domingo, 28 de abril de 2013

Glee 4x20: Lights Out


O que acontece quando as luzes se apagam?
Se eu fosse responder com honestidade à pergunta aí de cima, pensando em Glee, é claro, eu diria que, quando as luzes de apagam, a ilha de edição é invadida por Gremlins (joguem no Google se não souberem o que são esses bichinhos lindos e sapecas) e o resultado é um episódio em os recortes e as introduções de cenas e números musicais ficaram sem sentido. Pois é. Raramente comento esse tipo de detalhe tão técnico nas reviews, mas não dá para deixar passar, porque o descuido foi gritante. Em quatro anos de série não me lembro de ter presenciado um desastre de edição como foi ‘Lights Out’. Mas é claro, há uma explicação. Embora não seja possível aceitá-la na totalidade.
Creio que, quem é fã de Glee tem um interesse mínimo pelo universo dos atores da série, então a internação de Cory Monteith numa clínica reabilitação não é novidade. E só estou tocando nesse assunto, porque Finn, originalmente, era parte ativa e integrante desse episódio, mas por ter se afastado das gravações para seu tratamento, algumas coisas precisaram ser mudadas.
Até aí, tudo bem, não é mesmo? Um imprevisto de produção. Só que nessa toada, não foi possível fazer um episódio coerente. Houve momentos em que eu simplesmente pausava as cenas, grudadas sem nenhuma sequência lógica e ficava perguntando: como chegamos aqui? Mas não havia resposta. Simplesmente cortaram tantas cenas para não comprometer a reta final, que destruíram um episódio inteirinho. Espero que essa manobra não continue a prejudicar os dois últimos episódios dessa que foi uma ótima temporada (até aqui), porque seria um pecado.
Em Lima, ficamos com as luzes apagadas e a proposta de criar apresentações musicais com uso de recursos mais simples coube muito bem, inclusive para pontuar o novo desafio do New Directions: Frida. Antes mesmo da temporada começa, haviam anunciado a participação de Jessica Sanches (que foi um destaque imenso na edição 2012 de American Idol, vale ver uns vídeos da moça, caso não a conheçam), então, fiquei esperando para ver onde ela seria encaixada e a escolha parece apropriada. Toda a potência vocal de Frida lança os membros do New Directions numa busca por formas de trabalhar suas vozes e suas habilidades musicais. Gostei bastante das apresentações de “You’ve Lost That Lovin’ Feeling” e de “Everybody Hurts”,  cantada por Ryder e que já havia aparecido na última temporada de The Glee Project.
Fiquei estranhamente emocionada com essa música e com a revelação de que Ryder sofrera abuso sexual de sua babá. O debate sobre esse crime, no entanto, não foi exatamente muito eficaz, embora tenha havido grande esforço no roteiro para colocar diversos pontos de questionamento, ao incluir, também, o drama vivido por Kitty. Acho que alguma coisa não funcionou muito bem, porque a coisa toda deveria ser bem mais revoltante. E não estou dizendo isso porque os meninos começaram a dizer que ser abusado no chuveiro pela babá de 17 anos é p sonho de todo garoto. Acho que esse enfrentamento foi cabível, porque muita gente pensa exatamente assim, embora, para Ryder, a experiência sexual tenha tido efeitos traumáticos.
Acho que o que empobreceu a trama foi o lance de Katie. A tentativa de criar aí um grande mistério já está além do ponto, porque apesar da curiosidade que temos, esse não é, nem de longe, um foco central para Glee e para os fãs. No entanto, acredito que unir Ryder e Kitty pode ser um acerto, até porque a “véia” (como Kitty é chamada pelos íntimos) tem ganhado mais e mais fãs.
Ainda falando em New Directions,  foram bacanas as apresentações de  “Longest Time” no estilo acapella e de “We Will Rock You”, com bateção de latas de lixo e garrafas.  Essa última proposta não é realmente muito original, mas tudo bem. O importante é o resultado.
Uma trama que ficou bastante perdida foi a que dá continuidade às consequências do “tiroteio”. Começando por Blaine estar fazendo aeróbica (alô, alô, anos 80!) na aula conduzida por Sue e, mais tarde, com ela observando o treinamento de Roz, cantando “Little Girls”. Nada contra a música. Achei ótima, inclusive por homenagear a atriz Jane Linch, que vai cantá-la na Broadway, onde estreará com o musical Annie. Porém, não faz sentido algum Sue estar ali, tendo aquela conversa com Becky, sem mais nem menos. Sei que algumas sequências desse plot foram retiradas da edição final (basta olhar a coleção de fotos do episódio para saber e tirar a prova), então o resultado incoerente não poderia ser outro.
Em NY, tudo se movimenta graças a uma fofoca de Tina e caímos num papo sobre balé, que veio... De onde mesmo? Ah sim: DO NADA. Então trazem miniaturas de Rachel, Kurt e Santana, botam as crianças com um tutu e vamos dizer que balé é vida, balé é arte, balé é tudo. E tudo com o aval de Isabelle, que reaparece sem nenhum motivo, razão ou circunstância, só para levar essa garotada para uma das festas mais badalada da Big Apple.
 “At The Ballet” foi até uma música bonita, não estou dizendo o contrário, mas algo não se conecta direito com a situação. Acho ótimo ver que Santana está ganhando motivação e saindo em busca de seu sonho (seja lá qual for), mas foi tudo trabalhado de forma muito avulsa, muito aleatória. Glee sabe fazer mais e melhor. E isso vale para o episódio como um todo.
Músicas no episódio:
"The Star-Spangled Banner" – Tradicional: Frida (Jessica Sanchez)
"You've Lost that Lovin' Feelin'" - The Righteous Brothers: Sam (Chord Overstreet) e Ryder (Blake Jenner) 
"Everybody Hurts" - R.E.M. : Ryder (Blake Jenner)
"We Will Rock You" – Queen: New Directions
"Little Girls" - Annie : Sue (Jane Lynch)
"At The Ballet" - A Chorus Line: Isabelle (Sarah Jessica Parker), Rachel (Lea Michele), Santana (Naya Rivera) e Kurt (Chris Colfer)
"Longest Time" - Billy Joel: New Directions
P.S*Ainda é tempo de comemorar: Glee renovada por DOIS FUCKING ANOS! Isso sim é sambar na cara dos haters, que passaram um tempão dizendo que a série estava em risco. Nunca entendi de onde tiraram isso.
Comentários
12 Comentários

12 comentários:

Mayb disse...

Becky: Eu só me comportei mal pra ela me trazer aqui pra falar com você
Figgins: Por que você não simplesmente veio?
Becky: Eu não pensei nisso!

hahahahahahaha

Cecilia Carvalho disse...

Achei legal o foco na Santana, mas jura que todo mundo com alguma pretensao artistica são fissurados em balé?
A review disse tudo, o episódio mais fraco dessa otima temporada.

Leonardo Da Silva Sousa disse...

Sabe mayb, chega uma hora que cansa. Eu já cansei, acredito que já deu tudo o que tinha de dá.

Manu disse...

porque o apelido da kitty é "véia"?

Ana disse...

Para mim já é diferente estou é cansada do nucleo de NY.

Ana disse...

Estava ansiosa por esse episodio de Glee como sempre, e qual não foi minha surpresa quando não tive um sorriso enorme na cara depois do episodio, acho que estou ficando mal acostumada a ter somente plots incriveis em Glee que quando eles não veem fico chocada ; )
Até que enfim mostram Santana, só que eu não entendi nada dessa historia de Balé? Tudo bem ela está indecisa, comprovado pelo fato dela danças numa gaiola agora. Mas e dai?
Kitty + Ryder = Rytty?

luisdpaula disse...

Porque ela tem cara de cheerleader de 40 anos.

Taigo Brito disse...

Com certeza esse foi de longe o pior da temporada. Toda aquela trama forçada e avulsa da Santana foi demais, de tão ruim faz pensar que só foi criada para o tapar buraco da ausência Finn se ele fosse personagem presente em Nova York, mas como não é, não teve nenhuma desculpa para ter sido horrível do jeito que foi , só a musica se salvou . Também achei mal trabalhada a história do Ryder, primeiro não conta nada para ninguém por anos, depois conta para todo mundo ? Teria sido bem mais lógico se ele tivesse contado só para o Jake e alguém que estive passando, como a Kitty, tivesse ouvido. Espero que os próximos episodios não sejam sofriveis como esse por causa da ausência de Corey Monteith.

Juliana Vasconcelos disse...

eu sou outra que já cansou do Mckinley tb, por mim focava só no lado de fora e pronto, qual a motivação de torcer todo ano pra ganhar regionals, nationals, tudo mais? era emocionante nas primeiras conquistas, agora pra mim tanto faz. não é questão de não querer que a série mude, mas de preferir ver a continuação dos personagens "originais", pra mim já deu também.

Lindara Kelly disse...

O titulo original do episodio dessa semana era AVULSIDADE mas foi mudado por questões legais do SA Cast.

Erika Troblerone disse...

Acho mais bonito o shipper é Véider S2

Erika Troblerone disse...

Camis mal posso esperar para lembrarmos nossa infancia no ballet no proximo SACast @___@