Se você é um fã de Friends e
especialmente do trabalho de Matthew Perry interpretando Chandler (ou ele
mesmo, como muitos afirmam), com certeza não vai ficar sem conferir Go On,
série que estreia pela NBC no dia 11 de setembro, mas que teve a preview
liberada durante a Summer Season, sob o pretexto de angariar, de antemão,
alguns fãs e possíveis espectadores.
Não é uma tática incomum entre as
emissoras, embora não vejamos isso acontecer com tanta frequência (apenas casos
pontuais), mas serve para gerar expectativa ou, quem sabe, mudar de estratégia,
se a preview acabar em fracasso completo.
Como existe sim a ‘Maldição de Friends’ (fato comprovado
cientificamente), não é de se estranhar que a NBC tenha exibido esse Piloto com
um pouco mais de um mês de antecedência. A última série de Matthew Perry flopou
rapidamente (lembram-se de Mr.Sunshine?) e aí, fica sempre essa sensação de
ansiedade para saber se “dessa vez vai”. Mas particularmente, acho que há
grandes chances de Go On dar certo.
Sim, eu também sou fã de Chandler
e não me importo de Matthew Perry interpretar sempre o mesmo papel do cara
engraçadinho que possui um arsenal de respostas e piadinhas na ponta da língua.
Sério. Esse estigma, que parece ser uma dificuldade insuperável e uma crítica contumaz
ao trabalho do ator é algo que não me incomoda, em absoluto. Desde que o texto
seja bom e me faça rir de verdade, tudo bem. O que importa, de verdade, é a
diversão e que meus 20 minutos assistindo àquele episodio valham a pena.
Conhecendo o potencial de Perry
para a comédia e para o texto ágil, criei boas expectativas para essa
pré-estreia. Não exagerei na dose, on entanto, porque “cair do cavalo” faz
parte, quando falamos de novas sitcoms em que os Ex-Friends estão envolvidos.
Talvez o mais azarado de todos seja nosso amado Chandler, que até hoje sofre e
não consegue emplacar nada duradouro.
Não sei afirmar se Go On será a série que fará isso por ele, mas
julgando superficialmente pelo episódio Piloto,
há boas chances de isso acontecer.
Não estou afirmando que gargalhei
horrores enquanto assistia, mas muitas das piadas funcionaram. Muitas mesmo. Os
coadjuvantes são ótimos e enriqueceram bastante o ambiente proposto pela série,
que mostra o processo de luto, cura e aceitação dentro de um grupo de transição
(ou grupo de ajuda, como queiram).
Ryan King (Matthew Perry) é um
radialista esportivo que acaba de perder a esposa e lida com isso cheio de
sorrisos e humor forçado. Todos à sua volta percebem o grande problema que
existe no fato de ele simplesmente querer fazer de conta que nada demais aconteceu
e é assim que Ryan se vê obrigado a frequentar o grupo de transição ou jamais
poderá voltar ao trabalho, algo que ele julga ser o principal para seguir em
frente e tocar a vida.
Cínico até o limite da palavra, Ryan cria uma verdadeira
revolução logo em seu primeiro dia de terapia em grupo. O concurso da “Pior
Barra de Vida” foi mostrado nas promos e continua sendo legal de assistir no
episódio. É por meio dele que conhecemos algumas das figuras bizarras que farão
parte dessa história, como Mr. K (Brett Gelman) o cara mais esquisito e com
aparência de sociopata que já se viu. Temos ainda Owen (Tyler James Williams)
que estranhamente começa a se abrir depois da chegada de Ryan ao grupo, Yolanda
(Suzi Nakamura) obcecada com regras, Annie (Julie White) uma mulher que tem
muita raiva guardada e está apenas esperando uma chance para liberar todas as
emoções, além de Lauren (Laura Benanti) que comanda o grupo, sempre sugerindo “auto-abraços”
e exercícios com grande potencial para acabar em vergonha alheia. É claro que
nada tão vergonhoso como o grupo que se encontra na sala vizinha e tem obsessão
por cultura medieval.
Logo dá para notar que Ryan e Lauren vão acabar se
envolvendo, de certa forma e que ele vai descobrir nesse grupo a verdadeira
formula para seguir com a vida depois dessa grande perda. Aliás, ele começa a
perceber isso depois de reagir com bastante violência ao ver um jogador de
futebol, convidado de seu programa de rádio, dirigindo enquanto manda uma SMS.
Pois é. A esposa de Ryan morreu justamente pelo famoso “text and drive”,
atividade (realmente idiota e perigosa) que têm sido bastante condenada em
diversos programas de TV e séries americanas, quase como numa campanha.
Go On foi criada por Scott Silveri ("Perfect Couples,"
"Friends"), que também atua na produção executiva, ao lado de Todd Holland ("Malcolm in the Middle"), Karey
Nixon ("Free Agents," "Miss/Guided") e Jon Pollack
("Up All Night," "30 Rock"). O episódio Piloto foi dirigido
por Holland.
P.S*Se eu vir um carro do Google Maps
por perto aproveitarei a ideia deixada pela série e trollarei as imagens.
P.S*Com uma data de estreia como essa
(11/09) essa prévia veio bem a calhar.
P.S* Torcendo por Matthew Perry e para
que Go On confirme as chances de ser uma das boas comédias estreantes.
P.S* Título de episódio no mesmo esquema de Friends. Será que continua assim?
P.S* Título de episódio no mesmo esquema de Friends. Será que continua assim?