A formatura nunca pareceu tão
distante.
Dizem por aí que a ‘High School’
nunca acaba e para as meninas de Pretty Little Liars esse deve ser um pesadelo
ainda maior. Atacadas nas ruas, dentro de casa e principalmente na escola, elas
têm muito a temer, agora que Mona foi “liberada” do hospício e devolvida à
sociedade. Pois é, minha gente. A série retornou trazendo muitas informações
novas, com aquela boa dose de incongruência que nós tanto amamos e que não nos
deixa desistir de PLL enquanto o –A Team permanecer um mistério.
O episódio já começa com a
soltura de Mona não fazendo o menor sentido. A hipótese de que ela voa é muito
válida (sei que existe gente que crê nisso piamente e não posso discordar),
afinal, ela também era onipresente porque acredita em seu próprio poder, de
acordo com nossa estimada psicóloga, que dava opiniões clínicas apuradas na
temporada anterior. Mona voadora é a única coisa que justifica a presença dela
no trem do Halloween e é também a única coisa que explica ela aparecer no
quarto de Hanna daquele jeito, no meio da noite. Esse hospício de Rosewood deve
ser dirigido por malucos, porque alta no meio da noite é algo inaceitável até
para PLL. Mas tudo bem. Acho que vale em nome do lirismo que permeia o roteiro.
Esse mesmo lirismo permite que
entrem na escola com um cérebro de vaca e uma faca imensa para enfeitar o
armário de Mona e lhe dar as boas vindas. O presentinho segue a linha culinária
que PLL tanto adora e como Mona cozinhou muffins do mal para deixar Hanna Gorda
(#saudadealmofadão), minha teoria é a de que ela mesma colocou aquela
melequeira no armário, só pela teatralidade da coisa. Inclusive, o vídeo sobre
bullying que ela publicou segue essa linha, então as suspeitas são grandes.
Para deixar a vida escolar mais
feliz ainda, Meredith vem para ser a professora preferida de Aria. Comecei a
ver um padrão aí. Estilo tal pai, tal
filha. Reparem que Elle tinha caso com uma aluna. Agora reparem que Aria é uma
aluna que tem caso com o professor. “Daddy Issues” define bem a situação dessa
Pirulita, que ainda carrega o peso de guardar segredo sobre o filho de Pedobezra.
Isso aí continua não fazendo sentido, considerando que Aria parece bem
intencionada. Se ela fosse uma recalcada com medo de perder o macho faria muito
mais sentido não contar, mas não dizer nada por ter jurado segredo para uma
avulsa? Está pedindo para destruir esse namoro que já é contra a lei.
Outro romance de Pirulita que vai
para o ralo da banheira de hidromassagem muito em breve é o de Spencer e
Tobinha. O moço passa o tempo todo se
despindo e continua sem conseguir o que mais deseja: o toba de Spencer. Não sei
mais como ela pode rejeitá-lo, mas sei que tem gente dando graças a Deus porque
Tobinha é membro do –A Team. Ainda acho que ele está nessa como agente duplo,
mas cada um é livre para pensar como quiser.
Estranho mesmo é o lance entre
Mona e Jason. Adoro as insinuações de que era ele encaixotando Aria com o
defunto naquele trem, mas suspeito que não vai passar disso. Muito diferente é
a situação de Toby deve mesmo ter tentado atropelar Lucas. Ou não. Em PLL a gente
nunca sabe de nada.
Para falar a verdade, sabemos de
uma coisa: Alisson chantageou Elle, ameaçando contar para Ella sobre o affair
com Meredith. O pior é ver Aria segurando a informação. Se fosse aqui em casa a
merda ia direto pro ventilador e todo mundo ia sair sujo dessa. Não ia rolar
essa conversinha de “não posso falar nada agora que estou me dando bem com
papai”. Inclusive porque a essa altura, depois de tudo o que já aconteceu, ter
o pai como suspeito é desculpa para fugir de casa o quanto antes. Ainda mais
com Elle trazendo sua ex-amante para a casa da família. Desculpem, mas nem se
ela estivesse em estado terminal isso seria aceitável.
Um bom exemplo a seguir é o de
Emily, que acha que virou Rapunzel presa na torre, só que pior, porque com
tecnologia que fecha a janela pelo celular, não dá nem pra jogar as tranças.
Também quero saber como é que o gerente do motel fuleiro onde ficava o ‘covil
da Mona’ virou zelador da escola. Se pararmos pra analisar é muita gente
circulando nessa escola sem o menor propósito além de escrever cartas em
diários e decorar o lugar com máscaras estranhas.
Falando em estranheza, ninguém
foi mais bizarra que a avó de Hanna cantando o hino, mas confesso que ri quando
deram a largada da corrida no meio da cantoria. Essa mulher deve ser
considerada a versão americana da Vanusa, por sua apresentação risonha e
límpida.
No meio de tanta informação,
sabemos ainda que Jenna mudou de escola e que a situação continua tão enrolada
quando antes, ou até pior. Por enquanto, esse estilo bagunçado funciona, mas já
tem gente reclamando que falta um pouco de objetividade em Pretty Little Liars.
Não ligo para a falta de conteúdo real se o episódio for divertido, mas é
preciso cuidado. A essa altura mais coisas precisam se definir e pelo menos uma
parte das pontas soltas merecem alguma amarração.