sábado, 13 de outubro de 2012

Beauty and The Beast 1x01: Pilot


 
A bela, a fera e uma surpresa.



Não ter nenhuma expectativa sobre as novas produções geralmente é uma benção e evita decepções, mas quando esperamos algo extremamente ruim e somos surpreendidos por um Piloto que é interessante a sensação é muito melhor.
 Foi assim minha relação com Beauty and The Beast, nova série da CW. Tinha certeza absoluta de que a palavra ‘medíocre’ seria meu único elogio possível, mas a história é outra. Julgando apenas pela Series Premiere a série não apenas tem potencial para crescer, como também merece outros adjetivos positivos.
Essa é uma nova versão para um clássico televisivo que ficou no ar de 1987 a 1990. Na época, a série de mesmo nome era estrelada por Linda Hamilton e Ron Perlman, que encarava a fera vestido em quilos e mais quilos de uma fantasia de pelúcia. Apesar de algumas coincidências, como nomes de personagens e um pouco da história da protagonista, muita coisa mudou e foi adaptada para o público mais jovem, que não encararia muito bem um procedural em que uma fera com cara de leão ajuda a combater o crime. Certas coisas só eram aceitáveis até 20 ou 25 anos atrás, convenhamos.
O trabalho de modernização foi feito a contento. Os roteiristas aproveitaram a tragédia de 11 de setembro para criar a existência da tal fera, que nada mais é do que um homem que sofreu alteração em seu DNA depois de virar cobaia em experiências governamentais para a criação de super soldados. Sim, é uma trama bastante fantasiosa, mas ela é contada de maneira crível e cabe perfeitamente nas preferências dos telespectadores de hoje.
Quem encara o papel de Catherine “Cat” Chandler é Kristin Kreuk, conhecida pela Lana de Smallville. Aqui ela é uma detetive do departamento de homicídios que viu a mãe ser assassinada anos antes e foi salva na hora H por uma criatura que ela nunca pôde identificar.
Por obra do destino ela acaba investigando o assassinato da editora de uma revista fashion que trás provas que coincidem com as encontradas no caso de sua mãe. Na cena do crime são encontradas digitais de Vincent Keller (Jay Ryan) e material genético que não bate com o de nenhuma espécie conhecida.
Ao se aprofundar nas investigações, motivada principalmente por encontrar mais notícias sobre a morte da mãe, Cat acaba encarando seu salvador e descobre a história de seu desaparecimento. Médico, Vincent viu os irmãos morrerem nas torres gêmeas e se alistou no exército para lidar com o que sentia. Inconformado, topou fazer parte de um projeto que o transformou uma máquina de matar, com sentidos aguçados e força descomunal. Tudo ativado pela adrenalina no sangue, o que faz de Vincent uma pessoa (ou criatura) bastante perigosa. Como o projeto saiu de controle, todos os envolvidos nos testes deveriam ser mortos, mas Vincent consegue escapar. Durante todo esse tempo ele viveu escondido com seu melhor amigo J.T (Austin Basis) e os dois, juntos, tentam encontrar um antídoto para livrar Vincent do monstro em que se transformou.
Cheguei a achar que enrolariam muito até que Cat e Vincent se encontrassem e que a verdade sobre a relação entre eles fosse descoberta. Um dos pontos positivos é que a série não perde tempo. Apresenta sua trama geral e parte para o que interessa. Cat já sabe exatamente com quem está lidando e é claro, assim como no conto de fadas tradicional, Vincent gosta de Cat, mas sente que não merece ser amado. Vamos ver como a química entre o “casal” se desenvolve.
Está bastante claro que Beauty and The Beast vai ser trabalhada como qualquer série policial, com caso da semana e tudo o mais. Para quem gosta desse estilo pode ser uma boa pedida, mas teremos uma trama central em desenvolvimento, já que Cat virou alvo do FBI por perguntar o que não deve e por perceber, só agora, que a mãe não foi assassinada num crime comum.
Dentre os demais personagens temos Tess Vargas (Nina Lisandrello) a parceira de Cat, que nunca a deixa na mão; Joe Bishop (Brian White) o chefe das duas no Homicídios; Evan Marks (Max Brown), perito medico que adora flertar com Cat e Heather (Nicole Gale Anderson), a irmã mais nova de Cat,que sequer aparece nesse Piloto.
Na produção executiva temos Sherri Cooper (“Brothers and Sisters”), Jennifer Levin (“Without A Trace,” “Felicity”), Brian Peterson (“Smallville”), Kelly Souders (“Smallville”), Gary Fleder (“Life Unexpected,” “October Road”), Bill Haber (“Rizzoli & Isles,” “Thurgood”), Paul J. Witt (“A Better Life”), Tony Thomas (“A Better Life”), Ron Koslow (“Moonlight”), Frank Siracusa (“The Yard”) e John Weber ("Borgias"). A direção é de Gary Fleder.
Comentários
14 Comentários

14 comentários:

Marcus Vinícius disse...

Também agi como você, baixei com a sensação de que seria só mais uma das bombas da CW, mas paguei a língua e me surpreendi de uma forma muito boa. Adorei esse piloto. A série demonstrou que tem potencial; tudo em minha opinião se encaixou bem criando uma atmosfera bem receptiva para essa série. E fazendo dobradinha com TVD, teve uma boa audiência. Espero que continue firme, pelo menos na casa dos 3 milhões mesmo! hahahaha
Adorei a atuação da Kristen, adorei a dupla com a detetive lá e pelo pouco que vimos no episódio até que os dois, a fera e ela tem química! 
Agora é aguardar, espero que ela e Arrow tenham temporada completa!!
Adorei a review Camis!!

Lara_Rib disse...

Gostei do piloto. Tinha gostado da premissa, mas fiquei um pouco decepcionada com o material de promoção. Achava, como você Camis, que ia ser medíocre, e acabei gostando do que apresentaram no piloto. 
Mas fico com uma ressalva, eles reciclaram o caso de um episódio, acho que da 2ª temporada de The Closer, inclusive com o twist do falso acordo pré-nupcial e do envenenamento por nicotina no shampoo. 

Jesimiel disse...

Também fui surpreendido, tinha certeza que ia ser ruim e não é que não foi. 

Camila Cerdan disse...

Essa série é um lixo,além de não ser nada original.The Secret Circle era bem melhor que essa porcaria!

alex disse...

Não assisti o episódio, mas a CW esse ano só tem elogios

Eduardo Pinheiro disse...

geralmente concordo com a Camis, mas desta vez nem com muito esforço. Piloto abominável...atores péssimos, trama sem pé nem cabeça, motes a serem desenvolvidos nem um pouco interessantes, o caso policial foi fraquíssimo, química zero entre os protagonistas, e a fera não mais é do que um genérico do Hulk, que quando fica zangado pode perder o controle e vir a machucar até mesmo seus amiguinhos. E se aumenta sua adrenalina, a mesma coisa...ou seja, nem sexo vai poder fazer com a Chun Li.

Alex Carvalho disse...

Então, esse piloto tem um clima meio estranho, e logo no começo as coisas parecem meio apressadas com as detetives chegando no local do crime, encontrando DNA, recebendo os resultados do exame, indo até o hospital onde a fera trabalhava e indo até o armazém. Além, é claro, do amor instantâneo entre a bela e a fera. Agora as coisas positivas; Kristin Kreuk não tá tão irritante como em Smallville e até crível como detetive, e é claro, a melhor cena do piloto que é ela recebendo Chun Lizinha e quebrando pau na estação do metro.


4/10

Camila disse...

 Eu iria ver só o primeiro para ver a Kristin e como ela se sairia em uma
nova série sendo protagonista, fiquei super feliz com o resultado, pelo
menos do piloto, n dava muito pela série, mas curti o ator e vou ver
mais alguns episódios para ver se a série me pega, eu sempre fui fã da
Lana Lang rs e achava q n iria conseguir ver outra série com a Kristin e
n ficar comparado, porém acho q ela foi super bem e consegui me focar
na historia do personagem e n da Lana rs

Anderson Santos disse...

Lendo o texto fiquei animado pra assistir !!

Diogo disse...

Melhor review da série que li na internet até agora. Parabéns!

Junior Dias disse...

conferi a serie so para ver a Kristin kreuk de novo, e nao sei se gostei ou nao, o piloto é no minimo estranho.. mas nao mereceu todos os elogios que vc deu (pela primeira vez discordando da camis) apesar de que tmb não é tão ruim.

Thaís disse...

Ahh eu não esperava tanto, justamente por não ser uma história muito original e quase que previsível demais. Além disso achei que não ia conseguir assistir o seriado sem ficar vendo a kristin kreuk sem ser em smallville.. Mas foi tudo super ao contrário, eu, como amante de séries policiais, já gostei dela ter virado detetive e ter todos esses casos (fora que ela é detetive, faz um servicinho de perito já soltando mais ou menos o que pode ter ocorrido, tempo de morte e essas coisas e ainda dá um search nas coisas - coisa que geralmente é um outro banana que faz!). Aí eu super acho que apesar do jeitão investigativo, a história entre os dois vai ser muito amor! (meio proibidão, misterioso.. enfim né? espero coisas boas daí!)

Por fim, a atriz não fica tão bobinha água com açucar que ela era no smallville, conseguiu despreender muito bem.. só o rosto, que, mesmo pra quem não acompanhava o seriado, é muito fortemente ligado né? Mas com o tempo a gente esquece (ou não) hahaha.

ótima review :) 
adooro acompanhar seu blog! haha parabéns! 

Thaís disse...

Discordo completamente sobre ser uma porcaria, mas que eu sinto uma falta enoooorme de TSC, aaah eu sinto! pecaram demais em deixar pro final pra mostrar todo o potencial da série, perderam uma renovação que poderia dar bons frutos :(

Bianca disse...

Camis, você não tem mais acompanhado essa série?