quarta-feira, 20 de março de 2013

The Carrie Diaries 1x10: The Long and Winding Road Not Taken


Escritora aos 17.
Nem todo mundo tem a sorte de saber, desde cedo, o que pretende fazer da vida, pelo menos em termos profissionais. No episódio dessa semana de The Carrie Diaries, em que vemos a personagem completar mais um ano de vida, uma coisa fica clara: Carrie é uma pessoa centrada e determinada que, mesmo tão jovem, não quer perder nenhuma oportunidade. É uma atitude rara e muito cheia de clarividência para quem está no auge da adolescência. Aliás, esse equilíbrio perfeito de Carrie entre profissional, estudante, amiga, filha, e namorada é algo surreal e que muitos adultos jamais alcançam.
Sendo assim, o episódio foca bastante em oportunidades e, de certa forma, o tema vai se moldando para cada um. Carrie tem a história mais clara, aproveitando um evento da revista para conseguir a atenção de um famoso editor, tudo com a ajuda de Larissa, que é a chefe mais doida e legal do mundo, porque ela tem essa vontade de ver Carrie ir além. Infelizmente, tanta coisa boa acontecendo na vida da protagonista faz tudo parecer bastante irreal, mas é claro, não estou cobrando “veracidade” de uma obra de ficção destinada ao público jovem. É apenas um comentário geral sobre as chances de uma menina de 17 anos ser levada a sério por profissionais de alto calibre.
Carrie esbanja simpatia e parece que sabe vender o próprio peixe, tanto que só deixa de lado a chance de já fechar um acordo editorial por culpa da crise de Sebastian, mais uma vez, envolvendo o abandono materno. Acho a relação dele e Carrie uma fofura, principalmente porque os dois estão se entregando aos poucos, aprendendo a confiar no outro. É uma coisa bem inocente (apesar de Sebastian não ser nada bobo).
E falando em relacionamentos, chega a ser doloroso ver o quanto Maggie está se enganando em relação a Walt. É um pouco por culpa dele, que ainda tem medo de se assumir, mas pelo menos ele foi honesto e avisou que os dois não serão um casal novamente. Cheguei a achar que Donna fosse entregar o ouro por puro recalque, mas ela se segurou bem no enfrentamento com Maggie. Dá até para dizer que, apesar de tudo, ela mereceu a bolsa que ganhou de Carrie.
Falando em Walt, é bom notar que ele está, aos poucos, abrindo os olhos. Ele age como uma criança, engatinhando, dando os primeiros passos, conhecendo o território. Bennet também age numa boa e ajuda bastante por entender as reações agressivas de Walt como puro pavor e, usando sua própria experiência vai mostrando que ser gay não é o fim do mundo, ao contrário do que Walt imagina.
A obsessão de Mouse por notas e destaque talvez não a levem para Harvard, mas ela é a figura mais engraçada e carismática da série. Adoro as loucuras de Mouse, tentando mostrar que garotas asiáticas e inteligentes podem existir às dúzias, mas que poucas (ou nenhuma) podem ser tão especiais quanto ela. Com o cargo de gerente de time de basquete no currículo, acho que ela vai conseguir se diferenciar dos demais candidatos, até porque, poucas pessoas tem talento para lidar com estatísticas esportivas.
Sebastian fica á voltas com seu problema de sempre: a mãe. E a mulher é tão egocêntrica quanto se pode imaginar e tem consideração nula pelo filho, que sofre com o abandono e o descaso, mesmo já sendo quase um adulto. É um desses traumas difíceis de superar e que ajudam a humanizar o personagem que, no começo, tinha uma aura de inalcançável em sua volta.
Também foi bom ver Dorrit saindo da revolta de sempre e sendo pega no flagrante, pelo garoto da loja de discos. Foi uma situação perfeita para ela, se me permitem a observação. Tão apaixonada por música e prestes a namorar um garoto que trabalha numa loja daquelas? Ele mandou bem nas lições de “como ser mão leve” e os dois mostraram boa química em cena.  Dorrit realmente precisava de algo mais do que fazer o papel de chata e ácida o tempo todo, o que se confirma com o presente que ele fez para a irmã.
Aliás, se o aniversário de Carrie foi uma droga, o dia seguinte é só alegria, mas talvez Tom tenha uma boa dor de cabeça com o presente que decidiu dar à filha. Adolescente e cartão de crédito (seja lá qual for o limite) não são uma mistura muito segura.
P.S* Pior frase da semana: “Essa semana estou recebendo presentes e não dando”. Bradshaw, Carrie. Sobre entregar sua virgindade.
P.S* Mais três episódios, apenas. Torcendo pela renovação.
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

Diogo Freitas disse...

Episodio lindo e você falou tudo que eu achei sobre ele na review. Amor por Carrie, precisa ser renovada.

Thiago_Gleek disse...

Ai nem me fala em renovação só de ver aqueles números já da nos nervos publico bobo da CW fica fazendo birra pra não dar audiência para salvar coisa pior..Apenas rezando para dar a louca na CW e renovar! Ótima review como sempre e claro um episodio maravilhoso.

Top Fan disse...

Amei o episódio e a review! To torcendo muuito pra ser renovado, com tanta série ruim por aí, as boas tem que ser renovadas.

Raul Ribeiro disse...

arrependido de ter deixado acumular, adorei esse episódio e os últimos dois!
a série tem melhorado a cada semana


confissão: amo muito o recalque da Donna, me divirto demais com as caretas e o tom de voz que a atriz faz