sábado, 7 de setembro de 2013

Projeto Fall Season 2013: Semana I

 
 
Todos os anos, já há algum tempo, mergulho de cabeça no que ficou conhecido como o “Projeto Fall Season”, que consiste, basicamente, em assistir a todas as estreias de novas no período de Setembro a Dezembro, quando as emissoras lançam suas maiores apostas. Hoje em dia, muita gente faz a mesma coisa (#TAMOJUNTO) e essa pequena aventura pode acabar em boas surpresas e grandes decepções. Outra consequência é a internação em um hospício, mas não falemos disso.
 
É uma tradição também, que eu escreva uma review para cada episódio visto, mas dessa vez, o tempo (ou a falta dele) está falando mais alto, então, surgiu a ideia desta coluna. Por aqui, comentarei brevemente sobre todas as Series Premieres da temporada 2013/2014.

Os textos serão escritos de forma bem mais sucinta, sem tantos detalhes técnicos das produções, mas sempre mantendo aquela honestidade marota, porque no final das contas, ajudar os fãs de séries a fugir das bombas já é considerada uma função social de alta importância e estou sempre pagando mais uma prestação do meu terreninho no céu.
 
Como não poderia deixar de ser, essa temporada começa antes da hora (afinal, o inicio oficial da Fall é em 20 de setembro) com os tradicionais “vazamentos”. Foram três comédias estreantes – nenhuma delas engraçada, diga-se de passagem – que já podemos riscar da lista de tarefas do Projeto Fall Season. Vamos às ditas cujas:
 
Back In The Game 1x01 – Pilot
 
A Premiere oficial de Back In The Game, da ABC é apenas em 25 de setembro, ou assim deveria ser. De qualquer forma, é um alívio imenso o fato de que, para mim, pelo menos, o pior já passou, porque não existe a menor chance de eu voltar para um segundo episódio. O episódio não é engraçado, tem atuações terríveis e reforça preconceitos e conceitos toscos sobre homossexuais usando crianças para tal.
A história em si até parece que tem algum espaço para crescer, mas o Piloto não ajuda em nada. A protagonista, Terry Gannon (Maggie Lawson), uma ex - jogadora de baseball/softball falida, sofre de “daddy issues” fortíssimos e passa o tempo todo cobrando o pai, “The Gannon” (James Caan) pelo abandono ao longo da vida e pela falta de presença desde sempre. A relação dos dois se torna chata logo de cara, tamanha a histeria que envolve e The Gannon é tão nojento que o desejo maior é que ele saia de cena logo.
 
Depois de tanto sofrer nas mãos de um pai tão terrível, Terry quer fazer diferente com seu próprio filho, Danny (Griffin Cluck) e se envolve bastante na vida do garoto, a ponto de se oferecer para treinar um time de baseball infantil, só com os pequenos perdedores que não entraram no time principal.
Vale dizer que o elenco infantil é sofrível e que é deprimente ver o que fazem com um dos meninos (estou sendo legal e escolhendo apenas um), que passa o tempo dançando e rebolando, cantarolando “Born This Way” para reafirmar que é gay e afetado. Uma péssima escolha de roteiro, que tenta fazer rir usando os piores estereótipos. Porque todo menino gay passa o dia se retorcendo de forma esdrúxula ao som de Lady Gaga. 
 
Claro que Terry terá um romance cheio de probleminhas idiotas com o técnico do time oficial, porque afinal, essa é uma comédia que está decidida a apostar em tudo que existe de mais previsível e sem graça, embora eu faça uma ressalva para a cena em que Danny beija o colega babaca, na tentativa de assustar o moleque (que, é CLARO, é filho do técnico do outro time, né? Série clichezenta dos infernos).
 
The Goldbergs 1x01 – Pilot
 
A pessoa que se enganou achando que The Goldbergs seria parecida com The Wonder Years ou que a ambientação nos 1980 seria um grande trunfo já se enganou em 200% (pelo menos). A comédia da ABC estreia oficialmente em 24 de setembro, mas é recomendado fugir desde já.
 
Nenhuma piada funciona, embora a gritaria e os personagens sejam baseados em fatos reais. Sim, no final vemos as cenas da vida real que viraram inspiração para o seriado e essa é a parte mais “empolgante” da coisa toda. Seria justo dizer que o sensor de vergonha alheia explode ao final dos vinte minutos de gritaria e péssimas atuações do elenco todinho, mas com destaque especial para Barry (Troy Gentile), o irmão do meio.
De longe, o pior e mais caricato dessa família muito unida e também muito ouriçada, já diriam por aí. Murray (Jeff Garlin) é o pai que precisa de tradução simultânea para tudo que diz (e não, esse elemento não agregou em nada e não foi divertido em momento algum), Beverly (Wendi McLendon-Covey) é a mãe escandalosa com excesso de sombra nos olhos, Pops (George Segal) é o avô com jeito de garanhão de gafieira, Erica (Hailey Orrantia) é a filha mais velha sem função prática alguma e Adam (Sean Giambrone) é o caçula que filma tudo e nos obriga a ver uma série ruim sobre sua família, algumas décadas depois. Fujam para as colinas se puderem.
 
Trophy Wife 1x01 – Pilot
 
Apesar de não ter um Piloto maravilhoso, Trophy Wife, da ABC – chegando à grade oficialmente em 24 de setembro - é a estreia “menos pior”, por assim dizer. Dentre cenas vergonhosas com vira-vira de vodka e a morte de hamsters gêmeos, o que se nota é que o elenco tem qualidade e pode encontrar o tom para essa comédia familiar, o que já é um imenso elogio.
 
Destaque para Bert (Albert Tsai) o filho adotivo chinês, que se destaca facilmente por sem extremamente despachado e natural, mesmo quando está manipulando as pessoas para ganhar brinquedos caros. Kate (Malin Akerman) precisa baixar um pouco o tom para não se tornar detestável rapidamente, mas no geral, ela leva bem a função de ser a esposa de um homem mais velho cheio de bagagem familiar.
 
Pete (Bradley Whitford) é o marido que seduz mesmo de nariz quebrado, Diane (Marcia Gray Harden) é a primeira ex-esposa com cara de quem cheirou pum, Jackie (Michaela Watkins) é segunda ex-esposa hippie e doida, Meg (Natalie Morales) é a melhor amiga de Kate que (sabe-se lá porque) é obrigada a levar os filhos de Pete para aulas de música, Warren (Ryan Scott Lee) faz o adolescente tarado com talento para escrever contos eróticos e Gianna Lepera faz a filha adolescente não citada na lista de elenco, mas que adora uma boa dose de vodka.

Comentários
13 Comentários

13 comentários:

Raquel Alves disse...

:(

alex disse...

Sou louco, e ainda vou assistir esses três pilotos

diogopacheco disse...

Parabéns Camis. Não é atoa que vc é a Rainha das Séries no Brasil, tem estômago para encarar cada porcaria.

paoloqz disse...

Gostei de Trophy Wife, e The Goldbergs irei conferir o segundo ep, porém me decepcionei muitos com os três pilotos.

Michael K disse...

Estou naquele momento da vida, e do ano, em que só penso - Será que arranjo forças para adicionar mais séries na minha lista do "para depois" e "atrasados" (^.^). Faz tempo que não escrevo aqui no S&S, embora, volta e meia, apareço para ler suas reviews. Fico grato pela dica, Camis. Fiquei interessado pela série Trophy Wife, vou aguardar o quarto episódio/review, para decidir se acompanho ou não.

Bom Domingo pra Todos.

babs.emanuel disse...

Obrigada pelos reviews! Serviu para eu dar aquela selecionada e ver só o Trophy Wife. Achei bom porque pelo menos deu pra torcer pela protagonista e não deu raiva de ninguém. Inclusive ri um pouco (a cena final dos milhões de Hide-a-key foi boa).


E é bom ver de novo o Bradley Whitford, que fez West Wing, o melhor drama ever. :)

Gustavo de Castro Ventura disse...

Haha... Haja ânimo pra assistir tudo isso. Mas valeu, Camila! Graças a esse tipo de loucura, fica mais fácil pra gente saber o que acompanhar. Muito obrigado por essa coluna!

vitor souza disse...

Ainda não vi Trophy Wife, mas concordo com você sobre as outras duas... ruim demais. Espero que tenham estreias melhores

Andrés Ramos disse...

Tem razão, Camis, pelo passado em seus comentários, a coisa vai mal nos EUA em relação a comédias. Mas dedos cruzados mesmo para o Agents of S.H.I.E.L.D. que eu acho, tomara, que será a grande série estreando nesse ano. Agora eu vou acender outra vela em minhas orações pela série, kkkkk

vitor souza disse...

Acabei de ver Trophy Wife. Adorei! Não é a melhor comédia do mundo, mas é super gostosinha de assistir... os 20 min voaram. Acho que tem potencial

Kaio disse...

Camis, você é muito corajosa, parabéns pelo seu trabalho. E te perguntar, você vai continuar com a review de Hart of Dixie?

Juliemerson disse...

vou entrar nesse projeto '-'

Poliana disse...

Até agora Trophy Wife é a melhor comedia que vi das que estrearam, levando em consideração que todas as outras são ruins demais.