O que Toby vai aprontar em
seguida?
Switched at Birth está numa rotina. Não
reclamo, mas também não nego. Só que isso pode vir a ser um grande problema
para a série, que até tenta se renovar e trazer novos personagens e histórias,
mas parece um pouco à deriva em alguns casos específicos. Digo isso principalmente
por Toby, que nunca teve muito destaque, mas que está em um plot tão avulso e
tão absurdo que cheira a desespero.
Ainda não entendi o que pretendem
ao colocá-lo ao lado de Lana. Até tentaram insinuar que Toby está agindo como
Kathryn, tentando ajudar ao próximo, mas ficou estranho, assim como o jantar
que ele forçou para acontecer. Nesse caso até faz sentido por causa do lance da
imigração que precisava de um bom salseiro, mas fora isso? Não, não faz sentido
um adolescente querer que a mulher grávida do pai de sua irmã trocada na
maternidade faça parte da família. Ou faz. É tanta loucura que pode até fazer
sentido.
Claro que a bagunça causada por
aquela inspeção de última hora foi divertida ao mesmo tempo em que nos mostra
um grande senso de família. Um jogo de distração e velocidade, que acabou com
Travis só de toalha e soando um “What the hell?” para o fiscal da imigração.
Foi engraçado, para dizer o mínimo, e deu uma movimentada nas coisas.
Fico apenas me perguntando se
esse rolo de Daphne e Travis vai durar, porque ela parece amaldiçoada quando o
assunto é química para um par romântico. NUNCA ROLA. Tinha com chef Jeff, mas
resolveram não explorar a história, então partiram para Travis, que está há
tempos na geladeira, mas não sei se dessa vez vão fazer a coisa durar. Apesar
de meio desajeitada, a ceninha de beijo foi bonitinha e me deixou curiosa sobre
o que vai acontecer com esse casal.
Em compensação, esqueceram de Bay
e Emmett nesse episódio e acho que foi uma boa coisa. Só que os fãs já estão
impacientes e cansados de esperar por alguma ação nesse departamento e as enquetes
no site da ABC Family (sim, me presto a olhar essas nabas) apontam rejeição de
qualquer par romântico para Bay que não seja Emmett. Ou seja, todos os novos
alunos do programa Piloto de Carlton vão perder a ponta na série, muito em
breve. Isso, é claro, se os roteiristas forem espertos.
Assim como Daphne, Regina ganha
vários interesses e não firma nenhum. Tudo culpa de Angelão, que sempre estraga
tudo, mas talvez, agora, ele encontre um bom concorrente. Regina dá mostras de
que está a fim de aprontar. A cara dela, toda ‘seduzente’, naquele bar de jazz,
estava impagável. Imagino desde já que
Angelo vai ficar doido com isso, mas ele tem que se preocupar primeiro em
evitar que Lana dê o bebê para adoção.
Sinto que teremos um pai solteiro
por aí, cuidando sozinho da criança e aprendendo como é bacana ser abandonado
com todas as responsabilidades. Talvez esse seja o caminho para conseguir o
perdão de Bay, que caiu na real, mas aplica em tudo uma dose de exagero e
dramaticidade. Os argumentos de Angelo são bons, mas há sempre a questão do
dinheiro. Ele ficou, mas não sabemos se foi pela filha ou para faturar uma
bolada. Cada um entende como quiser.
A campanha até que está seguindo
um rumo razoável, mas não dá para levar muito a sério. O recalque de Kathryn,
no entanto, acaba sendo engraçado, assim como as reações de John. Os questionamentos
sobre ética são bastante válidos, mas nada será debatido em profundidade, inclusive
porque, acho que esse nem o objetivo da série ou o interesse do público final.