sábado, 17 de novembro de 2012

Glee 4x06: Glease


 Glease, baby. Glease!


Sendo grande fã de musicais, sempre me perguntei por que Glee não embaraçava num episódio dedicado a Grease, com toda a malemolência de John Travolta e Olivia Newton John. A atriz, inclusive, já participou da série e um dos números principais de Grease (Summer Nights), havia sido reproduzido, com Chord Overstreet sendo Danny Zuko e Amber Riley dando uma de Sandy. O musical é tão bom que figura entre os meus favoritos de Glee na 3ª terceira temporada. Ali mesmo dava para ver que produtores e roteiristas gostavam desse filme e a pergunta continuava. Pelo menos até a notícia de que Glease viria, nessa 4ª temporada.
Do modo como a história foi conduzida, acho que o episódio foi ótimo para quem gosta e para quem não gosta de Grease. Apesar da integração entre as tramas, muita coisa que é absolutamente Glee continuou em pauta, mas se o que você abomina são os musicais de Grease... Aí não teve muita escapatória, apesar da excelente execução de todos eles, fica difícil gostar se você não curte Grease. Acho que é o mesmo efeito sentido por quem nunca gostou de Rocky Horror Picture Show.
Uma das coisas que continua chamando atenção é a integração dos núcleos. Fico sempre curiosa para saber como vão fazer para que uma música caiba perfeitamente em Lima e em NY, mas a coisa sempre sai a contento. “There Are Worse Things I Can Do” é um exemplo disso. Primeiro porque deflagra a questão de Unique interpretando Rizzo ser um risco para ele mesmo. Trouxeram até meu argumento da semana passada, sobre ele já ter feito o mesmo com o Vocal Adrenaline, mas dizendo que o público de Ohio é muito conservador. O pior é que é verdade, mas ainda assim, me pareceu apenas uma desculpa esfarrapada para enfiar Santana no meio do episódio e acalmar a ira dos extremistas do grupo xiita “Faltou Fulano”.
Gostei muito do episódio, mas essa crítica não deixo escapar. Não vejo sentido em Finn trazer Santana, que nem é mais aluna do colégio, para ocupar uma vaga que deveria ser de alguém dali, inclusive porque Tina estava pronta para ser Rizzo e Jan (que segundo Finn faria imensa falta) é uma figurante de terceiro nível em Grease, tendo duas ou três falas avulsas durante todo o filme. Desculpem os amantes de Britanna, mas é verdade. O assunto entre as duas estava perfeitamente encerrado e trazer Santana só para chorar mais um pouco a saudade de Brittany é absolutamente sem propósito.
Pelo menos a canção ficou perfeita nas vozes de Santana, Unique e Cassandra, que de NY dava uma de vilã megaevil, se jogando na sedução pelo corpinho de Brody, algo que é totalmente compreensível por motivos lógicos e pela raiva que ela deve sentir de Rachel, que além de ser meio folgada (era boa intenção, eu sei, mas olha pra quem ela foi sugerir o recomeço de carreira) é jovem e tem tudo pela frente, com boas chances de sucesso.
Com essa bela sambada na cara é que Rachel começa a notar que gosta de Brody, mas antes ela e Finn têm outra conversa definitiva, porque eles são o casal principal de Glee e podem ter quantas eles decidirem. O mesmo vale para Blaine e Kurt. Fiquei sem entender lhufas do que aconteceu, porque Kurt fica louco querendo ir para Ohio ver o musical e rever Blaine. Segundo ele, porque está sem dormir e precisa ver seu grande amor. Chegando lá, Kurt faz a louca e rejeita Blaine num diálogo que fica até estranho. Porque é que foi até lá atrapalhar nosso Teen Angel, então?
Aproveitando o assunto, será que só eu não reconheci a voz de Blaine nessa música? Estava bonita e tudo, mas meio empostada demais. O visual é que fez a sequência, no final das contas, numa reprodução muito bacana do cenário do filme. Outra coisa muito bem feita foi a versão de “Look At Me, I’m Sandra Dee”, em que fica óbvio que Rizzo é, na verdade, o grande papel de Kitty, a cheerleader de 40 anos. Ela mandou muito bem ali, acrescentando requintes de crueldade, mas dessa vez, não vou achar ruim. Marley tem que ser muito cabeça oca para achar que vai engordar 300 quilos do dia para a noite e que forçar vômito é a solução.
Compreendo a neura com engordar e tudo o mais, o motivo alegado, que é a própria mãe de Marley ser obesa, faz muito sentido, mas não tem cabimento uma menina magérrima como ela ficar maluca com as insinuações de Kitty. Na verdade, não sei como Marley ainda não arrancou os cabelos de Kitty, porque só tendo sangue de barata para sofrer calada e continuar fazendo cara de pobrezinha. Isso tem que acabar ou Marley vai se tornar odiada. Ninguém atura passividade extrema, nem os fãs de Glee.
A intervenção de Ryder com a história de seu primo que abusou de laxantes vem em boa hora, mas nem mesmo a transformação de Marley numa Sandy mais decidida muda a situação. Ela continua fazendo biquinho de “não gosti” a cada ataque de Kitty (que finge ser amiguinha agora). Pelo menos essa pose de menina indefesa funciona com Ryder e Jake, que observa à distância o novo casal se beijar pela primeira vez.
Outro elogio a Blake se faz necessário. Ele realmente dominou o papel de protagonista e segue muito bem nesse segundo episódio em que participa. Espero que ele não saia da série nunca mais, até porque, se tem lugar para uma múmia como Samuel Larsen, Blake e seu Ryder ficam meio que garantidos. A melhor música do episódio é “Greased Lightning”, cantada por Ryder e Sam. Coreografia de Grease com alguns elementos mais modernos e interpretação muito boa da canção. Impossível piscar os olhos.
Muito bacana também foi ver a divisão de “You’re The One That I Want”, outro clássico de Grease, que começa com Blake e Marley e termina relembrando que Rachel e Finn também já cantaram essa música, lá na primeira temporada. Foi a primeira música deles juntos e a produção lembrou de inserir as imagens. A sequência faz questão de trazer esse clima de nostalgia, reunindo o antigo New Directions naquele palco, só que apenas na imaginação de cada um deles. Foi um momento bonito, especialmente porque Will está saindo de cena (como se ele fosse muito presente) e deixando Finn no comando. Até aqui, Cory Monteith segue bem na função, mostrando que Finn ainda pode surpreender. Sue Sylvester, sua mais nova inimiga, que o diga.


P.S* Única pessoa madura é Tina, que encara o fim do namoro com Mike como de ve ser.

P.S* Impressionante como esses dois episódios dedicados à Grease funcionam bem.
 
Músicas no episódio:
"Greased Lightning": Ryder (Blake Jenner), Sam (Chord Overstreet), Jake (Jacob Artist), Joe (Samuel Larsen) e Mike (Harry Shum Jr.)
 "Look At Me, I'm Sandra Dee": Kitty (Becca Tobin)
 "Beauty School Drop Out": Blaine (Darren Criss)
"Look At Me I'm Sandra Dee (Reprise)": Marley (Melissa Benoist)
 "There Are Worse Things I Can Do": Santana (Naya Rivera), Unique (Alex Newell) e Cassandra (Kate Hudson)
 "You're The One That I Want": Rachel (Lea Michele), Finn (Cory Monteith), Marley (Melissa Benoist), Ryder (Blake Jenner) e New Directions
Comentários
9 Comentários

9 comentários:

Bianca disse...

Não lembrava que tinha sido a primeira música Finnchel, mas amei essa retomada também! Foi de partir o coração!

Rayssa disse...

Também não entendi lhufas dessas conversas de Kurt e Blaine e, muito menos, de Finn e Rachel. Tudo bem que eu me importo muuuuu...uuuuito mais com esses ultimos e não acreditei nessa história da Rachel gostar do Brody até porque antes ela tava se imaginando com o Finn em You're the one that I want, enfim, mas adorei as atuações de Cory e Lea nessa cena, assim como Kate Hudson atacada no telefone.

Admito que Santana apareceu sem motivo (pobre Samuel chamou atenção pra isso mas ngm prestou atenção, como sempre) mas com ela nunca tem uma cena perdida, ela sempre arraza.

Não acho um absurdo a Marley achar que ta gorda mesmo estando magérrima, as meninas com anorexia/bulimia são assim mesmo; e não vão parar por aí com esse plot, pelo que eu li.

Blake continua on fire, possuindo tudo que tia Ryan escreve pra ele, e sempre sensualizando em suas performances, é incrível como ele rapidamente se integrou à série e aos outros personagens coisa que o Blaine até hoje não conseguiu fazer, ele, no máximo, tem algumas cenas com Finn ou Sam, além de Kurt, não é a toa que ele tá sempre cantando sozinho em todos os episódios, aliás esse solo de Glease, foi mais um filler, o cenário ficou legal mas era dispensável.

No mais, glee continua muito bem, desde a 1º temporada ela não esteve tão boa, que continue assim!

Jeferson Huffermann disse...

Não sei se é ponto negativo ou não, mas ninguém mais achou a voz da Marley nas músicas absolutamente IGUAL a da Olivia Newton-John? Toda vez que ela cantava eu pensava "Olivinha, é você?" xD

Dany Wen disse...

Que episódio lindo foi esse?
Primeira coisa a dizer é que o núcleo de Ohio voltou a ter vida depois que Ryder nos foi apresentado. E que os movimentos do quadril de Blake no começo de The One that I want só foi superada pela shirtless do Brody. Quem pode culpar Cassandra pelo que ela fez?
Também achei Greased Lightning a melhor música do episódio, assim como a aparição de Santana algo desnecessário. Amo essa garota, mas Tina podia muito bem ter interpretado Rizzo.
Melhor conversa do mundo essa última da Rachel com o Finn. Pelamor, que dessa vez o romance deles esteja morto, cremado e com as cinzas jogadas ao mar. Nunca combinaram, e Rachel tem que achar alguém com tanta ambição quanto ela, ou ficar sozinha mesmo. C'est la vie.

Willian disse...

Tive sérios problemas com esse episódio. E olha que vinha achando esta última temporada de Glee como possível candidata a melhor... mas, mesmo sendo gleek ou fã xiita, só posso dizer que algumas burradas de roteiro e direção fizeram com que eu achasse Glease o mais fraco episódio da season 4 até então. De qualquer forma, Glee estava em forma: nem maravilhoso, nem ruim; simplesmente, bom para o padrão da série. Quanto aos números musicais, só posso dizer o quanto quase chorei quando vi o flashback de Rachel e Finn! Lembro-me que, lá no meio de 2009, quando Glee exibiu seu pilot, fiquei super animado com a possibilidade de Glee algum dia "terminar", fazer uma versão completa da música. Sério: foram quatro temporadas e o dia chegou!!! Foi lindo! Independente de ter achado que Glee decaiu um pouquinho em Glease, só essa interpretaçãozinha e o final já me fizeram recobrir os ânimos. Agora é só esperar pelo Dynamic Duets...

Cacá SS disse...

Daqueles episódios que nos fazem terminar com um sorriso bobo no rosto! Delicioso! 
 
Bom, eu adoro musicais, Grease está entre os que mais gosto e como fiz minha lição de casa direitinho e re-assisti o filme antes do episódio, já estava no clima e com todas as músicas na cabeça. Eu fiquei emocionadinha de ver os New Directions originais no musical com direito a flashback de Finn e Rachel e a primeira música que eles cantaram juntos. Nunca curti tanto o casal, mas me envolvi bastante com a cena. E o quanto Tina estava atacada o episódio inteiro! Adorei! 
 
Só uma coisa, esse plot dos pais da Unique (que Britanny ainda acha que é a Mercedes) não deixarem participar do musical já foi usado com os pais do Mike em Rocky Horror... 
 
Agora vamos falar de Ryder! Se eu fosse Titia nunca mais largava ele! Gostava do Blake em TGP, mas achava que um personagem para Turquenga seria mais interessante. Retiro tudo! Nesses 2 episódios estou mais que apaixonada por ele e torcendo para que ele e Marley continuem como o casal mais fofo da temporada - apesar daquela eterna cara de ~sufrida~ dela!  

Guida_regina disse...

Adorei o episódio até porque como você pediu fiz a lição de casa e assistir Grease e adorei, deveria ter assistido antes.
Primeiramente não tem como amar o Blake, ou Ryder, esse menino é lindo, carismático e canta e dança muito bem, ele deu vida ao núcleo do Mckinley, que para mim está agora tão interessante quanto NY. 
Sobre a Rachel, eu adoro ela, mas apesar da professora ter sido bitch mesmo, a Rachel deu mole se não fosse Prof Bitch seria outra se apossando daquele lindo corpo, Berry deu mole e perdeu!
E sobre Marley gosto dela, mas também concordo com você, se ela ficar nessa passividade vai ficar muito chata mesmo e o pobre Jake perdeu a garota e o espaço Ryder tá no comando agora.
Blaine porre! Pela promo do próximo episódio talvez ele volte para antiga escola, ou só flerte em voltar, mas eu vou gostar porque ele tá bem chatinho, também não entendi nada a conversa dele com o Kurt.
Eu adoro o elenco antigo e adorei sentir a nostalgia, mas não tenho tanto apego assim, para mim Mercedes e Mike nem precisavam voltar, não fazem falta e gosto de Santanna, mas se for para aparecer sem motivo, para mim não precisa nem aparecer porque tira espaço de outras histórias que precisam ser contada.
Adorei a review!

Caroline® disse...

Delicinha de episódio. Fiquei o tempo todo esperando a Sue fazer algo pra melar o musical (o cúmulo foi imaginar a roupa da Marley rasgando no meio do palco....), mas que bom que ela parou só barrando a Unique. A Marley tem razão em temer a obesidade, considerando a mãe dela, é praticamente uma bomba-relógio. Mas tem que parar com essa cara de cachorro que caiu da mudança, que coitadismo demais é um saco. Santanninha podia ensinar um pouco de "bitchness" pra ela! Ela é bestinha o mesmo tanto que a Rachel era chata. Eu entendi o Kurt: enquanto estava longe, o amor e a saudade falaram mais alto; mas olhar pra cara do Blaine o lembrou do chifre, e a raiva tomou conta. Quanto a Finn, fez a magoada, e a Rachel já tava em outra. Aliás, ela mereceu essa invertida da Cassandra, só uma tonta pra achar que aquela bruaca tava sendo boazinha de graça. E como a Lea ficou mais bonita, hein? Cabelão absurdo. Pra não dizer que não falei de Ryder: ele é muito bom! Mais ainda se a gente comparar com o Finn, que desafinava, era desengonçado e não sabia dançar.

PS: adorei as músicas de Grease, principalmente a primeira e a última. Mas faltou Summer Nights. #prontoreclamei

Brendinhagui disse...

Ok, acho legal reunir o cast veterano,mas desde que seja em participações especiais e não em todo episodio, como vem ocorrendo, acho que isso prejudica o desenvolvimento dos novos personagens e dos personagens que ainda estão no high school, acho que glee tem que seguir em frente os personagens que realmente importam daqui pra frente, achei por exemplo totalmente nada a ve a presença de santana e mercedes, acho completamente dispensavel a presença de alguns veteranos em todo episodio daqui pra frente. Pq ficou bem claro que dos veteranos que realmente importa sao rachel, kurt, e finn. de resto ninguem se importa inclusive os relacionamentos de rachel e finn e kurt e blaine .
portanto nao achei o episodio tao bom assim