Negócios uma ova. CASOS DE
FAMÍLIA.
Semana que vem a primeira
temporada da nova Dallas chega ao fim e só temos certeza de uma coisa: não dá
para ter certeza de absolutamente nada. Segredos serão revelados, caráteres
expostos e assim, devemos ficar sob imensa expectativa até o retorno, em 2013.
Só pelo episódio mais recente dá
para ter uma noção do que vem por aí. Estava tudo muito “paz e amor”, não
estava? Aquele clima de reconciliação familiar estava dominando o cenário, até
que, no finalzinho, ganhamos duas ou três belíssimas sambadas na cara, que
deixam a sensação de que precisamos da Season Finale para ontem.
Sério. O que foi aquela sequência final, aquela trilha
sonora, com a cabeça de Bobby literalmente explodindo e Rebecca sendo espancada
e desmascarada como a quenga que todos nós sabemos que ela é? Torço mesmo para
que Bobby e J.R (O MITO) sobrevivam, porque as brigas entre os herdeiros têm
potencial, mas não nego que gosto mesmo é de ver os arranca-rabos entre o núcleo
da 3ª idade.
Poucas coisas são tão bacanas quanto a relação de amor e
ódio entre Bobby e J.R, especialmente porque nenhum dos dois é santo. Você
pensa que J.R é apenas megaevil, até que ele prova que envelhecer amolece as
pessoas, passando a escritura de Southfork para o irmão moribundo. Tudo fica
melhor quando J.R, em meio à sua maravilhosa boa ação, não deixa por menos e
afirma: “Ah, não me agradeça. Quando você morrer eu pego de volta”. Difícil
saber se é bondade ou se ele quer apenas tripudiar em cima do doente.
Bobby, que sempre tem aquele espírito de resolver as coisas
e apaziguar brigas, mostra que está disposto a ferrar J.R, caso encontre mesmo
as provas de seu envolvimento com a finada Marta Del Sol/Veronica/Seja lá quem
ela for de verdade. Só que é aquela coisa: A vingança nunca é plena, mata a
alma e envenena. Pura verdade. Bobby quis ser megaevil e foi punido
instantaneamente com mais uma convulsão. Bem feito pra ele.
Ainda sobre Bobby, notei algo curioso. No começo da série
afirmaram que ele tinha câncer intestinal e tiraram o tumor com mágica. Todos
devem lembrar. Agora o câncer era no estômago e nesse caso, a extração mágica
fica ainda mais complicada, porque Bobby estaria vivendo de caldinhos e
líquidos e nada mais. Mas como J.R diz que faz incríveis doações para
hospitais, deve ser isso. Bobby é tratado com tecnologias que ainda nem foram
liberadas (oi?).
Estou no aguardo do momento em que John Ross vai completar a
metamorfose e virar uma cópia de J.R. Até
compro esses momentos de bom moço dele, mas sem a safadeza daqueles olhos
bicolores nada é tão legal. Como essa sociedade com Chris e Elena vai dar
encrenca, minha fé se renova. A proposta de lucrar com petróleo para poder
vender peido congelado vai feder, sem trocadilho.
Outra coisa que só pode acabar bem (só que não) é a farta
distribuição de cargos feita por Sue Ellen. Adoro que a cúmplice dela nisso
tudo é Annie e podem apostar que ela vai livrar Sue Ellen das garras de Harris,
o ex-marido dos infernos, vendendo aquele corpinho de quem está quase viúva.
O lance com Tommy e Rebecca chegou a novos níveis. Era de se
imaginar que ele fosse o golpista que usou Rebecca para arrancar grana dos
Ewing, mas a coisa é bem diferente. A quenguice de Rebecca está adormecida no
momento e ela insiste em fazer cara de mãe de família que só quer poder ter um
parto na água, mas no fundo, foi ela quem transformou Tommy nessa máquina de
golpes.
O suspense sobre as intenções e a identidade de Rebecca está
me matando, mas não tanto quanto os macaquinhos gêmeos foram mortos no fim do
episódio. Sei que Rebecca é perigosa e fingida, mas ainda assim, fico nervosa
quando vejo uma mulher grávida de gêmeos (ou apenas grávida) apanhando daquele
jeito. Se, por outro lado, Elena (#carismazero) estivesse levando uma surra, eu
ficaria do lado do agressor. Quase certeza.