segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Glee 4x13: Diva


Diva Cohen Chang.
Para quem esperou quatro anos por mais Tina Cohen Chang e a dominação asiática, esse episódio de Glee vem na medida. Divertido, coerente, com ótimas músicas... Em resumo, divertido de acompanhar e um presente para quem torcia pela personagem mais subestimada da série, isso sem falar na presença maciça de Santana, que prova, ao lado de Tina, ser uma das grandes divas de Glee.
O interessante, em relação à Tina, é que a personagem vive seu momento mais surreal. Apaixonada por Blaine, tentando provar que pode e deve ter destaque e acima de tudo que tem personalidade forte o suficiente para conseguir o que deseja. Ao mesmo tempo em que é bizarra, a história funciona e mostra a convergência dos questionamentos que sempre estiveram presentes, mas nunca foram explorados. Tina sempre foi a “amiga”, a “bacana”, aquela que abre mão, que serve como escada para os demais, mas ela também quer a chance sob os holofotes e a hora é essa. Ainda há a questão do término do relacionamento com Mike, citado no episódio e isso vai mostrando porque seus sentimentos por Blaine fazem sentido.
Além de ela admirar o talento dele, Tina enxerga em Blaine alguém tão carente quanto ela e canaliza isso de forma equivocada, talvez. Fiquei bastante apreensiva na cena do ‘vick vaporub’, mas no fim, o resultado foi positivo e expôs as fraquezas de Tina com perfeição. Foi um momento delicado e uma sequência difícil de aceitar, mas Jenna Ushkowitz segurou a onda e deixou tudo muito delicado. Não deve ter sido fácil, afinal, ela tinha que montar em cima de um Blaine doente e cuidar dele, evidenciando fragilidades desconfortáveis.
Mais tarde, ela arrasou em “Hung Up”, completando a tarefa com sucesso. Quase morri de rir quando ela afirma: “Se ela disser que quem ganhou foi a Santana não sei do que sou capaz.”. Muito pontual, se me permitem dizer, porque Santana estava lá, mais uma vez, rondando os corredores da escola como uma espécie de fantasma. Gosto de ver que a própria série faz piada disso, Sue Sylvester sendo a porta-voz, mas já chega. Não dá mais para aceitar, nem em forma jocosa, a presença dos ex-alunos por ali. Não faz sentido e passou do limite. Não é mais engraçado e se transformou num problema.
Claro que Santana detona em todas as canções e levanta a questão de seus sentimentos por Brittany (Sam segurou bem a onda!), que mostra mesmo ser um gênio ao dizer: “Gata, corre atrás dos teus sonhos, fica aqui sendo inútil, não”. Melhor dica impossível, porque Santanão chega metendo o pé na porta de Rachel e Kurt e mostrando que NY nunca mais será a mesma. ERA ISSO QUE ESTÁVAMOS ESPERANDO. Só demorou meia temporada para acontecer, não é mesmo?
De forma geral, tudo em Ohio segue bem. Estou adorando o desenvolvimento de Sam e Britanny, mas espero por mais de Artie também. Única coisa absolutamente bizarra foi o beijo de Finn e Emma. Fiquei surpresa e prefiro entender como uma reação dele à maluquice dela. Como um “cala a boca” ou “mantenha a calma”. Esse gesto em resposta à histeria, geralmente vem em forma de tapa na cara, mas Finn é um cavalheiro e preferiu beijar a noiva de seu melhor amigo e professor. Também, quem manda Mr.Schue ficar duvidando dos arranjos de mesa da festa de casamento? Não sei onde essa história sem pé nem cabeça vai dar, mas enfim, é pagar para ver.
Em NY, o duelo de divas acontece nas “Loucuras da Meia Noite” o “clube da luta de NYADA”. Ri muito dessa definição e mais ainda da petulância de Kurt, ao dizer para Rachel que ela está mais egocêntrica do que é possível aturar.
Achei a batalha musical justa e não vi nele um vencedor. Na verdade, foi bem equilibrado e eu daria um empate para a interpretação de “Bring Him Home”, mas isso serviu pra que Rachel diminuísse o ritmo, embora envolta em certa bipolaridade. Uma hora ela pisa em todo o mundo e depois acha que não tem talento o bastante para uma audição. Até que cabe bem com o momento da personagem, mas fico triste que a fase madura de Rachel tenha acabado, para falar bem a verdade. Estava gostando muito mais dela.
P.S*Unique e Blaine divando muito também. Amei o vestuário dos dois e a interpretação para “Don’t Stop Me Now”.
P.S*Muita pena da cheerleader velha, Kitty. Só aparece dançando e fazendo caretas. Cantar que é bom, não rola.
Músicas no episódio:
"Diva" – Beyoncé: Unique (Alex Newell), Tina (Jenna Ushkowitz), Brittany (Heather Morris), Blaine (Darren Criss), Marley (Melissa Benoist) e Kitty (Becca Tobin)
"Don't Stop Me Now" – Queen: Blaine (Darren Criss) e New Directions 
"Nutbush City Limits" - Tina Turner: Santana (Naya Rivera)
"Make No Mistake, She's Mine" - Barbra Streisand e Kim Carnes: Santana (Naya Rivera) e Sam (Chord Overstreet) 
"Bring Him Home" - Les Misérables:  Rachel (Lea Michele) e Kurt (Chris Colfer)
"Hung Up" – Madonna: Tina (Jenna Ushkowitz) 
"Girl on Fire" - Alicia Keys: Santana (Naya Rivera)
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

Priscila disse...

Concordo com tudo, Camis. Porém, o que me deixou mais feliz foi não termos Samuel neste episódio! PS.: peninha que Sugar não apareceu para adoçar mais Diva. Em compesação, teremos muito mais dela em I Do.

Raul Ribeiro disse...

Episódio fantástico!
Essa é a primeira vez que minha querida Tina canta mais de um solo em uma temporada! Espero que esse destaque dela não pare por aqui, quero vê-la divando ainda mais nas competições. Bem que Glee podia copiar Awkward e fazer o plot da máfia asiática, com Tina e a assistente dominando os corredores da escola.
Palmas pra Unique, divando muito mais do que Mercedes jamais conseguiu. Tem muita gente nos EUA que detesta a Unique, e só posso lamentar por essa ignorância. Concordo que enquanto homem, o personagem é chato. Mas é só botar um vestido e uma peruca que se transforma em uma das coisas mais originais que Glee já fez (na minha opinião, claro). (Sabia que tem gente que shippa Unique e Ryder por causa do clipe de "This is the new year"? Que absurdo, antes shippá-lo com Tina).
Titia tá mandando tão bem que o Blaine nem está mais me irritando. Não sei se é pq a Tina está envolvida na história dele, mas passei a aturá-lo. Bem que ele podia adotar aquele penteado de "Diva", pq odeio o gel que ele usa.
Quanto ao beijo de Femma, prefiro não especular nada, achei um movimento muito arriscado e espero que eles saibam o q estão fazendo.
Gente, mas que musiquinha mais chata foi aquela do diva-off de Rachel e Kurt? Não entendi pq ele foi o vencedor, pq ele não fez nada de mto melhor que ela. Agora que Santanão está em NY, vamos ver se dá uma melhorada nesse núcleo, pq a Rachel voltou a ficar desinteressante. Só não quero que a Santana vá pra NYADA, pq isso não combina com a personagem. Será que ela vai fazer o q?
É comum ex-alunos da minha ex-escola irem visitar os professores e bater papo na hora do intervalo, por isso nem me incomodo muito com isso. Me incomodo mesmo é com a quantidade de viagens que esse povo faz. E com o fato de as cheerleaders da faculdade que a Santana abandonou toparem ir se apresentar assim, pra nada.

anastacia disse...

tae mais uma observação sua: FINALMENTE santanao em NY e isso"só demorou" meia temporada!
isso é uma das minhas criticas a essa temporada de glee, ta muito leeeenttaaaa com relacao a alguns plots, nao que os episodios nao estejam dinamicos, mas sabiamos desde a temporada anterior que o destino da santana seria ny, precisava de 13 episodios de 45 minutos cada (e muita enchecao de linguica, com santana aparecendo no colegio pelos motivos mais whatever), pra isso se concretizar?

mesma coisa essa enrolacao nas regionais ou o blaine demorando séééééculos pra deixar sua dor de cotovelo passar, ou ainda a relacao lesbioamorosa de santanao e britanny, ou a insistencia no plot que nao é plot do puckermann...

(mas isso deve ser a lei da compensaçao, já que os roteiristas preferiram adiantar a entrada de kurt em nyada e ceifar esse plot tao interessanteZZZZZZZZZ)

Muito bizarro o finn beijando a emma, medo do que a tia ryan pretende com isso.

Taígo disse...

Nossa, A apresentação de "Diva" está praticamente incrustrada no meu cérebro e não que sair de jeito nenhum.Foi muito divertido ver todo mundo "divando", não parava de rir.Mas o segundo duelo das divas não foi nem de longe tão interessante como o primeiro.Aquela apresentção de "Defying Gravity" está no meu top 10 de melhores perfomances de Glee e a única coisa que essa duelo me fez sentir foi sono, podiam ter escolhido uma musiquinha melhor.

Que bom que Tina está tendo o destaque tão merecido e que tanto fizeram questão de não dar, uma pena que achei essa vers ão de "Hung Up" bem mais ou menos, mas pelo lado bom, constateii que ela é a segunda personagem da série a ter um solo todo produzido cheio de dançarinos nas escadas da escola, o primeiro foi Blaine ( novidade) que fez um solo ali nas premieres da 3ª e 4ª temporada. Ninguém, nem Rachel, Kurt ou Santana tiverem um momento solo ali.