Quando o caso da semana é tudo o que faz sentido.
The Good Wife está fora de rumo e desse fato ninguém (ou
quase ninguém) discorda. A temporada está instável, feita de episódios que não
passam de qualidade mediana, quando não alcançam níveis inimagináveis de
chatice e a pergunta que não cala é: E aí?
Já são oito episódios, o que representa praticamente metade
da temporada e até agora a trama central (que é qual, mesmo?) ainda não decolou.
Ficamos entre as finanças do escritório, a campanha de Peter, o marido de Kalinda
e a rotina familiar de Alicia. Nada disso é interessante e conseguiram tirar o
brilho até de Eli Gold, antes sempre pontual em qualquer aparição, ainda que
mínima.
O que realmente nos resta são os casos da semana e o dessa é
focado no velho drama de Will e sua suspensão de seis meses. A falta de assunto
é tão grande que precisam remexer numa coisa que nem quando estava em pauta
chamava muito a atenção. Pelo menos, dá para dizer que a relação estabelecida
entre Will e o juiz Creary foi o ponto alto do episódio, assim como toda a
briga para retirá-lo do caso de assassinato. O interesse vem mais de questões
éticas e da dualidade da situação. A participação de Amanda Peet como Laura Hellinger
também segue bem. Mas convenhamos, fora isso, não resta muito que dizer.
Depois temos os diálogos entre Will e Kalinda. O assunto é
ciúme e como essa mulher reclama, mas continua dormindo com Nick, não dá para
entender nada. Desculpem, não vou aceitar o argumento de que ela o está enganando
até o golpe final. Não vou aceitar porque estamos falando de Kalinda e ninguém
obrigaria essa mulher a absolutamente nada que ela não quisesse fazer. Se Nick
veio para mostrar esse lado submisso da personagem, já passou da hora de
partir, apesar de que essa surra em Cary pode acabar rendendo algo mais que
hematomas, para o personagem e para a trama.
Só continuo mesmo sem entender porque passamos metade do
episódio indo para o matinho com Grace e seu novo “amigo”. O lance do suicídio
da colega não tem ligação com nada do que está acontecendo na série e a vida de
adolescente dos filhos de Alicia prova, mais uma vez, não ser apenas inútil,
mas extremamente inútil.
O fato de Zach trabalhar em segredo na campanha do pai é
outra imensa balela, servindo só pra mostrar como Alicia é uma mãe dominadora.
Deixar o moleque trabalhar não é nenhum mega problema, como os olhares dela
sempre sugerem e como Alicia fica fora de casa o dia todo, não é como se pudesse
controlar 100% das atividades dos filhos. Zach estar num escritório de
campanha, cercado de gente conhecida, é até um alívio, diante de opções muito
piores.
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