terça-feira, 19 de março de 2013

Once Upon a Time 2x17: Welcome to Storybrooke


Onde tudo começou.
Essa semana Once Upon a Time nos leva diretamente para o dia em que a maldição se tornou realidade pra boa parte dos habitantes de Far Far Away. Foi um episódio bom e que consegue dar uma continuidade bacana para diversas tramas que vinham se desenvolvendo paralelamente. Além das consequências pela morte de Cora, o “perigo real e imediato” para os habitantes de Storybrooke se confirma, já que desvendamos a ligação de Owen com a cidade e, principalmente, com Regina.
Não dá para negar que, sem Cora por perto, ela volta a dominar a cena. Ainda bem. Regina é aquela personagem que, desde o começo de OUAT nos causa sentimentos controversos, tanto é que boa parte das pessoas torce por ela, muito mais do que por Snow White e a família Charming. Essa necessidade contundente por amor faz de Regina uma pessoa potencialmente carismática, porque somos capazes de entender sua personalidade complicada e muitas de suas ações egoístas.
É exatamente esse o tema desse episódio, que vai até 1983 para mostrar que Regina, mesmo ao concluir a maldição, não consegue ser uma pessoa feliz. A consciência de que os dias em looping não tinham significado e que ela continuava sozinha dentro de sua própria vingança não traziam satisfação e ela deixa claro: quer tudo de uma vez. Ela sente aquela satisfação fugaz por ver que seu plano funcionou, que Snow está separada de Charming e que ninguém ali tem qualquer noção de que o tempo parou, mas isso quase não dura, porque a presença de forasteiros servem para acordá-la.
A forma como a integração foi feita entre atualidade e flashback foi notável. Inclusive porque esse foi um arco deixado em suspenso por um bom tempo e precisava de atenção adequada. Ninguém nunca questionou muito a presença de Storybrooke no mundo real, mas a série se adianta em explicar que a cidade simplesmente surge por ali, naquele lugar inóspito, para surpresa de Kurt e Owen.
Surpresa ainda maior é a de Regina ao ver que seu plano tem algumas brechas. Ela não contava com estranhos em seu ambiente controlado e logo rejeita Kurt e Owen, mas logo a coisa muda de figura. É nessas pessoas não atingidas pela maldição que ela encontra interação real e, assim, começa sua obsessão por se tornar mãe. O problema é que Regina sempre escolhe os modos mais errados de agir, tanto que usa seus poderes para tentar se livrar de Kurt e adotar o pequeno Owen à força.
Tudo isso, é claro, usando o xerife Graham, que faz nova aparição para delírio dos fãs da série, que esperaram muito por esse momento. Já tem gente até questionando que raio de solidão é essa que Regina sentia, tendo que dormir com o xerife toda noite, já que os dias se repetiam. Deve realmente ser uma rotina terrível e acachapante. Mas, o que importa aqui é o modo como ela o controla. Confesso que ri do “heartphone”, porque gente, ver Regina falando com um coração que brilha foi meio vergonha alheia.
 Depois da perseguição e da escapa de Owen, começamos a questionar onde é que Kurt está atualmente. Provavelmente preso em algum esquema parecido com o mantinha Belle distante de tudo, embora ele peça medidas mais enérgicas, pela questão de estar consciente de que aquele local não é como os outros. E é claro, o acidente de Owen não foi acidente coisa alguma e ele está ali para expor Storybrooke com uma boa motivação, afinal, foi separado do pai por causa de Regina. Além do mais, sendo criança, Owen nunca foi levado a sério por policiais e autoridades, que pensaram que os relatos dele eram imaginação infantil. Só que agora, com Storybrooke aberta para visitação a coisa deve mudar e finalmente a ameaça começa a se tornar real.
Imagino que, com isso, as pendengas entre os personagens tenham de ser deixadas de lado. Não vai haver alternativa senão tentar migrar novamente para Far Far Away e fazer Storybrooke sumir do mapa do mundo real, como era antes. Talvez seja uma boa dica do encaminhamento da trama, já que os nomes dos dois últimos episódios sugerem alguma ligação com a Terra do Nunca.
A atuação de Lana Parilla para a cena em que Snow se rende à Regina foi muito interessante. Ela passa uma mistura de ressentimento e insanidade ao olhar o coração de sua rival, sendo tomado pela escuridão. Regina percebe que, afinal, vinganças mais poderosas que a morte e ela quer ver Snow definhar.
O plano dela para ter Henry é mais uma demonstração de que ela não entende muito bem o conceito de família e amor (nem poderia, depois de tudo que viveu). Ela até se livra do feitiço que faria Henry amá-la, mas desiste porque, convenhamos, o moleque berra que vai gostar mais dela se isso não acontecer, então foi apenas questão de lógica.
Henry, aliás, se transformou num pentelho. Faz birra, mimimi e age feito idiota com todos os adultos que o rodeiam. Sim, mentiram para ele, mas a família age para protegê-lo. Henry também é um às da agilidade, fugindo do banheiro da lanchonete, indo até a mina pegar dinamite (Oi? Lost manda lembranças.) e correndo pela floresta, até o poço, para explodir a magia. Foi impressionante. Ou ele é muito rápido ou os adultos são muito, muito lentos.
Para completar, vale notar os detalhes para a “ambientação” na década de 1980. Cheguei a questionar as decisões tomadas pela produção, afinal, parece que Regina lança uma maldição que já traz incluso vestuário do futuro (nem a pau as pessoas se vestiam como ela e Mary Margareth em 1983), mas seria muito pior explicar a evolução das roupas numa cidade que, em 28 anos, não recebe ninguém de fora e não poderia evoluir no quesito “moda”. Para marcar a diferença entre as décadas, eles optaram por jornais com notícia antigas (sobre o presidente Reagan, por exemplo) e até bancos de praça com propagandas de computadores (coisa raríssima na época).
 
P.S* Ruby (que ensaca café da manhã pra viagem em 3 segundos!) em trajes sumários e brigando com a vovó foi uma boa lembrança da produção.
P.S* Tadinho do Gepetto, que nunca tem o filho de volta. CADÊ PINÓQUIO, pelo amor de Deus?
Comentários
14 Comentários

14 comentários:

Diane Morais disse...

Gostei muito do episódio!
Estou ansiosa para ver como a Regina adotou o Henry com a ajuda de Rumple.
E, para quem não viu o promo do próximo, teremos August de volta!!!

Luciana disse...

Fiquei com uma dúvida, se tinha uma "manchinha" preta no coração da Snow, por que o coração da Cora era vermelhinho?

Ana Gonçalves disse...

Diane Morais,

Quem não viu o promo do próximo episódio talvez não queria saber o que há nele. Já pensou nisso? Obrigado pelo SPOILER.

Cecilia Carvalho disse...

O Henry anda insuportável mesmo, sinceramente tirou até um pouco a graça do episódio. Cade aquela criança legal da primeira temporada?

Walyson disse...

Isso porque o coração de Cora era bom, e justamente por isso ela o tirou. Assim, Cora só era má sem coração.

Ícaro disse...

Porque Cora não fez nenhum ato realmente ruim enquanto estava com o coração dela.

Ilo Carvalho disse...

Regina divando sempre <3

Camila Oliveira disse...

Só porque eu já estava começando a achar OUAT ruim, me fazem esse episódio focado em Regininha e de bônus Sheriff Graham e Ruby quenga <3 Ainda acho que tem muita coisa errada na série e alguns furos que não serão consertados, mas pelo menos essa semana deu para ter um pouco de diversão assistindo.

Sempre que Regina tem mais tempo de tela eu acabo gostando bastante e dessa vez não foi diferente. Estava odiando ela bundona a serviço da Cora, então foi um alivio vê-la com a personalidade de antes. Só não engulo muito essa sede de vingança da personagem pela morte da mãe. Regina matou o próprio pai que, ao contrário da esposa, amava a filha e nem ficou tão abalada como agora. No fundo, acredito que não passa de pretexto para justificar as ações contra a Snow e a família dela em geral. Tudo é motivo para ela perseguir a rival.

Gostei da motivação do Owen para aparecer na cidade. Confesso que tinha achado o plot do forasteiro nada interessante, mas agora fiquei curiosa em ver o que vai sair dali. Só achei que a Regina podia muito bem ter deixado o pai do garoto ir embora. Não era como se alguém fosse acreditar neles.

Maria Margarete da depressão foi difícil de aguentar e quase vibrei quando ela teve o coração arrancado. Ri muito quando vi a manchinha e na hora lembrei da ungida canção gospel infantil chama "O Sabão" que trata exatamente do assunto e tem o lindo trecho: "mas Jesus pra me deixar limpinho quer lavar meu coração. Quando o mal faz uma manchinha eu sei muito bem quem pode me limpar. É Jesus eu não escondo nada tudo ele pode apagar." Ficou cristalino para mim qual será o caminho tomado para consertar isso e já aguardo a conversão de nossa querida Snow.

Todas as ações, mimimis, malcriações do Henry me fazem lembrar o porquê de eu não ser muito fã de crianças em geral. Ele está insuportável e mais sem limites do que nunca. Chamem a Super Nanny! Não aguento todo mundo fazendo as vontades do moleque. Regina pode ser a prefeita, mas o pequeno tirano de Storybrooke atende pelo nome de Henry Mills.

Diane Morais disse...

Perdão!
Esqueci de avisar q seria spoiler.
=(

Su disse...

É uma boa explicação dentro da série, mas se virmos bem, não faz sentido nenhum isso funcionar assim. Quer dizer, a gente tira o coração fora para fazer maldade e depois põe de novo no lugar e é uma santa! Se fosse maldade induzida por outra pessoa, como a Regina fez com o Graham tem lógica mas se for por vontade própria como a Cora não.

Marjorie Bellini disse...

Achei meio nada a ver o rumo pro cara que sofreu o acidente e agora tem um passado em Storybrooke, meio que os roteristas lembraram do nada dele, e dai pensaram "putz o que a gente vai fazer com esse cara ai?" dai colocaram esse flashback, esse capitulo foi consideravelmente melhor que o passado, mas tem mtas coisas que me irritam ainda, e pqp os adultos dessa cidade são muito idiotas, o que salva é a Lana Parilla que anda dando um show de atuação

Ana Gonçalves disse...

Nem sabia que dava pra alterar. Que bom!
=)

Jos_El disse...

Gostei de terem transformado o Owen de personagem secundário chato pra alguém que tem o que fazer ali. Mas, ninguém achou que foi meio que tirado da cartola isso? Esse rumo foi uma guinada enorme em relação ao direcionamento da série. Não estou reclamando, gostei disso. Até pode ser um bom sinal, de que os produtores estão com noção de que a série decaiu demais.


Nunca gostei do Henry, moleque insuportável cara.


Regina é complexa, e, bem lembrado. Justamente por ela ser assim é mais fácil de a gente se identificar. Emma era mais ou menos assim. Tinha defeitos e admitia que os tinha. Agora é senhora da verdade. Charming é aquele perfeitinho boring. E Snow... Patética.

César, Julio César disse...

Esse episódio serviu pra escancarar o que já estava claro há algum tempo: o cenário atual de OUAT está muito chato. Foi um episódio de certa forma nostálgico, que nos levou à origem e nos lembrou de quando OUAT já foi melhor.