O troca-troca em The Lying Game não para. Se antes era a
troca das gêmeas, agora é a troca de casais que prevalece e, daqui a pouco,
todo mundo vai ser padrasto e madrasta de todo o núcleo jovem da série,
transformando a coisa numa balbúrdia sem igual. É por isso que não tem como
começar os comentários sobre o episódio dessa semana sem elogiar as técnicas de
sedução de Alec, o promotor voador. O homem não trabalha mais, só joga golf e
faz charme para a Kristin e assim, a imprensa numa árvore com provocações que
acabam em agarração, na frente de todo o clube.
Isso demonstra que os dois não “estão nem aí com a Hora do
Brasil”, porque é muita falta de consideração trair o cônjuge num local
público, à luz do dia e rodeados de conhecidos. Alec é ainda mais ousado e faz
isso na frente de Rebecca, que é a chifruda mais feliz do mundo. Foi o motivo
que ela precisava para acabar com o casamento já falido de Ted e ganhar o homem
na base do recalque. Adoro que Ted ainda é estúpido a ponto de achar que é ele
quem tem de contar o que fez para Rebecca. O coitado nem imagina que é pai de
gêmeas e que foi enganado pelo melhor amigo por anos. Agora, a amizade vai para
o beleléu de uma vez por todas, mas ainda não sabemos o grande mistério: porque
as gêmeas foram separadas e porque tem gente morrendo para manter esse segredo.
Só consigo pensar em explicações muito estúpidas para
motivar o plot central da série, então não vou mais cogitar nada e apenas
aproveitar enquanto estiver divertido, afinal, só em TLG uma noiva passa a
véspera do casamento de campana num cemitério. Só em TLG a mesma noiva perde o
suspeito por causa de uma conversa telefônica. E só em TLG alguém é suspeito de
assassinato por deixar flores num túmulo. Coisa mais maravilhosa do mundo.
Aproveitando o assunto ‘noiva’, confesso que achei que
aquela festa já era o casamento. Todo mundo de chinelo e bebendo breja, tipo um
churrascão na laje, só que versão ‘trailer no deserto’. Também achei que
Theresa seria morta até o fim do episódio.
Enquanto Laurel chora pelo divórcio dos pais e faz comentários
inúteis sobre a vida de todo mundo, as trocas continuam, menos para Mads, que
ficou avulsa novamente e ainda insiste em confiar em Alec. Jordan, por sua vez,
deve ter cometido um crime muito grave, porque só isso justifica tanto medo. No
mínimo atropelou alguém e fugiu, depois de uma bebedeira.
Como já era de se esperar, Emma fica toda arrependida de ter
sua primeira vez com Thayer e passa o episódio todo com cara de dor de barriga
porque sua vontade é voltar no tempo e perder a virgindade com Ethan. Os dois
garotos ficam nesse mesmo impasse, mas só dá para defender Thayer, que, afinal,
sempre se ferra, seja com Emma ou Sutton. Minha sugestão seria investir em
Laurel, que não tem tanta bagagem.
Ethan, que não consegue se decidir se prefere Paola ou
Paulina, digo, Emma ou Sutton, se acha no direito de socar Thayer por estar na
defensiva, quando a posição dele é apenas natural e fruto da insegurança gerada
pelas caretas constantes de Emma, que deve fazer isso ao lembrar que Ethan não
estava nem um pouco preocupado ao voltar com Sutton.
Aliás, vale ressaltar a batalha interna de Sutton, que agora
está cheia de escrúpulos. Primeiro finge não saber sobre Rebecca e se faz de
enganada e ofendida. Depois faz aquele discurso sobre como é difícil para ela
mentir para Emma. Oi? Além de troca de casais isso mostra que The Lying Game é
também sobre troca de personalidade.