O Clube dos onanistas de Pawnee
agradece Leslie Knope.
Indo na contramão da tecnologia,
Leslie Knope decide apoiar uma causa há muito tempo perdida: a das locadoras de
vídeo. Pois é. Estamos em 2013 e chegamos num ponto tal que uma loja desse tipo
já pode ser tombada como patrimônio histórico. Porque a verdade é que “já
podemos ver on-line, de graça” como ensinou muito bem o animado figurante,
expulso da sessão diversas vezes.
Foi um episódio melhor, que
trouxe de volta a força de personagens centrais, como Ron e Leslie, em sua
discussão sobre assistencialismo governamental, capitalismo, socialismos e
todos os “ismos” relacionados. A participação de Josh Schwartzman foi boa e ele
assumiu bem o papel do cinéfilo chato, que odeia tudo o que é comercial e quer
obrigar o mundo a ver filmes de arte e documentários soníferos, quando todo
mundo (e por todo mundo eu quero dizer Leslie) só pensa em ver e rever ‘Procurando
Nemo”.
Não há dúvidas de que a série
ganha muito quando apostam na interação entre Ron e Leslie, já que os dois são
excelentes personagens e dominam muito bem todas as situações. Além disso, eles
são opostos e complementares, o que faz o texto funcionar muito bem, mas dessa
vez, não foram apenas os dois que conseguiram ser bem sucedidos, houve uma “generalização”
e foi possível aproveitar muitos momentos de todos os personagens.
Nessa história da locadora, Andy
se saiu bem dormindo e achando que estava num universo paralelo. A sessão para
garantir o apoio da prefeitura á loja teve bom ritmo e mostrou que Leslie nem
sempre acerta, mas a prova maior veio depois, com a seleção de filmes
pornográficos (Dá para ver pela foto que tem uma prateleira cheia de ‘golden
shower’) patrocinada pelo governo. Mais do que isso, pudemos ver um relance da
maravilhosa película artística que colocaria Ron e Leslie, digamos assim,
fazendo travessuras nas mesas do Departamento de Parques. Quem não ficou
interessado em ver o resto que atire a primeira pedra.
A ação que se desenvolveu na “Rent
A Swag” foi escalafobética, para usar uma palavra que descreva bem Jean Ralphio
e sua irmã maluca. Tudo coube direitinho com o paternalismo de Chris,
incentivado por Ben, afinal, Tom precisa de conselhos (e até de boas palmadas)
para aprender a não se deixar ser usado.
Foi a primeira vez em que a
história da doação de esperma não foi um total desperdício. Chris mandou muito
bem em suas dúvidas sobre colocar uma criança no mundo e a obsessão de Ann
estava milagrosamente engraçada. A amizade forçada com April também acabou
caindo bem, assim como a palhinha das duas (feat. Donna) para “Time After Time”.
Essa cena acabou se tornando uma brincadeira bacana no meio do episódio.
Gostei também de Jerry engasgando
ao ser realmente ouvido, pela primeira vez. Gosto muito do personagem e das
caras de paspalho e coitadinho que o ator domina como poucos e que dão um clima
de “bullying” eterno a todas as interações com ele.