar. Sam e seus comentários sobre os peitos da colega me fizeram gargalhar e tenho que dizer que já faz um tempo que sou entusiasta de SAMTINA, embora esteja claro que foi só uma boa desculpa para fugir do twister erótico com Becky.

Aliás, o que aconteceu com Becky? Estou atormentada e não poderei dormir sem saber. Terá ela sobrevivido às maciças doses de energético? Gay Blaine fugiu com câimbras, vale lembrar. Tenho a teoria de que Artie deu a dica para Becky invadir esse ménage, só porque os colegas são lentos em matemática e não conseguem contabilizar que um quarteto tem 25% a mais de poder.

Com tudo isso, os números musicais foram excelente complemento. Gostei do clima que “Jumpin’ Jumpin’” impôs desde o começo, mas fiquei muito satisfeita com o clássico de The Breakfast Club, “Don’t You (Forget About Me) trazendo o espírito zombeteiro, digo, brincalhão para o episódio com a montagem do clipe. Foi nostálgico, para dizer o mínimo e essa era a intenção. Desperta em nós a lembrança dos tempos de escola (no caso, para quem já saiu dela) ou nos mostra a importância de realmente aproveitar bem essa fase (se você está nela, aproveite!).

Em New York, o que mais me chama a atenção é a necessidade de contratar Adam Lambert e Demi Lovato para todo o sempre. Os dois completam o trio tradicional de Rachel, Kurt e Santana muito bem e, inclusive, são ótimos como o novo One Tree Hill, o trio musical criado para mostrar para Rachel e Santana que a briga delas JÁ DEU!

Ficamos entre os mesmo argumentos do episódio anterior, embora dessa vez Rachel estivesse tão surtada pela fama que tenha ficado difícil torcer por ela. Elliott buscando chá, roupas e tralhas de uma Rachel que se muda para a casa dele, rouba a cama e ainda reclama do curry do rapaz é para matar. E é o próprio Elliot que diz que as duas são infantis. Aparentemente, Kurt perdeu todo seu poder de abrir a boca e se posicionar, mas enfim, vamos deixar como está, pois funciona.

Só sei que já torço pelo fim da briga, enquanto Santana e Rachel descobrem que precisam uma da outra e que nasceram para ser amiguinhas. Interessante citarem Quinn no meio disso tudo, pois se tem uma personagem que poderia (e deveria!) estar no lugar que Santana ocupa hoje em dia é ela. Não sei. Sinto que esse plot da substituta cairia bem entre Rachel e Quinn, talvez mais do que com Rachel e Santana.

No quesito musical também ficamos muito bem com “Barracuda”, onde Rachel e Starchild estavam divinos, “Gloria”, que coloca fogo na competição de divas e “The Happening”, com Kurt finalmente saindo um pouco da sombra dos demais. Para finalizar, “Hold on” carrega aquela boa dose de música que é cafona, mas a gente gosta mesmo assim, juntando nossos trios em um grande grupo (com os 25% a mais de Artie).
Resta esperar pelas Nacionais, então peguem o filtro solar. Mais uma vez o New Directions está preparado sem jamais ter de fato feito algum trabalho de preparação.

Músicas no episódio:
"Jumpin', Jumpin'" - Destiny's Child: Blaine (Darren Criss), Sam (Chord Overstreet) e Tina (Jenna Ushkowitz)
"Barracuda" - Heart: Elliott "Starchild" (Adam Lambert) e Rachel (Lea Michele)              
"Don't You (Forget About Me)" - Simple Minds: Blaine (Darren Criss), Sam (Chord Overstreet) e Tina (Jenna Ushkowitz)
 "Gloria" - Laura Branigan: Elliott "Starchild" (Adam Lambert), Rachel (Lea Michele) e Santana (Naya Rivera)
 "Danny's Song" - Kenny Loggins feat. Jim Messina: Emma (Jayma Mays) e Will (Matthew Morrison)
"The Happening" - The Supremes: Dani (Demi Lovato), Elliott "Starchild" (Adam Lambert) e Kurt (Chris Colfer)

 "Hold On" - Wilson Phillips: Tina (Jenna Ushkowitz), Blaine (Darren Criss), Sam (Chord Overstreet), Artie (Kevin McHale), Rachel (Lea Michele), Dani (Demi Lovato), Santana (Naya Rivera), Elliott "Starchild" (Adam Lambert) e Kurt (Chris Colfer)
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

Camila Morais disse...

Eu gostei bastante do episodio, foi bem o arroz com feijão que Glee faz e acerta. Cenas da Tina se jogando no chão e chorando foram as melhores e Sam de saia fazendo cosplay de Quinn tbm me arrancou muitas risadas.

Marcela disse...

Engraçado que o mundo quer só o elenco de NY e não está contente com Blaine, Sam indo para lá e vc é a única que ainda clama por Lima. Mas isso não me impede de adorar suas críticas, só não entendo pq o apego com o coral que deveria ter deixado de existir na quarta temporada. E Santana x Rachel é ótimo e não tem lado certo, pq era inevitável que Racel tivesse uma substituta e felizmente é a Santana.

Jhonatan disse...

Sou mais um dos quais prefere o núcleo NY e não vê a hora de ver todos os "Old School" unidos no centro do mundo, mas em contra-partida, também me importo com os personagens secundários que surgiram na 4ª temporada, quero saber sim o fim de Marley, Jake, Unique e outros, se puseram os personagens, que finalizem suas historias de forma digna, não com todos fazendo as pazes e virando amiguinhos depois das nacionais.

Pati Melo disse...

Pela primeira vez em muito, muito tempo não pulei os números musicais. <3