quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Sons of Anarchy 6x10/11: Huang Wu/ Aon Rud Persanta

Votação unânime.
Depois de assistir a esses dois episódios de Sons Of Anarchy em sequência, precisei de um tempo para respirar e processar tudo o que aconteceu. Fiquei boquiaberta em diversos momentos, mesmo sabendo que essa é uma série em que os limites para o que é possível ou impossível não existem. E se havia alguma dúvida disso, acho que agora podemos dizer que SOA é a produção mais corajosa da TV, atualmente.
As decisões para os roteiros são baseadas num simples preceito de que o que tiver de ser, será. Não importa se você é do elenco principal, se é um dos “maiores vilões” (não gosto desse termo para descrever personagens de SOA, mas acho que vocês entenderam), se o público te ama. Não imporá se você é, inclusive, o próprio Kurt Sutter. Isso é que é sensacional. Você pode ser o pica das galáxias e ainda assim, você pode simplesmente tomar uma bala na cabeça e sair da série sem a menor cerimônia.
É claro que meu foco principal aqui é em Clay e Galen.  Acho até que a morte de Galen me assustou mais. Eu simplesmente não esperava, embora devesse e fiquei estupefata com a facilidade da coisa, depois de seis anos de série em que esse cara pareceu indestrutível. Na hora de Clay, eu torci por outro desfecho, no meu apego idiota com um dos melhores personagens já criados. O caráter e as atitudes de Clay moveram Sons Of Anarchy por muitos episódios. Já amei. Já odiei. No fim, fiquei olhando ele sangrar, com o corpo e o pescoço esburacados, pensando que ele cumpriu maravilhosamente seu papel. Não acho que a morte ou a cena em si tenham me impactado tanto quanto outras. Mas nenhuma delas tem o significado dessa.
Clay precisava morrer por muitos motivos. Tara enumerou alguns, mas o principal é que enquanto Clay vivesse, Jax nunca poderia desempenhar 100% seu papel à frente do clube. O desafio dele começa agora, mas a armação toda com irlandeses, chineses e a polícia mostra que é um jeito esperto de começar. Resta saber até quando Nero ficará nesse barco e se, de fato, será possível tirar SAMCRO dos negócios ilegais.
Mais do que isso. Talvez Tara seja capaz de desferir um golpe definitivo contra Jax e o clube. E ela está em seu momento mais decisivo. Fugir e salvar os meninos ou ficar e tentar ajeitar as coisas, enquanto Jax muda a linha de negócios do clube? Será que ainda existe confiança? Ou a confiança perdida de ambos os lados pode ser reestabelecida?
Tara tinha um plano bom. Imperfeito, mas bom. Acho que o melhor momento dela é logo após o flagra de Jax com Colette. “O que você fez comigo? O que eu me tornei? O que está acontecendo?”. Parece que essas três perguntinhas também abalaram Jax, que se dá conta, ao que parece, de que Tara foi muito mais afetada do que ele poderia imaginar.
A conversinha com Gemma foi bastante forte. “Você tem que escolher se vamos dizer aos meninos que a mamãe se mudou ou que a mamãe morreu”. Tipo de ameaça que é um combustível para cada atitude de Tara e que pode determinar para onde a bala retirada do corpo de Bobby irá parar, no próximo episódio.
Agora, devo dizer que não entendi muito a surpresa de Gemma com os sentimentos de Unser. Esse homem já se declarou umas três vezes e ela ainda faz cara de “nossa, quem poderia prever?”. O melhor fica na tensão entre Unser e Nero, em diálogos bem humorados e que ajudam a aliviar a tensão dos episódios. Algo como a cena em que Happy assiste desenhos e come comida chinesa ao lado da máfia chinesa. Ele ri e se diverte e a gente também, com o absurdo dessa situação. De qualquer forma, entendi o apelido, finalmente. O cara é mesmo feliz.
Wendy, honestamente, me parece uma enorme perda de tempo. Seis anos vendo essa mulher ir, vir e se drogar. Meio que perde a graça. Também não tenho a menor piedade dela e sempre achei que Wendy era o elo fraco no plano de Tara. Deixar dois meninos com uma ex-viciada em heroína não é uma boa pedida.
Preciso dizer que gostei muito do plano de Jax, mas gostei mais ainda da cara incrédula de Eli, para as expectativas de Patterson. Ele desconfia, aperta os olhinhos e sabe que aquilo tudo não vai render como deveria, mas cala e segue as ordens superiores. No final, Jax cumpre o que prometera, mas o detalhe de entregar todos mortos (mais o resgate de Clay) estraga tudo. Da próxima vez, Patterson deve ler as linhas pequeninas nos contratos que assinar com os Sons Of Anarchy.
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