A difícil tarefa de dizer Adeus.
Cada dia mais fico intrigada em
conhecer os rumos de Grey’s Anatomy sem nossa amada Sandrinha Oh. Cristina,
depois de 10 temporadas, ainda é uma personagem interessante e que nos cativa
por seus picos de maldade ou por seus momentos de abertura emocional. Indo de
um extremo a outro nesse episódio é que ela me fez pensar em como a série
ficará “um pouco menos” sem sua presença. Ri com e me compadeci de Cristina nesse
terceiro episódio e, mais do que nunca soube que estamos prestes a perder
alguém essencial.
Cristina foi fantástica ao zombar
de Alex e usá-lo para achar sua vida um tanto menos dramática. Não está fácil
para ninguém, mas para Alex, que não consegue nem fazer sexo com a nova
namorada, pode ser que esteja um pouco pior. A verdade, é claro, é que Cristina
ri e tem a lucidez de que precisa agir antes de uma recaída com Owen, mas ela
resiste e se força a sair do ciclo vicioso que se tornou esse relacionamento.
Por mais que eu sempre tenha adorado os dois juntos, é preciso admitir que
chegou a hora, não só pela saída de Cristina, mas pelo bem da trama. Isso não
quer dizer que eu não fique incomodada ao ver tanto Owen quanto Cristina se
negando o que mais desejam. Estar juntos não é uma opção, porque ali, alguém
teria que fazer uma concessão grande demais para que o futuro como casal
existisse e a grande ironia é que essa mesma concessão destruiria tudo. É um
beco sem saída e a solução, ao que tudo indica, é sair com outras pessoas.
Também gostei do papel que Owen
desempenha no episódio. Ele mostra para Avery o caminho que as coisas devem seguir,
porque se as vidas pessoais estão uma bagunça, depois da tempestade o hospital
também vive no caos e uma coisa vai piorando a outra. Apesar de tudo eles
precisam ser profissionais, embora não seja fácil passar por cima de dores,
traições e noites mal (ou não) dormidas.
Foi bom ver Callie sendo sensata e
entendendo que Arizona precisa mesmo de terapia, já que virou outra pessoa
depois do acidente de avião. A sinergia de acontecimentos na casa de Derek e
Meredith foi engraçada e ao mesmo tempo me deixou cansada. Não sei se era a
maquiagem ou se deixaram os atores sem dormir por dias antes de gravar, porque
estava tudo muito real.
Como se nada fosse e sem sexo
interferindo, April consegue passar nos testes e meio que vive um drama
parecido com o de Cristina, exceto pelo fato de que Avery é quem não quer ser
tocado ou ter mais do que uma amizade com ela. E no tema de amizades coloridas,
fiquei sem entender onde estava a chatíssima Catherine quando alguém precisava
enfiar comida pela goela de Richard.
É de doer na alma que um
personagem maduro, adulto, um médico experiente, fique de chorinho e
frescurinhas tentando morrer de inanição, enquanto Baley e Meredith ainda
permitem que ele aja como criança mimada. Por mais que Richard seja uma figura
de autoridade para as duas, isso não justifica a série de equívocos e receios
das duas. Pelo menos Ross resolveu a parada com certa agilidade, acabando de
vez com a história mais furada da semana.
P.S* O que Meredith e Derek farão
sem Callie nesse novo relacionamento a três?
P.S* A pergunta que não quer
calar: Onde está o meu cochilo?