O mundo é pequeno e as pessoas nunca mudam.
Já é tradição dizer que Sons Of Anarchy fez um episódio
ótimo e o elogio se repete. Dessa vez sem o incrível senso de humor de Kurt
Sutter, mas voltando ao drama e à violência, temas que a série domina com
perfeição.
Foi uma semana bastante intensa, de descobertas e vinganças,
que se unem para formar um cenário ainda mais preocupante para o clube. Como
esse é o meio da temporada, estamos naquele momento em que as coisas se embolam
e entram em derrocada. É disso para pior, podem apostar.
O principal, é claro, fica por conta de Clay. As máscaras
caem, mas a maioria de nós sequer se deixou enganar. O que não vi ninguém
cogitar foi o envolvimento dele com as invasões em Charming. Era tão óbvio e
estava tão na cara que passou despercebido. Ao mesmo tempo, dá até para
levantar a plaquinha de “Eu já sabia”. Só mesmo Jax, Gemma e o pessoal do clube
para se deixarem enganar por aquele visual de homem decrépito, carregando
tanque de oxigênio, tentando demonstrar fragilidade e arrependimento.
Clay é um assassino e grandessíssimo filha da puta (com o
perdão da expressão). Pessoas não mudam em sua essência, não importa o que
digam livros de autoajuda e gente que acredita num mundo cor-de-rosa. Uma vez
sacana, sempre sacana. Clay comanda seu próprio clube, uma facção, praticamente.
E esse grupo se formou para derrubar o reinado de Jax e causar insegurança em
Charming. Ao notar a encrenca na delegacia com o grupo de Niners, Clay viu uma
oportunidade de se impor também ali e a “brincadeira” acabou com a esposa do
delegado Roosevelt morta.
Sem dúvida o clube fica sob holofotes depois dessa,
inclusive, porque existe o registro de DNA, mas talvez Clay e sua trupe ainda
arrumem um jeito de resolver essa pendência. Está claro, apenas, que Unser
ainda não percebeu a verdade e que Roosevelt pode acabar seguindo os passos de
seus predecessores no cargo, ajudando Jax a controlar esse “probleminha”.
Também começo a apostar que a resolução do caso (e por resolução eu só enxergo
a morte de Clay e seus comparsas) fique por conta de Juice, que virou braço
direito de Clay, mas também não sabe da missa a metade.
Uma das sequências mais insanas ficou por conta do suicídio de
Carla na casa de Gemma. Não imaginava aquele desfecho e por isso mesmo foi
chocante, mas a coisa de mandar que Gemma e Nero tirassem a roupa e fizessem
sexo na frente dela já estava bem doente.
Outra cena incrível e com altas doses de emoção foi a da
vingança pela morte de Oppie. Senti a vibração do ódio e do rancor de Jax ao
esmagar a cabeça do guarda da prisão com um daqueles globos. Intenso demais, para
dizer o mínimo.
Toda aquela violência, aliás, nos leva a verdadeira pessoa
que Jax gostaria de estraçalhar: Pope. Personagem incrível que tem diálogos
muito bem colocados com Jax. É quase como se Pope fosse um desafio tão grande
que o deixasse mais esperto. No momento, Jax dança conforme a música. Faz acordos,
mantém a paz, lucra o quanto pode, mas é óbvio que ele planeja uma escapa
monstruosa dessa situação.
Parte disso depende do sucesso de Tara com Otto e fiquei
impressionada ao ver que ela não saiu reclamando das dificuldades e não
desistiu de seu objetivo. Não sei o que ela vai fazer para conseguir que Otto
mude seu depoimento e tire a operação RICO da lista de ameaças contra a SAMCRO.
Só fica bem claro o que ela NÃO VAI FAZER.
No fim do dia, o que fica é apenas a sensação de que todos
conseguiram sobreviver. Ninguém fala em voz alta sobre os riscos corridos, mas
eles não deixam de existir por isso. Não adianta nem mesmo se afastar e tirar
uns dias na cabana. Todo mundo sabe que para os Sons, paz e felicidade são sentimentos
que duram pouco.
P.S* Muito bom ver que Unser fala umas verdades para Gemma.
P.S* Joe Mc Hale apareceu e vai traçar Gemma. Será? HOT MAMMA.
P.S* Joe Mc Hale apareceu e vai traçar Gemma. Será? HOT MAMMA.