terça-feira, 15 de outubro de 2013

Grey’s Anatomy 10x04: Puttin’ on the Ritz



200 episódios com eles.


Não é qualquer série que chega a 200 episódios.  Para conseguir uma marca como essa são necessárias qualidades indiscutíveis, mas principalmente carisma e uma base de fãs sólida.  Grey`s Anatomy tem a seu favor o poder de emocionar (nem sempre para o bem) e por isso,  essa conquista é justa e me deixa feliz. Extremamente feliz. Tenho lá minhas opiniões sobre certas escolhas de roteiro. Nem sempre concordo com tudo que é feito. Nem sempre fico satisfeita com o texto e com os personagens, mas ainda assim, o amor pela série supera tudo. É quase como um casamento. Um casamento em que todos nós estamos ao mesmo tempo e no qual pretendo estar até que o cancelamento nos separe.

Já que estamos falando de um número importante, nada mais natural que um baile de gala para festejar essa conquista da série. O gancho da arrecadação de fundos para consertar o que a tempestade destruiu no Grey-Sloan Memorial Hospital foi bem utilizado, inclusive com os requintes de picadeiro. Palhaços, malabaristas, cuspidores de fogo... Realmente um circo para endinheirados ficarem felizes e liberarem cheques gordinhos.

A ideia da competição entre os membros do conselho rendeu e trouxe bom humor ao episódio que, mesmo simples, foi agradável de assistir e teve de tudo. Do glamour dos vestidos longos até a nervosa cena em que  vemos uma fratura exposta surgir diante de nossos olhos. Era de se prever. Em Grey`s não existe alegria sem uma dose de dor, afinal de contas.

Enquanto Meredith e Derek arrumam meios de se provocar, quem se destaca mais é Cristina, que logo sofre com sua ideia de pedir a Owen que saia com outras pessoas. O melhor, no entanto, fica para o final, quando ela ri na cara de seu “doador” mais seduzido, enquanto o cara tem a pachorra de tratá-la como uma prostituta. Como Yang é maior do que isso, mesmo em suas negativas em tom zombeteiro ela continua exalando elegância.

Callie também estava dando show de cretinice ao encarar a viuvez . Esse tom de brincadeira para tratar a reação dela à traição de Arizona  coube como uma luva. Confesso sem medo,  que não senti o menor dó de Arizona, choramingando por estar sendo observada e apontada na rua como uma traidora. Deveria ter pensado nisso antes de esfregar a perneta em outra mulher, ora bolas. Kepner, como sempre, se mostra confusa demais e a gente sabe apenas que ela só pensa em Avery enquanto finge que fala do noivo.

É surpreendente notar que foram necessários 200 episódios para o pai de Karev aparecer, o que retira a ideia da categoria de clichê (ou não). Como na vida dele tudo é drama e abandono, ou esse homem vai morrer numa overdose ou fugir depois de ser colocado na rehab.
Os internos são chatos até quando bancam os “tubarões” do Pronto Socorro. Ross está virando psicopata ou algo assim e é meio bizarro que ele já tenha superado a morte da colega (algo que, direta ou indiretamente, ele provocou) e esteja todo pimpão, agindo como se manjasse dos paranauê, como dizem por aí. Murphy até que cumpriu seu papel de ser “babá” e alguma coisa me impede de ir com a cara de Stephanie, não importa que história esteja acontecendo com ela. Acho apenas dispensável e impossível de acreditar no relacionamento dela com Avery. Não existe química entre os atores.

Gostei muitíssimo do velho rabugento que atormenta Bailey com seus preconceitos e ofensas. Dei altas risadas com as falas ácidas do personagem e comecei a torcer por um milagre que o tire do câncer. Tudo o que ele conversa com Richard é de um nível alto de absurdo e não tem como não se divertir quando ele ordena que abram as janelas porque o quarto está cheirando a defunto.

Richard, por sua vez, leva o título de “bebê chorão”. Babaquice define aquelas atitudes inexplicáveis. Não tem nenhum motivo pra ele estar todo revoltadinho e agredindo as pessoas que tentam ajudá-lo. Honestamente, esse plot não tem a menor lógica e não se encaixa com o personagem. Para piorar, um moribundo não tem tanta disposição para falar e fazer escândalos como Richard mostra ter. E gente com pulmão em colapso fica na UTI, sob intensa observação e monitoramento, digo por experiência própria.

Como se pode ver, nem tudo é perfeito em Grey’s Anatomy, mas esse episódio, com seus defeitos e qualidades, ainda é importante para a série. Que venham os próximos 200. Se a showrunner que não deve ser nomeada deixar algum personagem vivo até lá.
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Cecilia Carvalho disse...

Gostei do episódio, mas esperava um pouco mais por ser o 200.

Kika disse...

Piores internos EVER. Nem consigo lembrar os nomes deles.
Acho uma babaquice sem tamanho insistirem nesse namoro de Avery com a interna mais sem sal que já passou por Grey's. E Kepner acaba ficando chata e sem função nesse casa não casa. Vão acabar estragando a história dos dois (Avery e Kepner), que era bem bonitinha. E fazia sentido!
A interna que está com Karev serve para ocupar o lugar de Izzie (chega de drama amoroso para Darev tb), mas os outros dois... REALLY?
Toda cena desses internos eu sinto que a série está perdendo um tempo precioso em que poderia estar mostrando qualquer outra coisa, nem que fosse Sofia, Zola e Bailey baby brincando.
Insuportáveis define!
Callie de viúva me fez rir e nenhuma pena de Arizona por aqui também. Um novo romance para Callie vivia bem a calhar nesse momento. Arizona tem que sofrer antes de sequer chegar perto de ter Callie de volta.
Richard está enchendo a paciência com esse mimimi, quero morrer. De onde isso saiu? Ele não está terminal, não está incapacitado, não tem motivo.
Owen e Cristina era esperado já que Sandra deixa a série nessa temporada, mas está sendo doido de assistir.
Derek e Mer me divertem sempre.