Quando ele crescer, vai pensar se
aceita o convite para ser parte da equipe Five-0.
No último episódio de Hawaii Five-0
em 2012, a invasão da criançada continua. Semana passada, vimos um grupo de
meninas “na natureza selvagem” e agora é a vez de um garoto marcar presença,
fazendo Steve mostrar seu lado ‘pai do ano’ e lembrar de si mesmo aos 13 anos
de idade.
Como sempre, a série mantém o ritmo
e o bom nível de qualidade no episódio, mas o desgaste do formato se faz
presente em alguns momentos, tanto é que cada vez menos gente comenta sobre
H5-0. Natural que isso aconteça com procedurals, muito embora estejamos falando
de uma série que consegue deixar o humor fluir e entregar boas sequências de
ação.
Caso da vez é sobre o sumiço de
um comerciante local, pai do garoto que Steve encontra na delegacia e com quem ele
rapidamente se identifica. O mais importante sobre a situação toda é que Catherine
vai ganhando mais espaço dentro dos acontecimentos e praticamente já é um
membro da Five-0. Imagino que, em breve, vão incluí-la na equipe de alguma
forma, porque não tem como essa mulher trabalhar num emprego que não é o dela.
Inclusive, ela está de partida para uma temporada com os Navy Seals, o que não
pode durar muito, porque foi fixada no elenco.
Como ela é a versão feminina de Steve,
Catherine é capaz de destruir a cara de um bandido com chutes e não perder a
delicadeza, então, acho que a personagem é uma boa adição, inclusive porque o
namorico com Steve gera momentos interessantes.
O papel de Catherine na
investigação meio que vai provando que ela e Steve estão preparados para ter
uma família, por mais estranho que isso pareça. Ambos cuidam do garoto e o
ajudam a descobrir o paradeiro do pai, agindo com profissionalismo, mas um tato
apurado para quem não deveria ter o menos talento com crianças.
O caso ainda envolveu Chin e
Danno, que vão a fundo na investigação sobre a venda de ‘moonshine’ batizada
com anti-congelante. É aí que ganhamos a presença de George Takei, ídolo de
Star Trek que encarna um dos (muitos) tios de Chin. As cenas com ele foram engraçadas,
especialmente pela implicância gratuita com Danno, que foi constantemente
acusado de ser ‘haole’ ou branquelo.
Vale dizer que Danno anda redistribuindo
suas piadinhas e implicâncias. Já que ele não tem mais a atenção integral de
Steve, o jeito é focar em Max ou Kamekona. Os dois sempre respondem à altura.
Inclusive, a cena em que Danno ajuda Kamekona a conseguir um descontinho maroto
na compra de um helicóptero é hilária, assim como o final, em que todos são
presenteados com um voo, para quando Kamekona conseguir se tornar piloto.
O começo do episódio também é
excelente ao pontuar a estranha relação de Steve e Catherine. No começo achei
que era brincadeira e que Steve não poderia achar que aquela refeição no carro
era um encontro romântico, mas depois a gente entende que, para ele, aquilo ali
era quase uma declaração de amor. Obviamente, preferi vê-lo de smoking.
Só senti falta de mostrarem a
ceia natalina dos McGarret. Cada descrição que saía da imaginação de Danno ia
dando mais vontade de ver essa festa, mas ficou só por isso mesmo e pela imagem
de Kamekona vestido em seu tradicional traje de Papai Noel.