Tintura vermelha no cabelo, sutiã
aparecendo, cara de sensual e nenhuma habilidade para jogar bilhar.
Mais um hiatus de Once Upon a
Time se foi e chegamos à reta final dessa temporada de altos e baixos, em mais
uma deslizada. O episódio dessa semana, que foca principalmente em Belle e
Rumples, já cria em nós certa apreensão, porque a história desses dois
personagens é uma das que causaram maior desgaste à trama desse segundo ano e a
sina continua.
Voltamos a ver o “mais do mesmo”
envolvendo Rumpelle (como dizem por aí) e não há, de fato, nenhum cabimento em
reforçar uma dinâmica já estabelecida com sucesso anteriormente. Afinal, quando
nos apresentaram a história de Belle e Rumples, colocando-o como a “Fera”, a
coisa toda já havia sido bem sucedida. Lembro-me desse episódio com o maior
carinho. Então, para quê mostrar de novo exatamente a mesma coisa? Não
aprendemos nada de diferente sobre eles. O lance de Belle incentivar o lado bom
de Rumples já estava muito claro para o público, mas os roteiristas, ao que
tudo indica, não conseguiram pensar em nada melhor para criar o paralelo entre
as personalidades da velha e da nova Belle e simplesmente apostaram no repeteco.
Aliás, são muitos os
questionamentos sobre a personalidade de Lacey. Será que ela se lembrou de
alguém que foi durante os 28 anos de maldição ou será que sua memória foi
plantada por Regina? Sabemos de concreto que a pequena caixa de fósforos do “The
Rabbit Hole” desencadeou o efeito, mas não dá para determinar o todo. Em caso
de memória recuperada, no entanto, fica o furo sobre o tempo em que Belle foi “refém”
de Regina e esteve presa no hospital de Storybooke, que é como a personagem nos
é primeiramente apresentada. Acredito, porém, que a jogada seja de uma memória
falsa, apesar de que, nesse caso, a fama de Lacey no bar não faria sentido
algum, porque quando Rumples vai procurá-la, ela parece ser figurinha carimbada
no local, algo impossível de se conseguir levando em conta que ela acabara de
fugir do hospital e ali não haviam se passado mais do que algumas horas.
Seja lá qual for a explicação
(aguardem para ler a mecânica da coisa no twitter dos produtores ou em
especiais for dummies que tentam tapar os buracos deixados) o principal é notar
a influência de Belle em Rumples. Se ela exige que ele seja bom, assim ele age,
mas se ela admira sua violência e seu lado obscuro, é desse modo que ele se
apresentará. Fica a ideia de que a
partir de agora, Rumple vai abraçar a escuridão e fazer o que tem que ser feito.
Isso inclui se livrar de Henry, caso seja preciso, muito embora a mensagem da
vidente deixe também a noção de que o menino pode ser uma salvação para o
Senhor das Trevas. Tudo vai da interpretação e o destino de Henry depende
disso.
Como a coisa anda muito morna em
OUAT, não havia grandes expectativas sobre a aparição de Robin Hood, mas a
utilização do personagem foi muito broxante, por assim dizer. Antigamente, os
flashbacks tinham um impacto grande no episódio e mesmo as pequenas aparições
eram interessantes. Robin Hood deixou muito a desejar e foi explorado
pobremente, sem incluir qualquer emoção ou um background que gerasse
identificação. Ele só estava ali, roubando uma varinha mágica para curar sua
amada, grávida e doente, estabelecendo a piedade de Rumples, quando o assunto é
deixar uma criança sem pai.
Em Storybrooke, o taser de Tamara
deixa saudades, porque a movimentação foi muito pouca. Regina descobre que
Henry não é filho de chocadeira e já enxerga em Neal uma nova ameaça e nem dá
para culpá-la, depois de Emma dar tanta bandeira sobre o plano de Snow,
Charming e os anões. Regina fareja “bullshit” a quilômetros de distância e,
assim, não demora a usar seus poderes para descobrir o que seus inimigos estão
tramando com a plantação de feijões mágicos.
Como a cidade está ameaçada (ou
pelo menos é disso que tentam nos convencer desde o começo da temporada), já dá
para imaginar um final em que os feijões abram um portal para Neverland (porque
os nomes dos episódios finais deixam claro que iremos visitar essa
terra/dimensão), sendo uma rota de fuga para os habitantes da cidade (ou parte
deles). Resta saber se Regina, nesse caso, será um agente do bem ou do mal,
porque a coisa está indefinida até o momento e a Finale deve servir para uma
virada definitiva nessa história. Dependendo do que ela fará sobre os feijões,
Regina pode se transformar na grande heroína e ganhar o amor e admiração de
todos aqueles que hoje a temem e excluem.
P.S*Gostei da magia que tira a
língua da pessoa.
P.S*Também adorei o “GPS” ou o “rastreador”
que Regina usa para chegar até a plantação.
P.S*Para um pirata todo
espertalhão, Hook está um alvo fácil demais.
P.S*Charming ensinando Rumples a
pegar mulher. Confesso que ri.
P.S* Olhem para a foto da review e reparem que Lacey não sabe mesmo jogar bilhar, ou então, está tentando acertar uma bola mágica invisível.
P.S* Pelo menos Belle parou de gritar feito louca.