Aos pouquinhos, Emily Owens M.D
vai ganhando seu lugar de comédia romântica bacaninha nas watchlists por aí.
Essa semana vem com bem menos interrupções no ‘voice over’ e, apesar de esse
ser um elemento bem interessante algumas vezes, o uso com moderação ainda é
recomendado. O resultado é que gostei bem mais desse episódio e fiquei menos
aflita com as ideias doidas de Emily. Saber o que ela está pensando é tão
vergonhoso que me assusta de vez em quando, só pelo medo de como ela vai
reagir.
Na verdade, esse envolvimento é a
melhor parte da série. Quando sabemos o que Emily pretende já surge aquele “ai,
ai, ai” ecoando em nossas cabeças. Ela vai fazer merda. E das grandes. Só que
às vezes, Emily também acerta.
A temática das doenças
sexualmente transmissíveis foi ótima. Além de obrigar Emily a literalmente
voltar à escola mostra a sensibilidade da personagem. Tive pena ao vê-la naquele
auditório, rodeada de meninas boçais que acham legal pegar gonorreia e fazer
piada com um profissional. Emily, no entanto, se saiu muito bem, lidando com a
pressão muito melhor do que jamais esperei, inclusive porque o nojo ambulante
que é Cassandra estava lá para zombar dela.
Tenho tanta bronca dessa mulher que fico em
dúvida se isso é pelo trabalho da atriz em parecer uma pessoinha detestável.
Nem quando Emily é simpática aos problemas dela na sala de operações Cassandra
deixa de ser assim. O pior é saber que Will já está de olho nela e só enxerga
uma moça frágil. Se ele pensa assim, já posso dar um bom defeito para a lista
de Emily: burro demais. Se ele não fosse
a cara de Justin Hartley (oiq?) era para cortar relações de vez.
O problema é que Will é um cara
legal. Dá para notar que ele não é apenas um musculoso babaca que se acha o
centro do universo. Daí, quando vemos o “fator tangerina” fica ainda mais
complicado e nos juntamos às divagações amorosas de Emily. Como não ser
apaixonada por alguém que ensina baseball de modo tão sensual (e porque não
dizer, sensual?).
Pior do que gostar de Samantha é
achar a Drª Bandari algo que preste. Outra personagem que enoja e deixa dúvida
sobre o talento da atriz. Enquanto isso, Micah vai ganhando pontos e se
transforma num chefe bem legal, desses que estimula o trabalho sem colocar uma
pressão absurda na equipe.
Foi bem legal mostrarem que ele
não é um completo perdedor e que tem mulheres que se interessam por ele. Tanto é que Emily logo percebe e faz até piada
com a pretendente de Micah. O que ela nem imagina é que esse jeito brincalhão,
atrapalhado e natural que consegue ter com ele está chamando a atenção.
Olhadinha de Micah antes de ir atrás de seu encontro da noite disse tudo.
Juro que estou no maior esforço
para gostar da amiga lésbica, mas ela não me convence. Talvez seja pelo humor
distorcido da personagem e pela pouca quantidade de cenas em que ela esteve
nesses três episódios, mas sei lá. Nem quando ela ajuda Emily a descobrir um
fungo misterioso e age com inteligência no trato com os pacientes consigo
relevar.