Essa semana, Hart Of Dixie resolveu adotar a filosofia de
vida descrita aí em cima e é sem medo que confesso que não fiquei chocada ou
brava com o desfecho. Talvez eu já esperasse por algo assim em algum momento,
então, o saldo foi positivo e o final do episódio não estragou em nada minha
visão sobre o “recheio”. Adorei cada cena e me diverti bastante, mais uma vez.
Acho que isso é o mais importante, porque ultimamente todas as séries estão
muito ruins.
Não tem como não começar falando da relação de Zoe e Wade,
sempre permeada de dúvidas e inseguranças. Os dois se gostam e ninguém duvida
disso, mas se comunicam muito mal e o resultado não poderia ser outro. Wade,
amedrontado com a possibilidade de perder tudo, simplesmente “taca o foda-se” e
destrói, de uma só vez e deliberadamente, sua chance de ganhar uma graninha e
começar os planos concretos para seu bar e, de quebra, sua relação com Zoe.
Fiquei com pena dele, por um curto período de tempo, quando
ele está bêbado e diz para George que aquele momento é crucial e que ele pode
perder tudo o que conquistou. Infelizmente, não dá para sentir a mesma coisa
depois que ele diz que é “hora de voltar a ser eu mesmo”. Demonstra baixa autoestima,
é claro, além de graves problemas de aceitação, mas Wade não é estúpido. Ele
sabe ser bem esperto e usar o cérebro em outras situações. Talvez por isso, eu
já não sinta raiva do personagem diante de certas atitudes. É apenas Wade. Só
lamento por Zade, que vai acabar.
Não tem jeito de Zoe aceitar uma coisa dessas, ainda mais depois
de ela agir como groupie e tudo o mais. Também levo em consideração aqui a
falta de tato que Zoe tem com Wade, sempre pontuando a falta de perspectiva
profissional do moço e seus erros estratégicos (como a escolha de Meatball para
vocalista da banda, por exemplo), mas ela até que tenta consertar as coisas e
achei uma graça o incentivo para o “Wade’s Place”. Aquele simples letreiro foi
o estopim de tudo.
A cara de George e Tansy, naquele bar, disse tudo e foi a
primeira vez em que eu o vi apenas como amigo de Zoe. Resta torcer para que não
insistam em um casal formado por Zoe e George, porque acho que ele está num bom
lugar com Tansy, mas enfim, é exatamente isso o que vai rolar.
Gostei de ver as peripécias de Limão e Magnólia, arroxeando
os cabelos e fazendo compras numa amizade entre irmãs que não é nada natural.
Tudo porque Limão não supera a “traição” de Annabeth, sendo capaz de afastar
até o próprio namorado. Tudo inconscientemente proposital, se querem saber. A
briga por Lavon está prestes a começar e não sei quem levará a melhor.
Apesar de tanta coisa doida e dramática acontecendo, esse
episódio é surpreendentemente leve. Como não amar a tentativa de Tom em pedir
Wanda em casamento, superando seu medo por cavalos. Melhor ainda é a
reviravolta de Wanda propondo casamento com temática zumbi. A sequência é tão
legal que revi várias vezes. Esses números musicais de HOD sempre valem a pena
e, nesse caso, foi ainda mais bonitinho e fizeram Lavon acreditar no amor
novamente.