sábado, 16 de fevereiro de 2013

Grey's Anatomy 9x15: Hard Bargain


Ele não faz a menor ideia.
Não sei se posso dizer que estou surpresa com essa temporada de Grey’s Anatomy, mas a verdade é que é assim que me sinto. Não é uma surpresa de “oh, nunca imaginei que seria bom, isso nunca aconteceu antes”, mas a sensação vem do fato de que, lá no começo da temporada, eu havia, digamos assim, perdido muito da minha vontade acompanhar a série. Sei que esse sentimento era amplamente compartilhado, e sei também que, nesse exato ponto da temporada, as opiniões convergem para um único lado: Grey’s Anatomy está ótima. E é muito bom poder dizer isso, apesar da sombra negra que sempre paira sob a produção. Não citarei nomes (continuo achando que é mau agouro), mas todos sabem exatamente do que estou falando.
A trama da venda do hospital tem mostrado muito mais potencial do que se poderia prever. Não é a coisa em si, mas o tratamento que ela recebe. E é impossível negar que o grupo formado por Derek, Meredith, Cristina, Callie e Arizona está dominando o cenário de forma espetacular. Todas as cenas em que eles discutem, pensam no assunto ou se mobilizam são excelentes e tem imprimido um ritmo ágil à história. Não é só um trabalho dos atores, é necessário admitir. Percebe-se que essa é uma trama bem escrita e bem dirigida. E não poderia ser de outra maneira, porque desde o desastre de avião o espaço para erros em Grey’s ficou extremamente reduzido. Essa temporada veio com o peso de manter o público que começou a duvidar se valia ou não a pena continuar assistindo aos episódios.
Foi difícil desprender a atenção na tela nessa semana. A tensão estava embutida e era possível senti-la à distância. Por algum motivo, fiquei muito preocupada com tudo o que se desenrolava e me senti parte da ação. Senti todos os medos. O de o hospital falir sem comprador e o de ser comprado pelo grupo errado. Por isso, não tinha como não adorar o modo como nossos cinco protagonistas se uniram para salvar o Seattle Grace Mercy Death. Apesar do clima pesado, o andamento foi divertido, entremeando os momentos de seriedade com outros mais leves e engraçados. Como não rir de Meredith roubando um prospecto financeiro? De Derek mandando um interno fazer chifrinhos em suas imensas fotos promocionais? De Cristina chamando atenção para o fato de que ninguém ali manja nada de administração?
Sou só elogios para a sequência em que todos se demitem e são observados por um Owen embasbacado e traído. Por uma Cahill chocada e amedrontada pelo fracasso e por Richard, com aquela expressão de quem pegou as crianças fazendo arte. Sensacional.
O caso com Owen deve ganhar feições interessantes e acho que será ótimo para o personagem, que perdeu um pouco de sua personalidade original quando se tornou Chief. A relação com Cristina será igualmente abalada, mas nesse caso, espero que dure pouco. Quando o hospital for comprado, por meio desse golpe perfeitamente arquitetado, Owen terá de enxergar as verdadeiras intenções.
Também devemos esperar muitos outros conflitos, não só administrativos, mas éticos e legais. Parece que essa compra, como foi estruturada a partir da demissão, pode causar novos processos, afinal, a Pegasus foi sabotada, de certa forma. As questões mais práticas ficaram bem pontuadas por Bailey e o menininho com câncer. Vai ter muita briga sobre procedimentos e dinheiro, o que nos dará uma nova visão sobre o universo hospitalar. O lance de Owen com as enfermeiras é outro bom exemplo para o caso.
Mas nem tudo girou em torno disso. Houve excelente aproveitamento do elenco nas tramas mais leves e românticas. Já torço muito por Karev e Jo, embora ela esteja mais interessada em outros médicos. A cara de Alex foi impagável ao descobrir que todas as perguntas sobre relacionamentos com colegas de trabalho não se referiam a ele. Também gostei de ver Kepner arrumando um homem que compreende e compartilha de suas crenças, apesar de que, na prática (e na teoria) ela não é mais virgem. O simples fato de não ter contado logo de cara é o que vai gerar problemas e, quem sabe, levá-la de volta para Avery, que afinal, está pegando a interna, mas ainda afirma que é só diversão, nada além disso.
Comentários
7 Comentários

7 comentários:

Mônica Primeira disse...

Ainda bem que eu não sou de desistir das séries que me "decepcionam" porque depois daquele final de temporada senti uma tremenda vontade de "chutar o balde" mas a cada episódio de Grey's eu me envolvo mais, quem diria que a série voltaria com tudo!!!!

João Vitor Baessa disse...

Grey's Anatomy tá ótima... Tô muito ansioso pelos próximos episódios. E também pra ver sua review de The Vampire Diaries hueheue

sorayaestrela disse...

Dps que vi esse eps pensei "Se me dissessem em maio que a série com a melhor temporada seria GA, eu iria rir na cara da pessoa."
Mas é a mais pura verdade, os personagens estão sendo bem construídos e as estórias também. Sò tenho medo Daquela que Não Deve Ser Nomeada surtar novamente e sair matando mais gente na SF.

Thiago disse...

Esses dois últimos episódios me deixaram com um sentimento imenso de "quero mais" que há tempos não sentia por outro seriado. É ótimo Grey's estar voltando a me envolver como antes. Adorei o episódio. Todos receberam certo destaque nos momentos certos. Foi engraçado, dramático e de tirar o fôlego. Para esse episódio , com certeza daria nota dez!

Alene Maciel disse...

Eu amo os seus comentários Camis, adorei todo o clima de tensão, um clima de comédia na medida. E tbm tenho medo daquela que não se pode falar o nome está reservando para o fim da temporada!

Raul Ribeiro disse...

Aquele climinha de conspiração estava muito bom!! Nossa, Greys tá demais mesmo.
Achei a Kepner burra, óbvio que o namoro vai acabar quando o cara descobrir que ela não é virgem.
Coitado do Owen, achando que levou uma facada pelas costas.
Os roteiristas deram uma corrigida na Bailey, hein Camis? Tou gostando de ver. Queria que desenvolvessem mais a amizade entre ela e a Meredith (eu já falei isso antes?)
Fiquei com a impressão de que CalDerCriMerAri (o novo shipper do momento) vão colocar o Richard como um administrador do hospital, vamos ver... (sem ter que tirar o Owen do cargo de chefe de cirurgia)

Camila Oliveira disse...

Tem que saber se aquela filha mala do Mark foi reconhecida legalmente como tal, senão ela não teria direito. Além do mais, ele provavelmente fez um testamento e deve ter deixado tudo para a Sofia. Aqui no Brasil bastaria que a Sloan (lembrei o nome) entrasse com o processo de reconhecimento de paternidade, se fosse o caso, e contestasse o documento, já que não pode haver distinção entre filhos e não dá para deixar tudo só para um herdeiro em detrimento do(s) outro(s), mas lá nos EUA parece funcionar de maneira diferente, aí não sei.