domingo, 24 de fevereiro de 2013

Grey's Anatomy 9x16: This Is Why We Fight


Tudo pelo Seattle Grace.
Chegamos num ponto em que nem é mais preciso dizer que Grey’s Anatomy fez mais um bom episódio. É rotina e acontece quase sempre. O quase, é claro, fica por conta da instabilidade psicológica de uma certa senhora que, como bem sabemos, pode mudar de personalidade a qualquer momento e colocar tudo a perder. Pensar assim a respeito de Grey’s Anatomy não é um preconceito, é uma precaução. Mas enquanto os louros e glórias forem merecidos e justos temos de fazê-lo. Essa semana foi excepcional. Divertida e emocionante de acompanhar, com um desfecho que foi bastante inesperado, para dizer o mínimo.
Quem poderia dizer que a venda do hospital seria tão bacana? No começo achei que a coisa toda seria chatíssima e super clichê, mas a história toda acabou rendendo e tendo consequências para todos os personagens. Quem não está envolvido diretamente é utilizado como a “visão de fora”, dando uma boa ideia do clima de terror e insegurança para centenas de pessoas, prestes a perderem seus empregos e a estabilidade financeira.
O problema no Seattle Grace está sendo bem trabalhado, assim como a luta para mantê-lo funcionando, seja por parte dos médicos ou do conselho. No fim das contas, Cahill e os membros da administração precisam resolver a situação e aqui não cabem muitos idealismos e utopias. O dinheiro fala mais alto, sempre. Apesar disso, até que, em Grey’s o desfecho foi “romântico”. Ao saber dos planos, Owen corre atrás de tempo, algo essencial para o sucesso da missão “vaquinha”. Sem ele, o trabalho, as estratégias e reuniões com investidores seriam inúteis e, pelo menos, ele compreendeu tudo com rapidez e não tivemos de aguentar o mimimi “Cristina, você não confia em mim” por mais do que 30 segundos.
Um ponto muito bem colocado foi a necessidade da participação de Richard e de gente com capacidade e experiência administrativas. O dinheiro da indenização era um bom começo, assim como a união de médicos de renome, mas Julian Crest aponta uma brecha bastante correta. Boas intenções não são nada sem boa administração de recursos e, achar que comandar um hospital é fácil e depende apenas de médicos competentes e espaço para medicina de ponta é uma ilusão. Basta saber se o novo dono do Seattle Grace terá pulso para lidar com tudo isso.
Gostei bastante do twist final. Bastante. Eu só comecei a esperar algo do tipo no final, quando Julian Crest já havia negado e não havia mais esperanças. Eu sabia (e todo mundo sabia também) que não ficaria assim, portanto, só saquei o desfecho naquele papo de Richard com Catherine. E achei bom, muito bom. Primeiro pela surpresa em si, depois pela expressão do próprio Avery ao ouvir “Mamãe te comprou um hospital!”. A cara de besta dele é absolutamente impagável, assim como a dos demais. Derek, Meredith, Cristina, Arizona e Callie ficam perplexos. Como esperar que, depois de tudo o que fizeram para salvar o Seattle Grace e serem donos do hospital eles virariam sócios minoritários de Avery? Isso vai movimentar o cenário, com toda a certeza.
Isso prova o quanto é possível para um personagem crescer nessa série. Avery não era mais destaque do que qualquer um dos novos internos é hoje, quando entrou em Grey’s Anatomy. Honestamente falando, gosto disso. Mas principalmente porque, aos poucos ele ganhou funções na série e não deixou de ser figurante de uma hora para outra. Stephanie vai ficar sentindo que é a “primeira-dama” do hospital depois dessa.
Além desse desenvolvimento central e toda a ação envolvendo os sobreviventes do acidente em reuniões de negócios cheias de expectativas, o movimento no hospital não parou. Gostei muitíssimo das conversas de Bailey com Heather, despejando todo seu recalque por Meredith, mas principalmente por dizerem em alto e bom som que ela é o coração do Seattle Grace. Bailey tem representado muito desse sentimento de perda que tem feito parte da trama e as falas de Kepner complementaram bem tudo isso.
O caso do menino com câncer, que aproxima ainda mais Karev e Jo foi lindo e mais uma vez, mostra o quanto o hospital faz a diferença na vida de tantas pessoas. O Seattle Grace é praticamente um personagem de Grey’s Anatomy. Um personagem importante. Sem ele nada disso existiria. Sem ele não estaríamos aqui por nove anos, comentando a mesma série e brigando por ela, quando não concordamos com alguma coisa. É muito bom notar que depois de tanto tempo ainda somos capazes de nos importar e de esperar por episódios cada vez melhores.
P.S*Muito boa a construção da fofoca em torno da venda do hospital por partes.
Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Debora disse...

Só eu me diverti que todos conhecem os internos pelos nomes de anão que Yang deu pra eles?

Chelsea disse...

Nao, eu ri também. (A cara do Derek perguntando quem era a Brooke e descobrindo que era a "Frágil" foi ótima).
Mas uma dúvida: Sou só eu que gosta só de uns 2, 3 internos e acha o resto um porre? Eu gosto do Ross (acho que mais por causa do ator, que é o Smash de FNL, do que do personagem), da Frágil e da Jo. Mas eu acho a Stephanie uma mala e a outra nao sei nem o nome (chamo ela de bitch, coitada). Podiam dar uma podada, do tipo, eles já tinham procurado outro emprego, e tal.

Uma cara que eu quero ver quando descobrir que o Avery é o novo dono do hospital: a do Karev.

Raul Ribeiro disse...

Aqueles momentos finais do episódio foram demais!
Acertei o lance do Richard ser envolvido como administrador, adoro adivinhar plots!
No começo da temporada, só a atriz que faz a Jo tinha a possibilidade de se tornar regular na série, mas agora todos os internos tbm têm. Eu só excluiria a Leah dessa lista.
Em algumas séries a gente torce pra que a finale seja explosiva pra movimentar a trama, mas em Greysa a torcida é justamente pelo oposto! Não quero nada de tsunamis ou metrôs colidindo debaixo do hospital ou tornados dessa vez.