segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Glee 4x12: Naked


Despertando a solidariedade em cada um de nós.

Essa semana Glee vem para falar de caridade. Exatamente. CARIDADE. Ao contrário do que muitos podem pensar, esse episódio não foi feito para mostrar o elenco masculino sem camisa e em fantasias ridículas. Absolutamente. Esse episódio vem para nos chamar a atenção para problemas sociais e como um pedido de ajuda. Sem a venda desses inocentes calendários, o New Directions não poderá participar da próxima etapa da competição de corais, o que seria um desastre de proporções épicas. Afinal, os Warblers foram desmascarados e não gostaríamos de ver essa chance desperdiçada.
Como sou uma grande filantropa, adoraria adquirir o lote completo, mas parece que os exemplares se esgotaram rapidamente, justamente porque as pessoas são muito solidárias e fizeram questão de ajudar o grupo. Isso prova que o mundo está cheio de gente boa e interessada apenas em fazer o bem, nesse caso, olhando bem a quem, porque afinal, ninguém é de ferro e o calendário merece ser admirado.
É uma pena que não lancem isso de verdade. Venderia horrores, estou certa disso, mas o assunto principal nem é o festival de garotos desnudos e exercitando os músculos para chamar nossa atenção, mas as histórias que rodeiam essa interessante demonstração de futilidade. Se eu acho que Ryan Murphy e a equipe de roteiristas de Glee desejavam abusar do “shirtless”? Óbvio que sim. Mas é preciso notar que o episódio é extremamente bem calculado e mesmo com os meninos sem camisa, a história se desenvolveu muito bem. Quem conseguiu prestar atenção (ou teve que ver duas vezes), certamente percebeu.
Os fatos do episódio anterior estão muito bem conectados aqui. A começar pelo lance do doping dos Warblers e o retorno do New Directions à competição, o que cria a necessidade de arrecadar verba para o transporte e a consequente exploração do corpinho de alguns meninos. Dispensaria Joe cabeça de aranha com a maior facilidade, mas tudo bem. Jake, Blaine, Ryder e especialmente Sam ofuscaram o coleguinha de dreads sem fazer nenhum esforço.
 Aliás, Sam é o grande destaque e nem é só por ser ridiculamente lindo, mas pelo desenvolvimento do personagem em si. Ele tem mandado muito bem sendo o ‘palhaço’ da turma, o cara que sempre surge para ajudar e fazer uma piadinha besta, mas não podemos esquecer que a maior parte da história dele é de drama. Por isso, o conflito de Sam depois de saber de suas notas baixas nos SAT’s é compreensível. Ele começa a focar naquilo que acha que é competente e, no caso, ele é extremamente bom em manter o corpitcho em dia, tanto que se dedica a colocar os colegas em forma para a sessão de fotos do calendário.
Vale dizer que a ideia é toda de Tina e estou gostando muito de vê-la em ação, mesmo que não seja o grande destaque. Não dá para negar que nesse 4º ano ela já teve mais falas e músicas do que nos três anteriores, então, é com prazer que a vejo falar sobre o maravilhoso físico de Blaine e planejar trajes diminutos para os colegas. Blaine também é o cara que nota a diferença no comportamento de Sam e providencia aquele vídeo cheio de depoimentos bacanas. Sinto-me boba por confessar que fiquei emocionada com a cena, mas enfim, essa é a verdade.
Uma característica forte desse roteiro foi a variação entre humor extremo e drama e assim, no primeiro grupo, ganhamos uma nova edição do “Fondue For Two”, com Britanny S.Pierce e Lord Tubbington, entrevistando a bulímica Marley Rose. Foi o extremo da cretinice e um dos meus momentos favoritos do episódio. Britanny é outra personagem que foi de uma coreografia de ‘Single Ladies’ para a dominação mundial, tendo se tornado uma das mais queridas pelos Gleeks.
Em contrapartida, ganhamos as declarações de amor entre Jake e Marley e a prova de que o casal realmente funciona. Ryder, por sua vez, continua recebendo olhares lascivos de algumas colegas, mas depois daquele número final, fiquei tentada a achar que ele combina com Tina, mas duvido que explorem essa possibilidade.  Devo também um elogio á cheerleader velha, Kitty, que está acertando o tom da personagem, mesmo que lentamente. Ri muito das caretas dela em diversas cenas e dos comentários sobre como gira a economia.
Muito boa também a discussão levantada por Artie, falando sobre como alguns homens também podem se sentir inseguros a respeito da forma física. Além disso, a batalha entre Finn e Sue segue interessante, mas gostaria de ver a tal Penthouse com mais pelos que aquela edição da Playboy com a Claudia Ohana, segundo consta.
Nem é preciso dizer que acertaram bastante nas canções escolhidas e nas coreografias (Zach Woodle, um beijo para você!). Tudo estava em perfeita harmonia, em especial o número de Rachel, na interpretação de ‘Torn’. O importante aqui é notar que no episódio anterior a personagem deu aquela enlouquecida e eu até comentei que não gostava dessa descaracterização tão brusca, mas tudo estava planejado.
Rachel vive um momento de dúvida, em que sua vida mudou tanto que ela está se perdendo de quem realmente é. Não é só a diferença na aparência, mas nas atitudes. Não sei se o exemplo da nudez foi uma escolha muito boa, porque eu, pessoalmente, não acho um desonra quando um ator/atriz precisa desse subterfúgio no trabalho, mas afinal, essa é a discussão central do episódio, que despe os meninos e faz Rachel recuar quando chega a vez dela de se expor. Lógico que são tipos diferentes de nudez e de exposição, mas vale pensar nas duas.
Santana, que já teve uma sex tape liberada na internet, até avisa sobre os riscos grandes que esse tipo de coisa tem de cair na internet e se eternizar. Serve como alerta para quem curte fazer peripécias do tipo: sua brincadeira pode ir para na web e, nesse caso, vai ser impossível se livrar das consequências. Acho que é um aviso amigo para os jovens que assistem à série.
É claro que os fãs saudosos de Quinn e Santana adoraram a presença das duas, que foi até cabível, já que o plano de Kurt era fazer Rachel lembrar de sua própria personalidade. Adorei esse trio cantando “Love Song”, uma das músicas mais bacanas de Sara Bareilles. Bateu até saudade dos velhos tempos de Glee e acho que essa seria minha performance preferida se ‘Torn’ não fosse tão bem executada, perfeitamente interpretada e intensamente significativa. Sem dúvidas, um acerto gigantesco de Glee.
P.S* Kurt, desde quando a gente reclama de ver Brody pelado? Incongruência de roteiro, praticamente.
 
Músicas no episódio:
"Torn" - Natalie Imbruglia: Rachel Berry
"Centerfold" / "Hot in Herre" - The J. Geils Band / Nelly: Sam Evans, Jake Puckerman, Ryder Lynn and Kitty Wilde with Blaine Anderson, Joe Hart and the McKinley High Cheerios "A Thousand Years, Pt. 2" - Christina Perri feat. Steve Kaze:  Marley Rose and Jake Puckerman
"Let Me Love You (Until You Learn to Love Yourself)" - Ne-Yo:  Jake Puckerman
"Love Song" - Sara Bareilles: Rachel Berry, Quinn Fabray and Santana Lopez
"This Is the New Year" - Ian Axel: New Directions
Comentários
7 Comentários

7 comentários:

Kharina Recarcati disse...

Um dos melhores episódios de Glee. Divertido, engraçado, com boa história e uma pitada de drama. Não me entendam mal, adoro o elenco do colégio (menos Marley), mas não me importaria nada se Santana e Quinn se mudassem pra NY e Glee virasse o novo Sex and the City.

Lucas Pires disse...

Beiço de Jegue foi muito engraçado. Ia ser ótimo ver Glee and the city.

Raul Ribeiro disse...

eu acho que titia fez Blake ganhar no TGP já com esse episódio em vista. Isso que eu chamo de série planejada hein

Cacá SS disse...

É uma alegria poder dizer que continuo bem feliz com Glee! O episódio foi delícia, e nem estou falando dos shirtless dos meninos. Bem, talvez um pouquinho ;D
Torn foi coisa linda de ver, não só pela música bem executada, mas também por mostrar o quanto a Rachel mudou. E eu também fiquei emocionadinha com o vídeo que fizeram pro Sam! Foi fofo demais!

As fãs delas que me desculpem, gosto delas mas achei a participação da Santana e da Quinn bem da avulsa. Tá, a Santana ainda tinha o exemplo a dar sobre as coisas que acabam na internet e tal, a música que elas cantaram foi ótima, mas fiquei com a sensação de que o Kurt poderia ter tido aquela conversa com a Rachel... Ainda torço que as duas voltem à série com plots melhores. Louca pra ver Santanão em NY de vez!

Cacá SS disse...

HAHAHAHA Não duvido, viu?! Titia não dá ponto sem nó! ;D

Junno Barbosa disse...

Camis... adoro ler suas reviews mas ando muito preguiçoso pra comentar rsrs

Adorei o episódio... e apesar de nunca ter sido muito fan de Rachel até essa temporada, não a como negar que tanto o personagem, quanto a atriz estão muito bem.... foi incrível a dupla interpretação a la "Paolla/Paulina".. inclusive ainda que sutilmente até na entonação dos versos que um e outra cantava....

tbm to adorando ver Tina tendo mais destaque... e o novo interesse de Kurt, apesar de achar q ele ta entendendo tudo errado e o cara só é gente boa mesmo rsrs e não é gay..

Apesarde sempre ser uns pretextos meio estranhos adorei a aparição de Quinn e Santana... prinicpalmente pq no final santaninha deu a entender q vai morar em NY....

Acho que Ryder ta meio perdidão... e não se se curto essa história de ele de tornar o bonzinho e bobinho que se trona o melhor amigo e confidente de seu rival... sei lá... desperdício de personagem...

Não gostei do interesse de Tina por Blaine... mas to adorando o interesse e a dinamica deste com Sam que tbm tem crescrido na história...

Adorei a brincadeira mais uma vez com sua própria mitologia...nos videos para o Sam... ri pacas com Santana se lembrando e mostrando a composição que fez pra ele...kkk

por último... é impressão minha ou é uma das primeiras vezes que eles colocam microfone nas apresentações... pq sempre pensava isso... tipo mesmo no palco quase nunca tinha microfones... gostei... aumenta o cuidado da produção com detalhes, aumentando também a verisimilidade da série (claro, entendo q Glee é uma obra cheia de incrogruências e licenças poéticas... mas gosto mesmo assim)

Não sei vcs mas por mim Mr. Schue nem voltava mais...

é isso... só peço que Glee continue linda como está....

Natasha Mingroni disse...

Pela lógica dos regulamentos, se o ND foi desclassificado por sair do palco e os Warblers por "injeção", não deveria ser o participante das regionais o outro grupinho la dos fazendeiros?


Ou vamos fingir que isso nao aconteceu pq o Glee tem que fazer alguma coisa durante a temporada...