Um episódio que prova que ser nerd pode ser muito perigoso.
Muita gente adorou o episódio de Hawaii Five-0 da semana
passada, chegando a dizer que era o melhor da temporada, mas confesso, sem
vergonha alguma, que gostei muito mais desse, em que Kono ganha a chance de
distribuir algumas pancadas. Não é pela personagem em si, mas pela história. O
caso da semana foi muito mais interessante, embora eu também elogie o episódio
anterior.
É preciso ressaltar a qualidade das cenas de ação “realistas”.
É engraçado como, às vezes, o pessoal reclama dessa parte de H5-0, dizendo que
nada disso aconteceria de verdade. Essa é a questão. A verdade não é tão
emocionante e eu fico com Steve sendo arrastado na parte de baixo de um carro,
só para colocar explosivos na porta traseira e arrancar o motorista do volante
na base do soco.
Sério, essa sequência foi linda e me fez pensar como é que
Kono não foi atingida em meio ao tiroteio, mas claro, deve ser sorte, porque só
uma pessoa sortuda escapa da morte como ela. Primeiro resgata das águas por
Adam Noshimuri e agora ela também é à prova de bala. Adorei que os bandidos
sequer pensam em revistá-la quando descobre dois pequenos detalhes: ela era da
Five-0 e tinha a senha. Se o nerdzinho não sofresse do coração poderia
sobreviver diante de sequestradores tão burrinhos.
Esse núcleo familiar fez diferença. A relação sentimental
com o defunto da semana foi estabelecida rapidamente e depois, ficamos com pena
dos pais e do irmãozinho autista. Fiquei esperando o moleque olhar para Kono e
revivar os olhos quando ela pediu que ele repetisse a ordem dos elementos na
tabela periódica pela centésima vez. O menino foi educado, mas tinha o plano de
manter o distintivo e se tornar membro da Five-0 mirim.
Nessa situação, Chin vai acumulando culpa por achar que
colocou a prima em risco mais uma vez (o que é uma tremenda bobagem). A parte
humorística estava um pouco reduzida, mas Max deu conta do recado em sua rápida
interação com Danno, dentro do laboratório.
Claro que o assunto ‘mãe do Steve’ continua e adoro a
delicadeza com que Mary Ann descobre que a mãe está viva, mas o destaque fica
com velhinho de quem ela cuidava. Tapinhas na bunda, comentários escrotos e no
fim, uma lição de vida. Sem ele, Mary ficaria sem ver a mãe e sua visita ao Hawaii
seria apenas um passeio por cemitérios militares. A cena entre as duas foi
bonita e Steve fica satisfeito ao observar sua família, mas isso deve durar
pouco. Se Mary ainda estiver presente no próximo episódio, ela e a mãe vão se
unir para atormentá-lo para sempre.
P.S*Acho a maior balela esse papo de “a morte do seu filho
não foi em vão”.
P.S*Toast grande figuraça.