segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Nashville 1x11: You Win Again


A guerra de egos continua.
Chegamos à metade da primeira temporada de Nashville e esse é um momento decisivo, principalmente para o público. Será que está valendo a pena acompanhar essa história? Confesso que tenho algumas dúvidas quanto a isso, porque tenho tido a constante sensação de que a série não sai do lugar. Não é nem que não desenvolvam as tramas, mas é o ritmo em si. Tento ser sempre positiva, porque a verdade é que eu quero muito ser capaz de adorar Nashville, mas não chego lá, exatamente. As canções são ótimas e gosto do elenco, mas em termos de roteiro, aproveito para fazer um trocadilho musical e dizer que falta ritmo.
Sei de muita gente que está simplesmente se esquecendo de assistir aos episódios e, com tudo se desenvolvendo na marcha lenta, não é de espantar. A falta de consequências é um grande problema também, porque vemos muita reclamação de certos personagens, mas nenhuma ação concreta. Numa rápida análise, a trama de Avery é a mais desenvolvida até agora. Ele foi de namorado apagado a músico egocêntrico que pisa em todo mundo para emplacar a carreira. E ele conseguiu, pois tem contrato, faz shows e distribui recalque para aqueles que ainda não tiveram a mesma sorte que ele.
Não sei se todos se lembram do episódio Piloto, mas ali havia a insinuação clara de que Scarlett e Gunnar iriam estourar nas paradas de sucesso e dominar o mercado do country. Até agora estão pelejando, com um contrato que não os levou a lugar algum, tendo de pegar a banda descartada de Avery para mudar de estratégia. Sim, existe a ideia de que esse dois são super legais e nunca vão abandonar a banda, mas isso é o clichê dos clichês, convenhamos.
Deacon continua dando murro em ponta de faca. Tem essa relação estranha com Rayna que já causa aquele revirar de olhos a cada lembrança. Seria o grande casal da série se soubessem levar a coisa toda, mas é complicado. Entendemos que existe bagagem emocional entre eles, mas ao mesmo tempo, ninguém se importa muito com coisas que são sempre ditas ao léu, sem nunca chegarem ao cerne da questão.  Rayna tem trauma e casou com um babaca? Deacon nunca se entregou ao sucesso que deveria ter para ficar perto da mulher que o rejeitou? Entendemos isso há 10 episódios e a história não sai desse eterno mimimi. Dou crédito, apenas, à primeira reação real de Deacon, que aconteceu nessa semana.  Estava na hora de ele mostrar para Rayna que não depende dela e que faz o que bem entender.
Aliás, Rayna se transformou num dos personagens mais escrotos da série. Uma mulher adulta, com filhas crescidinhas, fazendo birrinha para uma colega de trabalho? Sério? Chega a ser ridículo. Rayna ri e debocha de Juliette o tempo todo. Nem quero dizer que Juliette é super madura, porque também não é, mas o caso de Rayna é grave. Ela parece uma daquelas adolescentes populares que sente prazer em humilhar alguém mais novo. É de dar nojo.
As cenas do show, em que ela se esfrega em Liam e os se unem para irritar Juliette no avião são apenas patéticas. Também é duro de entender porque Rayna é considerada tão genial e recebe muito mais atenção. Forçam demais a barra para que Juliette sinta raiva e rancor e é preciso acertar o tom disso tudo. Nunca que os empresários deixariam passar um pôster que destacasse uma mais do que a outra, por exemplo. Todos esses acontecimentos denotam muita falta de profissionalismo, mas não é o objetivo do roteiro, que pretende apenas aumentar uma rixa idiota com coisas idiotas e dignas de jardim de infância.
Outro assunto que já deu é esse da mãe drogada e louca de Juliette. Nunca gostei dessa história, mas o pessoal que escreve Nashville, ao que tudo indica, não sabe a hora de largar o osso. Os ataques de Juliette na presença da mãe são compreensíveis, mas aborrecem, porque nada muda concretamente e ela não decide se sente pena ou se massacra a mulher em público. Não dá mais para insistirem nisso, porque é uma rotina chatíssima.
Nem aguento falar de Ted, que apronta todas (continua aprontando) e exige um casamento normal depois disso. Vai demorar quanto tempo mais para as atitudes aparecerem na série? Para a história sobre Maddie vir à tona? Está passando da hora de Nashville acertar a cadência dos acontecimentos. Trama desenvolvida com cuidado é diferente de trama que não se desenvolve. Mas aí, talvez, os roteiristas achem que insinuar que há um clima estranho entre Rayna e Liam seja algo muito animador. Não é. E isso veio meio que do nada, porque até esse episódio a relação entre eles era bem normal e sem o fator sexual na equação. É nesse momento que fica notável que Nashville está meio perdida dentro de si mesma e se isso não mudar, o resultado não será nada bom.
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Viviane Simão disse...

AFF! Reclama tanto da série estar perdida, mas revisou seu próprio texto? Pq ele tb não se desenvolve de forma alguma... raso feito a profundidade de um pires

Neon Goulding Alum disse...

Concordo em alguns pontos. A série tem um desenvolvimento razoável. Mas, falta "ação". Falta as consequências que você mesmo citou. Ela engata e quando pensamos que vai, breca de novo. Mesmo assim, tô me sentindo obrigado a acompanhar, ainda. Diferente de TSC, acredito que essa, realmente, tome um bom rumo.