segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Once Upon a Time 3x10/11: The New Neverland/Going Home




Era uma vez, um recomeço...


Deixar acumular os dois últimos episódios de Once Upon a Time foi um erro e um acerto ao mesmo tempo. Por um lado, sofri demais durante “The New Neverland” pensando como os flashbacks podem ser inúteis e no quanto a série apenas recicla plots antigos de um jeito péssimo e pouco interessante. No começo, odiei aquele lance de retomar a maldição. Mas claro, havia coisas que eu não poderia prever e que minha atual “pouca fé” no roteiro de OUAT mantiveram fora da mais distante das minhas imaginações sobre a série.

 No entanto, fui surpreendida por “Going Home”. Um episódio que trouxe resoluções inesperadas e que poderia muito bem ser uma Season Finale. Há quem diga que até uma Series Finale perfeita se encontrava ali. E não posso discordar. Apesar de ter gostado demais de ver o episódio agora, no meio da temporada, confesso certa apreensão ainda, sobre os rumos da série. Numa rápida análise da série até aqui, o que vimos foi um montante de episódios que não passaram de medianos, até que chegamos a um realmente bom nessa Mid-Season Finale. E é exatamente quando comparamos “Going Home” com o resto da temporada que podemos notar que estávamos num oceano de profunda mesmice.

OUAT começou como uma feliz novidade até que entrou num limbo. E esse limbo continua sendo perpetuado a cada flashback  (que eu já chamo de flashbabaca) batendo nas mesmas teclas idiotas sobre as relações entre Regina, Snow e Charming. Não perdoo muito nem os de Rumples, se querem saber, exceto o da revelação de que ele é filho de Peter Pan, pouca coisa relevante tem saído dos flashbabacas de OUAT, sejamos bem sinceros. Essa quantidade absurda de cenas que não fazem diferença causam cansaço e aborrecimento, mas tudo isso poderia ser resolvido apenas retirando o elemento dos episódios ou utilizando-o com mais parcimônia. Obviamente essa é apenas minha opinião e duvido que OUAT mude sua dinâmica agora.

É por conta de momentos inúteis que não dá vontade de falar de “The New Neverland” quando voltam a insistir na transformação de Regininha numa mulher estúpida e sem experiência de vida. Honestamente, detesto quando fazem isso com a personagem. Uma mulher tão forte e que se mostra tão imbecilizada. Não faz sentido. Vê-la enganada por Pan, ainda que na pele de Henry, chega a ser absurdo.

Mas, é claro, a coisa volta a valer a pena no episódio seguinte, quando a maldição se transforma na redenção da série. Seria muito chato se tudo voltasse à estaca zero, então admiro o modo como construíram a história. Desde a renúncia de Rumples à própria vida até à renúncia de Regina a seu grande amor, vemos os vilões virando mocinhos sem serem idiotizados para tal. É emocionante, na verdade. Confesso que derramei minha parcela de lágrimas ao ver Rumples se sacrificar para eliminar o próprio pai. Parecia um menino, rejeitado até o fim, mas alguém que deixou de ser covarde e aprendeu a enfrentar os maiores medos.

O mesmo acontece com Regininha, que sai de seu ciclo de eterno egoísmo e finalmente age em nome de centenas de pessoas. Não que isso os transforme em anjos, mas afinal, é importante aprender com os próprios erros e não repetir padrões.

Depois que Rumples se vai e a maldição avança, o chororô aumenta. O adeus de Emma para Snow e Charming é surpreendentemente bonito. Em contrapartida, a despedida dela e Neal é fria e demonstra que ali ficou apenas uma grande amizade. Com Hook, no entanto... Ai, ai, ai. A coisa pega fogo no simples olhar e sabemos que essa história um dia precisa engrenar. PRECISA.

A mecânica dessa nova maldição é muito boa e traz muitas possibilidades. Emma e Henry ficam juntos e ganham memórias completas de uma vida juntos, ainda que nada daquilo seja real. Um belo presente da parte de Regina, devemos dizer, mas a felicidade dura exatamente um ano. É aí que Hook bate à porta com todo seu charme cafajeste e lança o velho golpe do beijo. Infelizmente não funciona, mas sabemos que Emma e Henry voltarão a se reunir com seus familiares de alguma forma, ainda que sejam incapazes de lembrar de alguma coisa.

Parece óbvio que essa estratégia ajudará bastante Ginnifer Goodwin, que está grávida e deverá aparecer mais barriguda daqui em diante, aproveitando o bebê da vida real como “cenografia” para Snow, que já havia revelado seu desejo de ser mãe novamente.


É de se prever que Neal e Tinker Bell se unam também e que muitas mudanças nos relacionamentos entre os personagens abram caminhos bacanas para que a história se recupere e continue num ritmo mais interessante daqui para o final da temporada. Não dá para negar que tudo isso vem em bom momento e que as expectativas pelo retorno da série agora são bastante grandes. Pelo menos, as pessoas parecem enlouquecidas com OUAT novamente, o que pode ser bom ou apenas mais um motivo de grande decepção, afinal, meter os pés pelas mãos têm sido talento constante dos roteiristas da série há um bom número de episódios.
Comentários
5 Comentários

5 comentários:

Vanessa disse...

Não tem o que falar de The New Neverland, além do beem ruim.

Então eles fazem o Going Home, que foi maravilhoso. O problema é que mesmo estando empolgada, tenho resalvas. afinal a season 2 foi fraca e essa season 3 estava perdida. Começou bem, murchou e agora uma mid finale dessas.

Agora é esperar pra ver.

cicle star rio bonito disse...

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Karen Melissa Cavasini disse...

Concordíssimo Camis!!! Uma pena se o relacionamento entre o Hook e a Emma nao engrenar... Os dois tem quimica (pelo menos parece né) e o Hook é MUITO mais legal que o Neal...

ymara disse...

resposta ao PS- Já , por favor!

cristiano disse...

Pobre Almost Human....

o caso sci-fi dessa série em particular é " não " necessitar de uma " Mithologia " para continuar longeva : é questionamento sem necessidade de questionamento - sem a necessidade de " polarizar " .

Nos anos 90 ao assistir Arquivo-X , também não via a necessidade de " Mithologia " mais Carter a criou ... e não explicou nada ...e ainda produziu mais 2 filmes !

É ingênuo afirmar que o público " geral " necessita de sci-fi " Mithológica " - um embuste simpático propalado pela " indústria " de séries que ansia por audiências escandalosas , não importanto o " gênero " .

Tentei ver a " Era uma Vez...." o que é isso? Nada de profundidade ou sentido , seja físico , mistico ou metafisico ....mas parece cair no gosto do público ...pobre público .

Ao menos Gene conseguiu por muito tempo manter Star Trek em evidência para deleite de todos.... e tambem não tinha uma " Mithologia " forte ...era sobre humanos , tal qual Almost Human .