segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Glee 5x02: Tina In The Sky With Diamonds


 
Episódio também conhecido como: Sam at the Infirmary With the (almost) Nurse.

Ninguém nega que essa Season 5 de Glee começou com um clima de “meio de temporada” e, apesar de ser bastante estranho -  porque nos pegamos no meio de histórias em andamento e não no limiar de novidades - não sou capaz de dizer que desaprovo a estratégia. Sim. Essa é a palavra chave. Começar a temporada dessa maneira foi o modo que os produtores encontraram para não nos deixar na mão e terem um tempinho para preparar o episódio que deve nos arrebatar nos próximos dias.  Você pode estar detestando, mas é preciso admitir ou reconhecer que nessa tática mora a tentativa de não deixar a série cair numa profunda e irrecuperável depressão.

Diante disso, posso afirmar que gostei dessa dobradinha de episódios com canções dos Beatles. Não digo que sejam os melhores episódios da série, mas no contexto, tudo se encaixa e Glee não deixou de cumprir seu papel em nenhum deles, sendo divertida e emocionante em diversos momentos. Além do mais, como ferrenha defensora de Tina Cohen-Chang, eu não poderia estar mais feliz. Apesar do momento “Carrie, A Estranha” que poderia ter acabado com a morte de todos do McKinley, a trajetória dela é emocionante e carrega uma mensagem muito bonita sobre amizade e autoestima.

Lógico que Tina acabou sendo bem aloprada, tendo seu maravilhoso solo inicial cortado descaradamente só para fazer troça com a pobrezinha, mas acho que valeu a pena. Por ela e por Véia. Porque Véia (ou Kitty para vocês que não são tão íntimos) está preenchendo os episódios com performances, caras e bocas maravilhosas. O problema é que se Véia fica boa temos que ter a nova inimiga do Glee Club. Sue Sylvester, que não pode mais ser a agente principal da ação, escala a “Cheerio Chocolate” para um ciclo interminável de meninas más que descobrem o quanto é legal ser do new Directions e se rendem depois. Confesso certo cansaço dessa história que já foi de Quinn, de Santana, de Véia e agora de Choco-Cheerio, mas é isso que tem para hoje, aparentemente.

Não deixo de concordar em um ponto. Todo mocinho precisa de um vilão. É o inimigo o vetor de motivação e assim, uma cheerleader do mal é sempre necessária na receita, porque se todo mundo ficar numa boa o tempo todo não dá mais para fazer piada. Ou dá. Vejam o exemplo de Sam, que assumiu mesmo ser a Britanny de calças e virou o palhaço da série. Adoro cada cena dele (apesar do cabelo) e fiquei tentando entender porque agora ele tem que se “apaixonar” por uma idosa (essa nem véia pode ser) que testa injeções em salsichões? Sei lá. Deveriam investir nele e Tina, quem sabe? Parece mais produtivo.

Fora dali, em New York, titia Ryan Murphy perde o amigo, mas não perde a piada escrota com Smash. Meu amor por esse homem só faz crescer, confesso, mas só porque sei que não terei de aturar Rachel nos plots chatíssimos desse outro musical cujo nome nem gosto de repetir. Aliás, Rachel está cada vez mais deslumbrante nos números musicais e, na companhia de Santana e Kurt está conseguindo fazer render esse núcleo que tinha tudo para ficar no ostracismo. “Get Back” e “Let It Be” ficaram ótimas, mas foram ofuscadas pelo amor e sedução que vinha dos olhares entre Santana e Dani.

Fiquei muito satisfeita com a participação de menina Demi Lovato, que tem amadurecido na carreira e é uma graça no The X Factor. Simplesmente vou com a cara dela e nas cenas com Santanão, conseguiu criar um clima diferente e interessante. Sem Britanny na parada, Santana tem a chance de explorar quem realmente é e testar a si mesma em novos relacionamentos. Mesmo que não dure muito (claro que não vai durar, é só uma participação de Deminha) acho a iniciativa excelente, só por tirar a personagem da zona de conforto e de toda a segurança usual que a envolve. O número musical “Here Comes The Sun” foi um plus que aceitei de bom grado, pela ternura e romantismo que transmitiu.

Pessoalmente, achei que “Sgt.Pepper’s Lonely Heart Club Band” acabou ofuscada pelo excesso de “tremeliques” de todos no palco da festa do colégio, mas “Hey Jude”, por outro lado, esbanjou qualidade.

Após dois episódios felizes, no entanto, sabemos que precisamos estar prontos para “The Quarterback”. A felicidade de Rachel, nossa Funny Girl, está prestes a sobre um baque e dessa vez, ficção e vida real vão se misturar de um jeito bastante amargo.

P.S*Para que serve Will Schuester? Até Figgins tem mais valor que ele atualmente.

P.S* Roz Washington tem senso de ética. Quem diria?

 

Músicas no episódio:

"Revolution" – The Beatles: Tina (Jenna Ushkowitz)  

"Get Back" – The Beatles: Kurt (Chris Colfer) e Rachel (Lea Michele)

"Something" – The Beatles: Sam (Chord Overstreet) 

"Here Comes the Sun" – The Beatles: Dani (Demi Lovato) e Santana (Naya Rivera)

"Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" – The Beatles: Wade "Unique" (Alex Newell), Marley (Melissa Benoist) Jake (Jacob Artist) e Ryder (Blake Jenner) 

"Let It Be" – The Beatles: Santana (Naya Rivera), Rachel (Lea Michele), Kurt (Chris Colfer) e New Directions 

"Hey Jude" – The Beatles: New Directions
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Emylle Melo disse...

Uma coisa a dizer: Dantana <3
Agora é a preparação psicológica para o episódio dessa semana </3

anastacia disse...

concordo com sua critica, apenas uma reclamacao qt ao episodio: achei que desperdicaram (pra variar) a chance de dar um solo pra tina, no final, como um trofeu de superacao, merecia.