terça-feira, 4 de setembro de 2012

Elementary 1x01 (Preview): Pilot


O outro Sherlock.

Desde que surgiram as primeiras notícias de que a CBS produziria Elementary, série baseada nas investigações do famoso personagem de Sir Conan Doyle, Sherlock Holmes, a polêmica começou. Afinal de contas, a ideia de modernizar os casos clássicos, trazendo-os para os dias atuais não foi exatamente nova e a BBC já havia lançado sua cuidadosa versão no ano passado, o que, obviamente, deixou alguns fãs irritados e de má vontade com a produção da CBS, que lançou preview do episódio Piloto para testar o público potencial, por assim dizer.
 
Muito embora eu não veja razão para o ódio preconceituoso daqueles que gostam de Sherlock Holmes e aproveitaram para detonar Elementary sem sequer conhecê-la, depois de assistir ao episódio Piloto, uma coisa fica clara: O personagem principal poderia ser qualquer policial/detetive/investigador ou similar, de qualquer procedural criminal, de qualquer canal. A série leva o nome de Sherlock Holmes e é bastante diferente da produção britânica, seja em ritmo, fotografia ou roteiro, mas não gera a identificação com o personagem icônico que é o Holmes dos livros, simplesmente.
A produção não é ruim e o episódio é até interessante. Traz um caso curioso (embora não muito bem aplicado nas questões dedutivas, tradicionais de Sherlock Holmes) e o elenco é realmente bom. Ninguém há de dizer que Johnny Lee Miller, Lucy Liu ou Aidan Quinn são atores ruins. Não são mesmo e todos já provaram isso, mas a mesmice do mecanismo “casinho da semana” provavelmente não lhes fará justiça. Em Elementary (e em qualquer boa série policial) o segredo está no texto, muito embora esse “detalhe” seja perfeitamente ajustável.
Muitos detalhes da personalidade de Holmes ajudam a caracterizar a versão de Johnny Lee Miller, que trabalha como consultor da polícia de New York, já tendo atuado também na Scotland Yard. Com um passado de vicio em drogas, Holmes ganha a companhia de Joan Watson, interpretada por Lucy Liu, uma ex-cirurgiã que agora é praticamente uma “babá de gente grande”.
Ao contrário da opinião da maioria, a ideia de transformar Watson em mulher me soa bem e com possibilidades de desdobramentos diferentes. É claro que a relação entre Joan e Holmes é tumultuada e cheia de momentos desconfortáveis, em que ele expõe certos fatos que ela gostaria de manter fora do radar. Em contrapartida, Joan não faz o tipo que escuta desaforos e os aceita calada.
 
Ela devolve elogios e observações com bastante astúcia e logo se transforma numa parceira para Holmes, afinal, os dois acabam complementando os pensamentos e ações um do outro. É assim que eles vão ajudar a descobrir a verdade sobre muitos crimes, ajudando (ou atrapalhando, muitas vezes) a equipe do Capitão Tobias Gregson, interpretado por Aidan Quinn.
 
Com algumas qualidades importantes e algumas arestas a aparar, o desafio de Elementary é, mais do que nunca, conseguir superar os obstáculos já surgidos nesse primeiro episódio para se transformar numa série de investigação instigante. Aliás, essa é a palavra exata e a grande chave para o coração daqueles que já são fãs de Sherlock Holmes e de qualquer produção que envolva esse universo. O que atrai essas pessoas é a inteligência por traz de cada dedução e a capacidade que Holmes tem em apresentar casos insólitos e inesperados. Nesse ponto, a produção da CBS, que estreia oficialmente em 27 de setembro, ainda peca.
 
Elementary conta com Robert Doherty, Carl Beverly e Sarah Timberman na produção executiva. Doherty também é responsável pelo roteiro. O episódio Piloto foi dirigido por Michael Cuesta.
Comentários
6 Comentários

6 comentários:

Vanessa disse...

Todo o problema é que é mais uma serie policial qualquer.Todos que já viram ou leram alguma coisa de Sherlock vão achar estranho.Então acho que se não melhorarem bastante nos próximos episódios e talvez até o pilot que for ao ar não creio que a serie vá muito longe 

Vanessa disse...

p.s:Realmente sinto falta do sue balanço de true blood .

Pati Melo disse...

Preguiça demais de ver isso, não aguento mais séries policiais. Não sei porque a CBS não vira o disco só para variar um pouco.

Isabela Cabral disse...

"O personagem principal poderia ser qualquer policial/detetive/investigador ou similar, de qualquer procedural criminal, de qualquer canal. A série leva o nome de Sherlock Holmes e é bastante diferente da produção britânica, seja em ritmo, fotografia ou roteiro, mas não gera a identificação com o personagem icônico que é o Holmes dos livros, simplesmente." - O QUE FOI QUE EU FALEI?! 

Breno Pinheiro disse...

eu gostei

Marcia disse...

Vai acompanhar a série, Camis?