Vamos falar sobre Kevin.
P.S* Annie tem razão sobre usar o glitter mais caro e que faz os cartazes brilharem muito mais.
Já se foram seis episódios de Community e
apesar da minha grande esperança a respeito dessa que já foi uma das melhores
comédias em exibição, existe dentro de mim ( e de muitos outros fãs) uma
pergunta que não quer calar: Quando é que vamos, de fato, nos divertir? Gostei,
moderadamente, de alguns episódios da temporada, mas não foi nada além disso.
Ainda não dei de cara com aquela genialidade de antes. Com aquela surpresa
bacana de pegar uma referência inserida com sutileza.
Mais uma vez, sou obrigada a
escrever a mesma frase. Não é que o episódio tenha sido ruim, ele só não teve a
menor graça. Acho que cheguei a esboçar um breve sorriso nas cenas de Troy e
Annie como parceiros de uma investigação muito minuciosa sobre o que aconteceu
com Chang durante seu sumiço, mas foi só. Na terceira ou quarta repetição da
mesma piada (Troy tinha de ser do contra para a dupla funcionar) a coisa já
estava bem desgastada e até chata.
E claro, todo mundo sabia que
Chang estava inventando sua Changnesia e esse papo de se chamar Kevin e ser
super do bem. Nem poderia ser diferente, porque o grande lance do personagem
está nessa constante necessidade de ser um sabotador, um troll. E já considerei
Señor Chang como meu personagem favorito, mas a transformação dele nesse vilão
megaevil meio que perdeu a mão. Hoje em dia, prefiro as aparições pontuais de
Dean Pelton e suas tiradinhas de duplo sentido, cheias de trocadilhos.
Era óbvio também que Jeff seria o
único a não cair no papo furado de Kevin, embora eu acredite que, agora, ele
realmente cedeu à pressão social, ao se colocar no lugar de Chang e agir um
pouco como ele, em seus dias mais insanos.
A produção do documentário e
clima imposto pelo formato, é claro, foram interessantes e deram um bom ritmo
aos acontecimentos. Abed, mesmo por trás das câmeras, consegue dar destaque ao
personagem com seus comentários e atitudes. Britta, como sempre, tenta levar a
coisa para o lado do ativismo, mas a verdade é que nada com ela, Shirley ou
Pierce chega a funcionar no episódio. Eles falam, falam e falam, mas não dá
para aproveitar absolutamente nada. Talvez o teatrinho com as mãos de Pierce
tenha sido a parte mais digna de salvação.
P.S* Gostei das explicações "científicas" sobre a Changnesia.P.S* Annie tem razão sobre usar o glitter mais caro e que faz os cartazes brilharem muito mais.