Happy Junior Year!
Muita coisa está mudando em Awkward, mas uma se mantém
constante: a capacidade que a série tem de surpreender e divertir. A 3ª
temporada foi muito aguardada pelos fãs e a felicidade com essa estreia em dose
dupla só não é maior porque poderiam ter liberado logo três episódios. Pelo
menos eu gostaria de ter visto mais um na sequência, ou mais dois, ou todos.
Esse é o “problema” com Awkward. Dá vontade de ver tudo de uma vez e não ter
que esperar pela semana seguinte.
Nesses dois primeiros episódios, a série mostra que veio
querendo movimentar a vida de todos os personagens, trazendo mais momentos
estranhos , principalmente para Jenna. Tudo o que aconteceu nesse comecinho de
temporada dá a entender que ela não está tão feliz ao lado de Matty e que,
apesar de ter se enfiado num namoro de “imersão” durante o verão todo, também
gastou muito tempo preocupada em não perder a amizade de Tamara e Ming. No
entanto, depois de três meses de separação, o clima estranho está presente
entre elas.
Acho que é apenas normal esse período de adaptação
pós-férias, embora Jenna tenha de lidar com uma Ming que agora fala chinês (mas
a máfia asiática não pode saber em hipótese alguma!) e com uma Tamara mais
verborrágica que o normal e que vive sugando a face de Jake enquanto libera
pérolas em francês, espanhol e italiano, depois de sua temporada na Europa.
O ritmo das falas de Tamara é tão intenso que pode até causa
ataques epiléticos, segundo consta. Ela forma com Jake um casal muito
bonitinho, mas numa temporada mais longa como será essa, acho que reviravoltas
vão separa-los rapidamente, muito embora eles tenham sobrevivido ao luto
causado pela terrível e inesperada morte de Ricky Schwartz. Esse foi o plot
mais doido da estreia e valeu cada minuto. Descobrimos que Ricky amava a arte, as
mulheres (os homens!) e sonhava em ser cafetão. Ficamos também sob a
possibilidade de ele ter deixado plantada sua sementinha em Sadie, mas as
atitudes super bem-vindas dessa cheerleader maravilhosa eram por causa da
súbita pobreza e não por causa de uma gravidez não planejada.
Outra surpresa veio do fato de Jenna achar que poderia ser a
nova mamãe do pedaço. Ótimas as cenas dela ao lado de Lacey, pesando prós e
contras de uma criança chegando tão de repente. Confesso que ainda não me
conformei com a burrice de Jenna ao contar tudo para Jake e não dizer nada para
Matty. Lógico que ele ficaria bravo e ofendido, porque essa falta de diálogo e
de confiança mostram bem a situação do casal. E ela não é lá muito promissora.
Valerie estava mais insana do que jamais foi, fazendo de
Tamara sua nova favorita e ignorando qualquer problema real por conta dos
problemas gerados pela morte de Ricky. Aliás, adorei como todo mundo começou
chorando muito e sentindo a perda desse colega, fazendo vigílias e depositando
ursos de pelúcia (nunca vi sentido nisso, desculpaê) para lembrá-lo. A vigília,
pelo menos, acabou virando uma grande festa onde todo mundo podia gritar a
plenos pulmões: “I hate Ricky Schwartz”.
Uma coisa importante a se notar é a presença dos
coadjuvantes. A gente nem precisa saber o nome dos colegas de escola de Jenna e
Cia para que eles façam a diferença em suas pequenas aparições e falar
pontuais. Achei que esse se transformou num ponto forte para Awkward, porque é
muito fácil criar alívios para as histórias principais e imprimir bom ritmo aos
episódios de modo simples e criativo, porque não dá para apostar apenas nos
shirtless de Matty, que mostra seu torso sem qualquer motivo (mas ninguém está
reclamando!) só para segurar a audiência.
P.S*E aí, continuamos divididos em #TeamJake e #TeamMatty?
P.S*Medo do professor de redação criativa.