Mudanças à vista.
Mais uma vez, o hospital entra em
crise e esse parece ser um dos recursos favoritos da equipe de roteiristas de
Grey’s Anatomy, que continua muito bem, ao apresentar episódios simples, mas
significativos. É justamente nesse ‘miolo’ das temporadas, onde não há grandes
eventos, que realmente aprecio a série. É por isso também que depois de nove anos
há tanta gente ainda presa à história, até porque, os grandes twists tem sido
controversos.
Apesar de nem um pouco nova, a
trama da crise no Seattle Grace Mercy Death está sendo bem conduzida. Nada mais
natural do que a presença de uma pessoa que gerencie a crise e os gastos por
lá, depois de um grande baque financeiro. Ainda não descarto a possibilidade de
as vítimas do acidente de avião se compadecerem e usarem a grana para se tornarem
sócias ou donas do hospital. A agressividade Bailey, já no final, incita isso,
assim como a reação de Derek à noticia de que o pronto-socorro será fechado.
Enquanto isso não acontece Alana
(Constace Zimmer) tem a função de observar e sugerir mudanças. Um agente
externo é sempre causa de estresse no ambiente de trabalho e, como as consequências
do acidente ainda não acabaram de repercutir, a coisa é ainda pior. Alana chega
bem no retorno de Derek à sala de cirurgia e justo quando Arizona experimenta dores
terríveis causadas pela síndrome do membro fantasma, o que potencializa a
impressão de que a coisa, por ali, está bastante crítica.
O interessante é notar que Owen está
conseguindo aparar essas arestas e tentando proteger sua equipe. Gostei de ver
a participação dele no caso de Arizona, principalmente, porque Derek foi
perfeitamente capaz de se impor sozinho. É estranho porque Alana é e não uma
inimiga nesse momento. Difícil decidir o que pensar sobre ela, embora Callie já
tenha decidido que a mulher não vale um centavo.
Os problemas hormonais de
Meredith começam engraçados, mas acabam mudando de rumo totalmente. Ela acaba
até exagerando nas reações com Shane e aqui, Bailey foi pontual ao lembrá-la de
erros do passado e que fizeram parte do processo de aprendizado. Foi bom vê-la
superando traumas e entrando naquele avião, para buscar o fígado do
transplante. O episódio foi cheio dessas pequenas vitórias pessoais.
Quem assumiu o lado cômico foi
Cristina, que não consegue esconder a alegria por existirem crianças com
doenças raras. Aquelas reações são a cara dela e apesar de um tanto
calculistas, no tom certo, saíram como boas piadas.
Já revelei que estou ganhando
apreço por Kepner, então, fico torcendo por ele e pelo paramédico, porque a
safadinha estava adorando ser cantada em pleno horário de trabalho. Acho que
Avery pode não curtir a ideia, apesar de suas constantes fugas sexuais com
Stephanie.
Agora, se tem uma coisa que
realmente chamou a atenção, foi a estranha relação entre Richard e Alana. Ele
vem todo amigável e ela permanece na defensiva, cheia de estupidez. Sabemos apenas
que ela foi aluna dele, há muitos anos, mas há mais ingredientes nesse
caldeirão. O complicado, aqui, é arriscar um palpite.
P.S* Estão conseguindo fazer bom uso de alguns dos novos internos. Jo, Shane e Stephanie são exemplos disso, mas os demais são inúteis.
P.S* Muito boa a sequência em que Kepner ensina como comandar uma sala de emergência.