O tigre e o flamingo.
Apesar da pouca audiência e das chances de ser limada da
programação televisiva da CBS, quem continua assistindo Partners não tem
reclamações, pelo menos nenhuma que seja grave. Em apenas quatro episódios a
série conseguiu criar uma identidade e faz rir com facilidade. Minha
experiência pessoal com Partners tem sido de pura diversão, porque dou risada
das maiores bobagens que aparecem no texto, como por exemplo, os títulos de
biografia de Louis: “Shorts e óleo de bebê” - Quando um sai o outro entra em
ação. O melhor, porém fica por conta de Joe que arremata a abertura com “espero
que não seja um livro pop-up”. Para bom entendedor meia palavra basta.
Essa semana o foco ficou mais com o casal principal (Joe e
Louis, em caso de dúvida) e uma tremenda crise depois de 25 anos de amizade.
Devolver a chave do apartamento do melhor amigo é uma barra difícil de aturar
se foi você quem encontrou o local e o decorou, mas especialmente se a
geladeira ali contida armazena seu estoque de carne e vodka. Quem manda Louis
querer fingir que é vegano para bancar o bacana em sua relação com Wyatt?
A situação toda foi bem surreal, especialmente porque Joe
tenta impor limites para uma criatura que desconhece o significado dessa
palavra. Lógico que, no fim, o tratado de amizade, selado com sangue e
purpurina salvou o dia e foi muito bonitinho.
A interação de Louis e Ali também foi excelente. Primeiro
porque os dois têm funcionado incrivelmente bem em cena, depois porque parecia
que ambos se divertiram com o lance da porta e as fechaduras trocadas. Para
quem é tarado por Sophia Bush teve até cena de sutiã, provavelmente uma
tentativa de subir a audiência. Se a coisa continuar mal, semana que vem a
atriz aparecerá não apenas sem a blusa, mas também sem a saia.
Wyatt, é claro, sempre é a cereja do bolo, ao sambar na cara
de Louis, tentando roubar os pontos e falando com o cachorro Alphalpha como se
ele fosse um retardado. Um homem daquele tamanho fazendo beicinho e voz de bebê
é de matar qualquer um. Falando no cachorro, palmas para ele. Ótimo ator canino
que come corujas, mas desenha limites em bacon vegetariano (quem inventou isso
vai queimar no inferno!).