sábado, 20 de outubro de 2012

Nashville 1x02: I Can't Help It (If I'm Still in Love with You)


Parando o trânsito.

Se você, com apenas dois episódios, já se encantou com Nashville, comece a torcer para que a série não seja cancelada. É triste começar uma review jogando na cara de todo mundo que a audiência caiu (e a tendência é piorar), especialmente quando a série consegue seguir muito bem e criar um ambiente interessante de acompanhar.
Não há como negar que o 2º episódio é tão bom quanto o primeiro. De um jeito diferente, mas é. Naturalmente a apresentação de personagens tomou bastante tempo na semana passada, mas nessa não houve perda de tempo. O desenvolvimento das múltiplas tramas ganhou corpo e, além disso, foram capazes de inserir musicais diversos, sem perder o foco ou deixar a impressão de que eles estavam ali para preencher espaço vazio do roteiro. Nashville tem bons produtores e roteiristas que estão dando conta do recado, pelo menos a julgar por esse comecinho.
O comando do show está muitíssimo bem dividido entre Connie Britton e Hayden Panettiere. As duas atrizes literalmente brigam pelos holofotes durante o episódio e cada uma chama a atenção de um modo diferente. Juliette, por exemplo, continua com sua pose de estrelinha manipuladora, mas sua insegurança salta aos olhos.
Ela quer ser Rayna, embora não admita. Ela quer ser reconhecida por seu talento mais do que por sua capacidade enlouquecer adolescentes com músicas de refrão grudento. O curioso é que ela demonstrar ter essa capacidade, basta reparar nos momentos em que ela se dedica a escrever uma música com Deacon. Por trás da pose e da sensualidade forçada, existe uma artista, mas enquanto Juliette seguir sua carreira por meio de conselhos de gente que só pensa em ganhar dinheiro, sua imagem não mudará. Mas esse é o universo do showbusiness. Quem não se adapta vai passar a vida cantando em barzinhos ou demorar o triplo do tempo para se firmar e aparecer, embora haja casos em que a generalização não é válida.
Um exemplo que foge à regra é o de Scarlett e Gunnar, que servem como paralelo para Rayna e Deacon, no inicio de suas carreiras. Se eles entrarem nesse mercado vai ser por motivos diferentes dos de Juliette (e eu declaro aqui que acho sacanagem dizerem que a menina canta mal e usa autotune) e sob a batuta de Watty White, que tradicionalmente só investe em músicos de conteúdo. É preciso dizer que existe imensa química entre Scarlett e Gunnar e que é muito óbvio que ela quase joga tudo para o alto para não magoar o namoradinho, Avery. Está na cara que a reação do moço é puro recalque, mas a apresentação explosiva de Rayna e Deacon muda um pouco o rumo das coisas.
Cena fenomenal, que mostra a química entre os atores e pontua bem o antagonismo de Juliette. Mias forte que o número musical é a cena do carro. “O que vamos fazer agora?”. Pois é. O quê? O que fazer quando com apenas uma canção todos os sentimentos do passado que você tentava esconder vêm à tona? Certamente a decisão de fugir e correr para abraçar um marido que você não ama (ou não ama como o outro) não vai resolver.
Gostei bastante do modo como ganhamos perspectiva rapidamente, tanto sobre o perfil de Teddy (que esconde alguma coisa e será facilmente manipulado pelo sogro, como o diálogo destaca) quanto sobre a relação de Deacon e Rayna. As respostas dela e as expressões faciais para cada inconveniência daquela investigação entregam o jogo e fazem toda a diferença. Só que Rayna não faz ideia de que arranjou uma rival muito insistente. Seja na música ou pelo coração de Deacon, Juliette mostra que não está nessa apenas por brincadeira.
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

Cacá SS disse...

Chocada comigo mesma poque estou ADORANDO essa série. Já comecei minhas simpatias para ela não ser cancelada! 
 
Essa Juliette é tão quenga que dá vontade de dar na cara dela, mas como gosto de personagens assim! Ela está investindo pesado pra roubar o homem da outra, a vida da outra. E por falar na Rayna, claro que ela vai trair o marido que ela ~ama~ com o Deacon, né? Principalmente porque parece que o tal marido não é boa coisa... 

Breno Pinheiro Soares disse...

Simplesmente amando Connizinha!!!! 

Vitorsouza14 disse...

Achei o primeiro episódio tedioso, mas esse segundo me conquistou! A única coisa é que as tramas me parecem um pouco previsíveis... Espero que surpreenda

Connie e Hayden estão ótimas! Aliás, todo o elenco!

Acho muito interessante esse parelelo entre Rayna e Deacon e Scarlett e Gunnar. Será que a história vai se repetir com os novos parceiros?

Quanto a audiência... espero mesmo que aumente...

ps: tenho visto a série figurar em tantas listas de melhores estréias...será emmy material?

Lucas Pedro disse...

Olá pessoal, parabéns pelo blog de vocês, gostei muito, meu blog é o http://www.seriespremium.org/ e eu gostaria de fazer parceria com vocês para que meus leitores tenham acesso ao seu conteúdo, o que vocês acham ? aguardo,abraço.