Essa semana Grey's Anatomy fez um
episódio muito bom e divertido e é por isso que decidi eliminar logo a arte podre
(porque ela existe, infelizmente), já que o plot de Richard é considerado o
pior pelo senso comum. Mais um dia em que nosso ex-chief tenta mostrar fraqueza
com olheiras falsas e a desculpa de que não consegue ir até a cadeira ou voltar
para sua cama. Engraçado é que, semana passada, esse homem estava forte como um
touro, capaz até de derrubar a pobre Bailey que continua sendo só amor e
dedicação.
Pelo menos Catherine voltou e
lançou umas verdades. Como é que esses profissionais do Grey-Sloan não tem a
capacidade de separar a relação pessoal com a relação que precisam ter com
Richard como paciente? Nem dá para culpar só os internos, porque Meredith e
Bailey já fizeram igual. Só podemos culpar os roteiristas mesmo e rezar para
que essa história tenha um fim breve, antes que morramos de tédio durante uma
das longas cenas de mimimi.
Falando em Catherine, confesso
que gostei da participação dela como mãe megera. Ri bastante do bullying com
Stephanie, que escolheu uma blusa bem horrenda pra conhecer a mãe do namorado,
vamos combinar. Mas a melhor parte era a do cara que enfiou o pinto num ninho
de vespas. Só de imaginar a situação já era bizarro, mas com a esposa dele ali,
dizendo que sabia e que isso era “só um detalhe, dentre 500 coisas mais
interessantes” fiquei realmente pensativa, mas no fim, não concordei muito com
esse lance de ter um marido que curte ter o pipi com picadas de abelhas,
aranhas, vespas e sabe-se lá mais o quê.
Como já disse, para mim,
Stephanie e Avery são o casal chuchu do ano. Aguados, sem sal, sem sabor e tudo
o mais. Claro que tenho que discordar de que Stephanie seja uma “gold digger”,
mas acho qualquer desculpa válida para acabar com esse romance que não
interessa a absolutamente ninguém.
Provando que perna de pau e cara
de pau andam juntas, eis que Arizona já não sabe mais quem está traçando no
hospital. Tudo bem que dessa vez foi “só amizade e queijo quente”, mas achei
sim, que Murphy pode acabar como o rebound de Arizona, já que esse assunto veio
à tona no episódio. Minha ídola continua sendo Callie, que se liberta de toda a
tortura psicológica por que passou durante tempos e dança de calcinha, depois
de se impor novamente e retomar seu espaço. Ela decidiu não ser uma vítima. Ela
decidiu seguir em frente e superar seus problemas. E está certíssima. Chega de
gente mimizenta nessa série, pelo amor de Deus.
Sobre Karev e o pai, acho que, no
fundo, ele está bastante certo em evitar contato. Mas Izzie, digo, Jo, insiste
e força a barra até mais não poder. Impressionante como ela é a nova Izzie
mesmo. Atitudes tão idênticas e atrizes tão parecidas que chega a dar uma ponta
de raiva por essa reciclagem safada de personalidade. Próximo passo nessa trama
é: pai de Karev é internado novamente por abuso de substâncias, Jo e Karev
dizem “Parabéns, papai” e o homem morre em seguida ou segue pra rehab.
Como nem todo mundo pode estar
feliz, eis que Cristina dá seu showzinho. Discordo de tudo o que ela disse para
Meredith, mas coloco na balança o fato de ela ter se separado de Owen e estar
super recalcada por ele comer o pão de banana de outras médicas e também o ciúme
da prole dos McDreamy, porque Cristina sente o abandono da melhor amiga. Aquele
transplante de fígado e coração era a “Princess tea party” de Cristina e no
final, ela sabe que Zola e baby Bailey estão um passo a frente dela na lista de
prioridades.
Ela cita Callie e Bailey como
exemplos de mães que fazem melhor que Meredith, mas a coisa não é tão fácil e
nem sempre foi assim. Para ambas as personagens houve episódios sobre essa luta
entre ser mãe e profissional. A diferença é que Meredith está enfrentando tudo
isso agora e está em período de adaptação. Derek, obviamente, deveria ser mais
solícito nesse sentido, mas também não o vejo como algum culpado pela sorte de
acontecimentos que tiraram Meredith da cirurgia e do chá as princesas, de uma
única vez.
Então, nem preciso dizer (mas
digo), que aquele discurso de Cristina foi ofensivo e desnecessário, embora ele
denuncie que a personagem está numa fase terrível de carência e abandono. Já dá
para ver por tudo isso a saída dela se desenhando e é triste demais pensar que
no ano que vem não a teremos mais por perto.
P.S* Bailey jogando pragas em Meredith e bombeando o leite do peito dela: não têm preço.