domingo, 5 de maio de 2013

Glee 4x21: Wonder-ful


 
A vez de Steve Wonder.
Depois de dar uma derrapada e fazer um episódio completamente esquecível, Glee segura suas próprias rédeas, acerta o roteiro e se prepara para a Season Finale dessa temporada. Não restam dúvidas de que esse episódio foi bastante superior ao anterior, não só por conseguir recuperar a história, mas pela escolha certeira em homenagear o grande artista que é Steve Wonder. Com as canções perfeitamente escolhidas, foi bem mais fácil embarcar na trama, embora eu deva confessar certo esforço para não me deixar levar pela ira.
Apesar de eu reconhecer as qualidades citadas, tenho um baita problema com a presença de Amber Riley e sua chatíssima Mercedes. Sim, é uma questão totalmente pessoal. Eu detesto a personagem e não acho que ninguém precise ouvi-la berrar duas músicas, quando uma já exige esforço para suportar. Mercedes foi uma das “perdas” no elenco que jamais senti e não é sem incômodo e sem revirar os olhos que vi seu retorno como “grande influência” para o novo New Directions. Entendo que titia Ryan Murphy a adore e a ache uma diva da black music, mas já deu tempo de ele notar que a moça tem um probleminha quando o assunto é carisma, já que nunca, em quatro anos de série, vi qualquer ser humano se pronunciar como fã da dita cuja.
Pois bem, dito isso, é preciso notar que Mercedes aparece como uma espécie de substituta para Finn. Se o episódio passado foi picotado para ajustar a continuidade, a estratégia começou a funcionar. Com as Regionais chegando, o foco do New Directions é a necessidade de confiança para vencer, especialmente depois do fiasco na primeira parte da competição, com Marley desmaiando e tudo o mais.
Nesse sentido, a aparição de Mercedes, Kurt e Mike Chang é pontual, porque eles já foram campeões e são especialistas em canto e dança, então, podem ajudar a ajustar as estratégias e a potencializar talentos. E claro, o talento fica concentrado no casal formado por Marley (e eu) e Jacob, afinal, a voz dela é lindíssima e ele já provou ser um ótimo bailarino em suas constantes piruetas.
Mas não é só de Jarley que o Glee Club se alimenta e, assim, vimos Kitty, essa veia linda, ganhar seu primeiro solo. Kitty, que começou despertando ódio no coração dos fãs de Glee, conquistou espaço e mostrou ser uma personagem interessante, em diversos sentidos. Adorável a apresentação de “Signed, Sealed, Delivered I’m Yours”, com direito a coreografia safadinha e super divertida, para provocar muito o coitado do Artie. Acho que minha raiva por Mercedes já começa daí, porque ela tem coragem de dizer que Kitty não foi “sassy enough”. COMO ASSIM, MINHA FILHA? Kitty foi abusadíssima e mandou super bem, inclusive, respondendo Mercedes à altura. Para uma cantora de carreira bem sucedida, ela está com tempo de sobra pra perder com o ND.
Kurt também lança seu veneno contra Kittyzinha, mas estou relevando pelo câncer de Burt. Câncer CURADO, aliás. Fico aqui imaginando como vão tentar matar Burt da próxima vez, porque isso já virou rotina. Por sorte ele tem no peito o coração de um babuíno e sobrevive a mais essa tentativa de assassinato por parte dos roteiristas. O lance é que os caras que escrevem Glee querem, desesperadamente, incluir mais Burt (já que é sabido que todos amam Burt), mas acham que para isso, têm de colocá-lo num hospital ou coisa do tipo, porque aí Kurt pode cantar para o pai e fazer o mundo chorar. Pessoalmente, achei ótima a performance de “You Are the Sunshine of My Life”, mas não derramei uma lágrima. Acho que por já estar acostumada com os perigos que rondam a vida de Burt, ou pela música ser mais animadinha.
E já que estamos falando de pais, Artie ganhou uma mãe de verdade, com a participação de Katey Sagal. Como sou fã de Artie e ele aparece muito pouco, só posso dizer que fiquei feliz em ver que ainda há assunto novo a respeito dele e de seu medo de enfrentar a vida sozinho, numa cadeira de rodas. É tocante e apropriado, porque deve mesmo ser terrível não ter a família por perto quando as dificuldades são tantas e a acessibilidade ainda é um problema na maioria dos lugares. Aqui, Kitty também teve um papel bacana, fazendo Artie enfrentar a verdade e ter mais coragem para falar abertamente com a mãe e assumir que, apesar da cadeira de rodas, ele pode e deve ter uma vida absolutamente normal.
O que não é nada normal é a ideia de Blaine em pedir Kurt em casamento, mas, mais uma vez, a trama foi conduzida muito bem. Voltamos ao desespero de Blaine pela separação e essa ansiedade por estar perto de Kurt sem ter o relacionamento definido. Claro que o roteiro é utilizado para levantar a bandeira do casamento gay, o que é ótimo (e muito cabível com o momento que estamos vivendo), mas Burt coloca os contrapontos todos ali, não pelo casamento em si, mas porque os dois são muito novos e Blaine não está raciocinando claramente sobre suas pretensões muito antecipadas. O diálogo foi um dos highlights do episódio.
No fim das contas, depois de um monte de canções maravilhosas (fazendo menção aqui ao nome genial desse episódio), como “For Once in My Life”, “I Wish” e até (tá vou incluir as de Mercedes, mas só por causa do Steve Wonder mesmo, porque só ouvirei as originais e nunca as versões cantadas por ela) “Superstition” e “Higher Ground”, o New Directions parece preparado para enfrentar esse novo desafio, que não pode ser desperdiçado de modo algum, inclusive porque eles só vão competir por causa do fator sorte.
Em New York, Rachel segue vivendo seu grande momento de expectativa, esperando para se apresentar no callback de Funny Girl, mas já agradecendo (antecipadamente) a Will, caso ela esqueça isso no discurso do Tony Awards. O legal aqui foi o encerramento da história com Cassandrinha July, que foi algoz de Rachel a temporada toda, mas aparece agora para dizer que foi tudo para desenvolver o potencial dessa maravilhosa pupila. Gostei muito de tudo, seja da pressão que ela finge colocar em Rachel ou da homenagem com “Uptight (Everything’s Alright)” feita por ela e pelos estudantes de NYADA, mas não dá par fingir que esse desfecho é um baita clichê.  Essa história de professor que pressiona aluno pra desenvolver a “casca grossa” é bem batida, mas realmente funcionou aqui e teve um ótimo resultado.
P.S*Expressão fácil de Kitty para Mercedes durante “Higher Ground”: cara de nojo que me dá orgulho e me representa.
P.S* Sam levantando todo serelepe quando chamam o ‘cara que vai liderar o ND’: com certeza ele fez aquilo fora do script e mantiveram porque foi bom demais.
P.S*Mercedes acha que Kitty não é ousada o suficiente, mas tem pudores em tirar foto pra capa de seu CD sem um pano de bunda cobrindo o colo (e o vestido dela era bem discretão, convenhamos). SENTIDO, CADÊ?
P.S*Ninguém dança mais e melhor que Mike Chang, desculpaê Jacob.
 
Músicas no episódio:
"Signed, Sealed, Delivered I'm Yours" - Stevie Wonder:  Kitty (Becca Tobin)
"Superstition" – Steve Wonder: Blaine (Darren Criss), Mercedes (Amber Riley) e Marley (Melissa Benoist)
"I Wish" – Steve Wonder: Jake (Jacob Artist) 
"You Are the Sunshine of My Life" – Steve Wonder: Kurt (Chris Colfer)
"Uptight (Everything’s Alright)" – Steve Wonder: Cassandra (Kate Hudson)
"Higher Ground" – Steve Wonder: Mercedes (Amber Riley)
"For Once in My Life" – Steve Wonder: Artie (Kevin McHale)
Comentários
6 Comentários

6 comentários:

Chrystiano disse...

Queremos mais destaque para Mercedezzz? Hell to the no!

Leandro disse...

só achei o plot do Artie veio atrasado umas duas temporadas. Ele sempre se mostrou acima de sua deficiência na série, aquela cena dele com medo de NY me pareceu forçada.



Blaine pedindo Kurt em casamento HAHAHAHAHA! Esse menino esqueceu do fail que foi o casamento de Finchel???

Camila Oliveira disse...

Gostei bem mais desse episódio do que dos dois anteriores.

Fiquei feliz que o câncer de Burt está em remissão, porque chega de sofrimento para o homem, né? Burt merece ser feliz e ter vida longa. Ainda falando nele, achei maravilhoso o discurso sobre casamento que ele deu para o Blaine. Nem me importo com o casal Klaine, inclusive acho os dois mais interessantes quando estão separados, e ficar noivo com 17/18 anos é muita precipitação.

Não consegui me interessar muito pelo plot de Mercedes, mas pode ser devido a minha implicância com a personagem. Ela e Kurt estavam se achando demais, né? Muito deselegante criticar a apresentação da Kitty daquela maneira e ainda na frente de todo mundo. Kurt também nem conhecia Véia e ficou falando que ela só falava merda. Oi? Sobre o CD, pela reação exagerada de Merdacedes a foto eu até achei que queriam coloca-la nua na capa! Uma pessoa que não pode mostrar o colo numa fotografia, merece vender CD no sinal, só digo isso.

Kitty foi uma linda se defendendo dos ataques gratuitos de Kurtcedes e dando o empurrão (rá!) necessário para o Artie deixar o medo de lado e seguir o sonho dele em NY.

Agora só resta torcer para a semana passar rápido até chegar a season finale que tem tudo para fechar essa temporada muito bem.

Guilherme disse...

E a desculpa para a saída precoce de Brittany? O que dizer?

Cacá SS disse...

Tô com você em achar que a Mercedes poderia sumir de vez que não faria falta. E eu perdi a parte em que ela passou 1 ano preparando um CD... Pode ser pq eu não presto muita atenção no plot dela, mas eu jurava que ela estava em LA sendo backing vocal, não era? Agora ela já tinha um contrato com gravadora?

E eu preciso dar meu braço a torcer, pois fui uma das que não gostava da cheerleader véia no começo e agora acho que ela está arrasando, inclusive arrancando comentários recalcadíssimos da Mercedes como bônus.

Vi gente reclamando da resolução da relação da Rachel com a Cassie, de que ela deveria continuar como vilã e inimiga, mas parece que esse povo está assistindo série pela primeira vez. Eu tinha certeza, desde o começo, que o "plot twist" seria esse, que a Cassie pressionava Rachel mais por ver o potencial dela e tal...

Agora vamos todos dar um chacoalhão no Blaine, que está se preparando pra pedir o Kurt em casamento... claro que isso não vai prestar. Faço minhas as - sábias - palavras do Burt: Vc não aprendeu nada com Rachel e Finn?

Wes disse...

sou Fã da Mercedes... haaaa... Mas a personagem ficou realmente chata e desnecessária agora... sinto...