quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Go On 1x01 (Preview): The One with All the Denial


 Será que a nova série “do Chandler” escapa da maldição?



Se você é um fã de Friends e especialmente do trabalho de Matthew Perry interpretando Chandler (ou ele mesmo, como muitos afirmam), com certeza não vai ficar sem conferir Go On, série que estreia pela NBC no dia 11 de setembro, mas que teve a preview liberada durante a Summer Season, sob o pretexto de angariar, de antemão, alguns fãs e possíveis espectadores.
Não é uma tática incomum entre as emissoras, embora não vejamos isso acontecer com tanta frequência (apenas casos pontuais), mas serve para gerar expectativa ou, quem sabe, mudar de estratégia, se a preview acabar em fracasso completo.  Como existe sim a ‘Maldição de Friends’ (fato comprovado cientificamente), não é de se estranhar que a NBC tenha exibido esse Piloto com um pouco mais de um mês de antecedência. A última série de Matthew Perry flopou rapidamente (lembram-se de Mr.Sunshine?) e aí, fica sempre essa sensação de ansiedade para saber se “dessa vez vai”. Mas particularmente, acho que há grandes chances de Go On dar certo.
Sim, eu também sou fã de Chandler e não me importo de Matthew Perry interpretar sempre o mesmo papel do cara engraçadinho que possui um arsenal de respostas e piadinhas na ponta da língua. Sério. Esse estigma, que parece ser uma dificuldade insuperável e uma crítica contumaz ao trabalho do ator é algo que não me incomoda, em absoluto. Desde que o texto seja bom e me faça rir de verdade, tudo bem. O que importa, de verdade, é a diversão e que meus 20 minutos assistindo àquele episodio valham a pena.
Conhecendo o potencial de Perry para a comédia e para o texto ágil, criei boas expectativas para essa pré-estreia. Não exagerei na dose, on entanto, porque “cair do cavalo” faz parte, quando falamos de novas sitcoms em que os Ex-Friends estão envolvidos. Talvez o mais azarado de todos seja nosso amado Chandler, que até hoje sofre e não consegue emplacar nada duradouro.  Não sei afirmar se Go On será a série que fará isso por ele, mas julgando superficialmente pelo episódio Piloto,  há boas chances de isso acontecer.
Não estou afirmando que gargalhei horrores enquanto assistia, mas muitas das piadas funcionaram. Muitas mesmo. Os coadjuvantes são ótimos e enriqueceram bastante o ambiente proposto pela série, que mostra o processo de luto, cura e aceitação dentro de um grupo de transição (ou grupo de ajuda, como queiram).
Ryan King (Matthew Perry) é um radialista esportivo que acaba de perder a esposa e lida com isso cheio de sorrisos e humor forçado. Todos à sua volta percebem o grande problema que existe no fato de ele simplesmente querer fazer de conta que nada demais aconteceu e é assim que Ryan se vê obrigado a frequentar o grupo de transição ou jamais poderá voltar ao trabalho, algo que ele julga ser o principal para seguir em frente e tocar a vida.
Cínico até o limite da palavra, Ryan cria uma verdadeira revolução logo em seu primeiro dia de terapia em grupo. O concurso da “Pior Barra de Vida” foi mostrado nas promos e continua sendo legal de assistir no episódio. É por meio dele que conhecemos algumas das figuras bizarras que farão parte dessa história, como Mr. K (Brett Gelman) o cara mais esquisito e com aparência de sociopata que já se viu. Temos ainda Owen (Tyler James Williams) que estranhamente começa a se abrir depois da chegada de Ryan ao grupo, Yolanda (Suzi Nakamura) obcecada com regras, Annie (Julie White) uma mulher que tem muita raiva guardada e está apenas esperando uma chance para liberar todas as emoções, além de Lauren (Laura Benanti) que comanda o grupo, sempre sugerindo “auto-abraços” e exercícios com grande potencial para acabar em vergonha alheia. É claro que nada tão vergonhoso como o grupo que se encontra na sala vizinha e tem obsessão por cultura medieval.
Logo dá para notar que Ryan e Lauren vão acabar se envolvendo, de certa forma e que ele vai descobrir nesse grupo a verdadeira formula para seguir com a vida depois dessa grande perda. Aliás, ele começa a perceber isso depois de reagir com bastante violência ao ver um jogador de futebol, convidado de seu programa de rádio, dirigindo enquanto manda uma SMS. Pois é. A esposa de Ryan morreu justamente pelo famoso “text and drive”, atividade (realmente idiota e perigosa) que têm sido bastante condenada em diversos programas de TV e séries americanas, quase como numa campanha.
Go On foi criada por Scott Silveri ("Perfect Couples," "Friends"), que também atua na produção executiva, ao lado de Todd Holland ("Malcolm in the Middle"), Karey Nixon ("Free Agents," "Miss/Guided") e Jon Pollack ("Up All Night," "30 Rock"). O episódio Piloto foi dirigido por Holland.
P.S*Se eu vir um carro do Google Maps por perto aproveitarei a ideia deixada pela série e trollarei as imagens.
P.S*Com uma data de estreia como essa (11/09) essa prévia veio bem a calhar.
P.S* Torcendo por Matthew Perry e para que Go On confirme as chances de ser uma das boas comédias estreantes.

P.S* Título de episódio no mesmo esquema de Friends. Será que continua assim?
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

Lucas Melo disse...

Achei muito bom o episódio, com certeza vou assistir, a dureza vai ser esperar pelo segundo episódio, que só vai ao ar no dia 18/09!

Mariana Oliveira disse...

Gente... adorei o piloto!
Tomara que continue assim...

Alexandre Dias disse...

gostei do piloto sim, vou acompanhar e como todo mundo, esperando que a série consiga ter um futuro. :)

Rafael Guerra disse...

parabéns pelo texto... depois de ler vou dar uma chance pro seriado... tava na duvida , mas depois de ler sem spoilers eu vou dar uma olhada no piloto