domingo, 3 de fevereiro de 2013

Grey's Anatomy 9x13: Bad Blood


“Let’s rock some hernias!”.
A temporada de Grey’s Anatomy tem sido bastante balanceada e trazido ótimos momentos, e esse episódio é mais um que se encaixa na categoria. Não há o que dizer de um roteiro como esse, que é bastante simples e faz sentido dentro do andamento da trama central, ao mesmo tempo em que entretém e diverte, em diversos momentos.  Costumo dizer que esse é “arroz com feijão” da série e é nesses episódios que podemos perceber o valor agregado de nove temporadas.  Grey’s Anatomy mudou ao longo dos anos, não restam dúvidas disso, mas ela continua em destaque e muito querida pelos fãs.
Crises no hospital já aconteceram antes e mesmo sem a história ser inédita, está sendo bem conduzida. Todo o esforço de Derek, April e Owen para provar que o Pronto Socorro é importante e pode ser mantido com alguns cortes nos gastos foi absolutamente louvável, mas destruído pela verdade: O Seattle Grace Mercy Death está a venda.
É por isso que não consigo tirar da cabeça a ideia de que as vítimas do acidente vão se reunir e comprar o hospital. Sei lá. Pode ser apenas uma grande bobagem minha, apesar de o roteiro sugerir essa possibilidade muito sutilmente. Também há a chance de conhecermos novos médicos e ganharmos novos conflitos assim que a direção do hospital mudar. Qualquer opção parece interessante nesse momento e dá para confiar no resultado, a julgar pelo andamento da temporada.
Uma das partes interessantes ficou com o retorno de Alana a uma sala de cirurgia. Tudo ali parecia compactuar para que Owen conseguisse salvar o PS, mas apesar da emoção e de perceber que naquele dia, o paciente havia saído com vida porque as portas estavam abertas, nada pode deter os planos de vender o hospital.
Uma das táticas, aliás, é padronizar atendimento e aperfeiçoar resultados. Centro cirúrgico sempre equipado de maneira idêntica e organizada e médicos treinados para fazer procedimentos “sem grife”. O uso de uma única técnica, em si, não é um problema, apesar de que cada caso é um caso. Problema maior está na frase “o paciente não importa”. Foi aí que até Bailey desenhou um limite para suas macaquices. Ela está ótima na série. Suas picuinhas com Richard e Meredith renderam bastante e a atriz encontrou o equilíbrio entre cômico e dramático.
Outra grande mudança está no Big Brother UTI. Fiquei pasma só com a possibilidade de um médico que passa o dia fiscalizando e dando ideias do além. Ok. Não é do além, mas de uma salinha cheia de monitores, mas mesmo assim, nem imaginava que isso poderia ser colocado em prática. A onipresença de Bob (porque uso o nome que Cristina determinar) foi um elemento diferente e curioso que acrescentou muito ao caso do skatista que não poderia receber transfusão por ser Testemunha de Jeová. Cristina foi ótima ao explicar para a interna que é preciso respeitar as crenças das pessoas e que ninguém morre na hora errada. Impossível saber se a transfusão salvaria o rapaz e, é claro, o que realmente incomoda é a dúvida.
Falando nos internos, eles ficam bastante preocupados com a atual situação do hospital e sabem que serão os primeiros na linha de corte. Não seria nada mal se alguns deles sumissem, porque não têm muita utilidade na série, honestamente falando.
No meio disso tudo, Meredith ainda aprende a ser feliz com as pequenas coisas e se surpreende por não ter mais nada dando errado em sua vida. Achei muito bonito falarem dos primeiros chutes do bebê para ilustrar essa nova fase, sem deixar de lado a insegurança natural da personagem.
E insegurança também veio do caso da jovem ginasta que conseguiu destruir a confiança de três médicos, sugando-os para seu abismo de depressão. Nem Karev, nem Callie foram capazes de fazê-la caminhar, mas Arizona só consegue isso ao usar a técnica do vilão. Cada um deles foi fundamental para a mudança de atitude da paciente e para uma das melhores sequências do episódio.
P.S*Beijo na Bailey pela referência a The Hunger Games!
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

Miguel disse...

Incrível a Bailey, como tributo, citando frases de Jogos Vorazes. kkkk

Raul Ribeiro disse...

Ótimo episódio. A gente não precisa de nenhum grande evento em Grey's pra apreciar a série, alguém precisa contar isso pra tia Shonda. Fiquei muito entretido com o plot do Testemunha de Jeová, até simpatizei um pouco com a interna (mas concordo que ela não acrescenta nada à série, poderia muito bem ter sido a Jo a fazer aquele papel).

sorayaestrela disse...

Melhor do eps foi sem dúvida a citação de Jogos Vorazes. Ri e mto.

Caroline® disse...

Não comento sobre TJ X transfusão de sangue, porque perdi um debate na faculdade (de Direito), tentando defender um ponto de vista parecido com o da Leah. A moça que me venceu pensava parecido com a Yang, e hoje, eu também. Respeito às crenças alheias, acima de tudo, por mais diferentes das minhas que elas sejam.
O PS fechou mesmo, o que me leva a pensar: Kepner está por um fio. De novo? Demitida pela 3ª vez do mesmo emprego? Guinness!
O homem da hérnia é um mala. Quando ele falou aquilo, quis que os olhos da Bailey fossem lasers desintegradores...
E no caso da ginasta bitch, a Arizona acabou como bad cop. Deixa eu falar que demorou muito pra colocarem a bruxinha no lugar dela! Se fosse eu, já tinha puxado ela na marra desde o começo! Aliás, essas ginastas americanas são umas megerinhas. Quem lembra da McKayla Mahoney e sua careta no pódio de Londres, só porque ficou com a prata?
Estou achando essa temporada Ok, mas também quero que termine ainda relevante, com o (resto) do elenco original. Se Yang e Bailey saírem, eu largo.