Três é demais.
Se você é #TeamEBay, prepare-se. O episódio dessa semana de
Switched at Birth vem para dar esperanças e, logo em seguida, jogar um balde de
água fria em gosta de shippar o casal mais fofo da série. Casal? Não mais, porque
Bay quer apenas amizade. Pelo menos quando o assunto é Emmett.
Sem dúvida ganhamos 40 minutos muito gostosos de assistir,
com barracos, dramas médicos, políticos e automobilísticos. Tudo isso, no meio
de uma discussão sobre bullying. Gostei do modo como trataram o tema,
questionando como é possível que as vítimas se transformem em predadores. Na
vida real, é assim mesmo. Quem cansa de apanhar, muitas vezes, começa a bater.
Não que esse seja o comportamento correto, mas a agressividade, nesses casos, é
uma forma de defesa natural.
É assim que Bay enfrenta sua nêmesis naquele acampamento
proposto por Melody. O entendimento não é total, mas pelo menos um passo foi
dado para acabar com os ataques mútuos em Carlton. O legal é que dá para
entender as reações dos dois lados, porque afinal, os alunos tradicionais da
escola sentem como se houvesse uma invasão de alienígenas. Bay pode ser legal e
tudo o mais, mas também não deixa nenhuma provocação passar. Pelo menos o
esforço dela par mudar é notável.
Nesse mesmo acampamento, muita coisa acaba acontecendo.
Emmett começa a sentir ciúme de um dos alunos do Programa Piloto, mas acho que
moço tem mais interesse em Daphne que em Bay. Aliás, é estranho ver que todo
dia surge um aluno novo. São sete, contando com Bay. Até aí, ok. Mas cadê o
rapaz da semana passada? Estão testando qual deles fica melhor em tela ou o
quê? Difícil entender o que pretendem, apesar de a trama da perda da audição
aos poucos seja algo interessante.
Com isso, até Regina foi ajudada, porque Daphne começa a
entender que mãe tem um problema série e que o fato de não poder mais sinalizar
não é por conta de preguiça. Fiquei boquiaberta com a agressividade de Melody
nesse caso. Regina está mesmo com uma condição médica que a impede de usar uma
das mãos e, para evitar que tudo piore, precisa fazer o mínimo de movimento. Isso
é difícil de entender ou Melody é apenas insensível?
Falando em sensibilidade, eis que Toby fica mexido com a
ideia de que a irmãzinha não nascida de Bay será dada para adoção. Entendi a
proposta e o até o uso de Toby num plot bem avulso ao personagem, mas não vejo muito
sentido em avisar Angelo de que ele será papai, armando o maior fuzuê, se a mãe
pretende dar o bebê para adoção. Obviamente, essa criança vai sobrar para os
Kenish tomarem conta, ou Angelão vai ter que assumir a bagunça sozinho.
Como agora temos a inclusão da ‘pegada política’, só pude rir
de Kathryn tentando falar de imigração durante uma receita de carne de porco.
Assim John vai ser eleito presidente, até. De qualquer forma, não acho que ela
esteja errada ao querer uma campanha pautada por compromisso e não
generalidades.
Mas a mais triste constatação é mesmo a respeito de Bay e
Emmett. Ele prometeu esperar até que ela estivesse preparada para voltar e
embora Bay diga que não, é óbvio que os dois não voltaram ainda por causa do
que aconteceu com Simone. Foi um grande abalo na confiança entre eles e é por
isso que Bay continua fugindo de um envolvimento maior. O problema é que ela
também o quer por perto, com esse papo de “minha vida está um caos, sejamos
amigos”. Gostei de ver que Emmett foi honesto e deu um basta. Tomara que Bay
entenda o recado e mostre que a relação entre eles, apesar de tudo, ainda não
acabou.